quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Coisas que aprendi no ano de 2016


Para fechar 2016, fiz uma lista de coisas que aprendi ao longo do ano. Que 2017 traga ainda mais aprendizados!

- Aprendi que, quando estou alinhada com a minha alma, tudo caminha na direção certa.

- Aprendi que nada acontece antes, nem depois. Tudo acontece na hora certa para que eu esteja realmente apta a viver e aprender com aquela experiência.

- Aprendi que a doença é um sinal de que preciso olhar mais para dentro de mim, atender as minhas necessidades e deixar de lado o que os outros esperam que eu faça.

- Aprendi que não podemos ignorar a tristeza e a dor, mas aceitar, vivenciar para depois superar e transmutar.

- Aprendi que, quando trabalho, ganho energia. O entusiasmo e a vontade de viver tomam conta de mim, pois este é o meu estado de espírito natural.

- Aprendi que o estado de gratidão me fortalece, me dá força e alimenta a minha fé.

- Aprendi que, em qualquer etapa da vida, a nossa “criança” precisa estar presente para estarmos sempre abertos para aprender. Pois, quando paramos de aprender, paramos de viver.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

8 mitos e verdades sobre hábitos de vida e câncer



Já ouviu alguém dizer que "excesso de gordura corporal aumenta risco de câncer"? E que "exposição ao forno de micro-ondas pode provocar a doença"? Descubra abaixo 8 mitos e verdades, listados pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca): 

O excesso de gordura corporal aumenta o risco de ter câncer.
VERDADE. O excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular e inibem a apoptose (morte programada das células). Dessa forma, a gordura contribui para a formação e a progressão de diversos tipos de câncer, como o de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireóide, mieloma múltiplo e possivelmente próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

A atividade física previne o câncer independentemente da perda de peso.
VERDADE. Além de auxiliar no controle do peso corporal, a atividade física regular promove o equilíbrio dos níveis de hormônios (reduz a resistência à insulina e os níveis de estrogênio circulantes), reduz o tempo de trânsito gastrintestinal (com isso diminui o período de contato dos tecidos locais com substâncias que promovem o câncer) e fortalece a defesa do nosso organismo. Por isso, devemos praticar pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e limitar hábitos sedentários, tais como assistir à televisão, usar por muito tempo o computador ou jogar videogame. Caminhar ou ir de bicicleta para o trabalho, subir pelas escadas ao invés dos elevadores, descer do ônibus um ou dois pontos antes de chegar em casa são algumas opções para aumentar a atividade física no dia a dia.

É possível evitar o câncer a partir da alimentação.
VERDADE. As escolhas alimentares são muito importantes. Enquanto alguns alimentos podem ajudar a proteger o corpo contra a doença, outros podem aumentar o risco de desenvolver câncer. Uma dieta rica em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumir ou aquecer e bebidas açucaradas, é capaz de prevenir o surgimento da doença. A recomendação é consumir, no mínimo, cinco porções, ou seja, 400g por dia de vegetais, sendo duas porções de frutas e três de verduras e legumes sem amido, como cenoura, couve-flor, berinjela e tomate. Cada porção equivale a uma quantidade aproximada que caiba na palma da mão (80 g), do produto picado ou inteiro.

Existem alimentos milagrosos que podem curar o câncer.
MITO. Não podemos atribuir a nenhum alimento específico poder de cura. A alimentação saudável deve ser variada e composta por diferentes tipos de alimentos protetores, como frutas, legumes, verduras, feijões e outras leguminosas, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. Existem evidências claras que uma alimentação saudável auxilia na prevenção e no tratamento do câncer. A recomendação é consumir, no mínimo, cinco porções, ou seja, 400g por dia de vegetais, sendo duas porções de frutas e três porções de legumes sem amido (como cenoura, couve-flor, berinjela, tomate) e verduras. Cada porção equivale a uma quantidade que caiba na palma da sua mão (80g), do produto picado ou inteiro. Consuma alimentos de diferentes cores, como vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja. Quanto mais colorida for sua refeição, melhor.

Grande parte dos refrigerantes possui um corante que possivelmente favorece a formação do câncer.
VERDADE. Os refrigerantes contêm a substância 4-MI (4-metil-imidazol), classificada como possivelmente cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse composto é um subproduto do corante caramelo IV presente nessas bebidas. O Centro de Pesquisa CSPI (na sigla em inglês Center for Science in the Public Interest), em Washington D.C, em parceria com instituições governamentais e de pesquisa de diversos países, testaram a quantidade de 4-MI em latas de uma marca de refrigerante a base de cola (na versão original) vendidas no Brasil, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América (Washington D.C. e Califórnia), México e Reino Unido. De acordo com o estudo, a bebida comercializada no Brasil continha 267 microgramas (mcg) de 4-MI em uma lata de 355 ml. Essa concentração foi a maior identificada dentre todos os países pesquisados.

Os benefícios da ingestão de frutas, legumes e verduras na prevenção de câncer superam os malefícios do consumo desses alimentos com resíduos de agrotóxicos.
VERDADE. Existem evidências de que os benefícios da ingestão de frutas, legumes e verduras na prevenção do câncer superam os malefícios do consumo desses alimentos com resíduos de agrotóxicos. Nos vegetais são encontradas vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos que previnem contra diversos tipos de câncer. Optar por alimentos de base agroecológica ou orgânicos é sempre o ideal, pois além de contribuir para a preservação do meio ambiente e para a agricultura familiar, são mais saudáveis. Entretanto, se não for possível adquiri-los, não podemos abrir mão desses alimentos protetores, pois estudos indicam que a redução no seu consumo pode aumentar consideravelmente o número de casos de câncer. Vale lembrar que os resíduos de agrotóxicos podem também estar presentes nos alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizza e outros, que têm como ingredientes o trigo, o milho, a cana-de-açúcar e a soja, por exemplo.

Exposição a forno de micro-ondas pode provocar câncer.
MITO. O forno de micro-ondas possui uma forma de radiação não ionizante, que não tem capacidade para lesar o DNA das células (ou seja, o material genético das células). Portanto, a exposição não torna o alimento radioativo e também não causa risco à saúde das pessoas, desde que as instruções de utilização sejam seguidas.

Aquecer alimentos ou adicioná-los quentes a recipientes plásticos aumenta o risco de câncer.
VERDADE. O aquecimento de recipientes plásticos contendo alimentos pode liberar substâncias nocivas com potencial de causar câncer, como a dioxina, o bisfenol A (BPA) e os ftalatos. Visto que não há como ter segurança quanto à presença ou não dessas substâncias nos recipientes utilizados, o recomendável é nunca aquecer alimentos em recipientes plásticos, inclusive mamadeiras. O melhor é transferir a comida para vasilhas de vidro temperado ou de porcelana que suportem o calor. Essa cautela se aplica também para as bandejas de espuma em que são acondicionadas lasanhas e outras massas, por exemplo. O filme plástico utilizado para proteger e cobrir alimentos também deve ser evitado, pois o vapor condensado pode respingar substâncias perigosas no alimento. É mais seguro usar papel toalha, pano de prato ou saco de papel. Tais cuidados são simples e podem evitar danos à saúde.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Por que andamos tão cansados?


Por que andamos tão cansados? Já parou para pensar sobre isso? Confira o texto reflexivo da psicóloga Patricia Gebrim sobre o assunto: 

Nunca ouvi tanta gente reclamando de cansaço. Mais do que cansados, estamos exaustos. Exaustos de passar dia após dia fazendo coisas que nos afastam cada vez mais de quem verdadeiramente somos. Exaustos de tentar corresponder ao que esperam de nós, de correr para conquistar nosso lugar, de provar que somos capazes, de lutar. E se nos perguntam por que fazemos isso, estamos tão cansados que já não sabemos responder.

Precisamos urgentemente parar para respirar. Não há vida sem ar. Não há sentido sem vida. A alma sofre sem um sentido maior para a vida. A respiração é a porta de entrada da alma. Uma brecha na ilusão que se tornou nossa vida cotidiana. Uma pausa para que possamos recuperar a memória. Quando respiramos, por um instante somos levados, junto com o ar, para dentro de nós. Somos levados para um encontro sagrado com nossa própria essência.

Dentro de todos nós existe esse lugar de cura, longe dos ruídos mundanos, longe das cobranças, das crenças, dos certos e errados, longe até mesmo de nossos pensamentos. Um lugar pacífico que nos acolhe com a mesma amorosidade com que somos acolhidos por uma árvore, uma nuvem, uma flor. Esse lugar é a nossa mais preciosa fonte de energia. É de lá que vem a nossa força, as ideias, os sonhos, a alegria.

Estamos exaustos porque nos esquecemos de nós mesmos. Deixamos de nos reabastecer. Estamos enfraquecidos, famintos, apagados e sem vida. Para compensar essa falta, buscamos fora de nós pela vida que só pode ser encontrada em nosso íntimo. É dessa distorção que nascem os vícios. Em busca de nos sentir vivos, passamos a comer demais, beber demais, gastar demais. Ou buscamos nos energizar através de outras pessoas, e assim criamos relacionamentos desarmoniosos, relações de trabalho abusivas, mendigando pela vida por algo que existe em abundância no íntimo de cada um de nós.

Comportamo-nos como mendigos, caminhando errantes pela vida, pés descalços se ferindo no asfalto dessa selva de pedra, esquecidos de que possuimos o mais belo dos jardins, repleto de árvores frutíferas. Não somos mendigos. Somos reis e rainhas, somos pássaros, somos poetas, somos criadores. E se estamos tão cansados foi por nos termos esquecido disso. . A prosperidade deveria ser o estado natural de todos nós.

Respire, lembre-se de quem você verdadeiramente é. Faça pausas. Subverta a doentia ordem das coisas. Desobedeça, quando necessário, esse sistema que trata você como uma máquina. Priorize a si mesmo. Priorize sua existência. Encontre a ética em seus próprios valores superiores, a ética não existe fora de você. Todos sabemos, dentro de nós, o que é certo para cada momento. Basta seguir o rastro do amor. Esse deve ser seu norte. Siga-o e você encontrará sua paz.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Alimentação X Câncer



A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida. São responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Confira 10 recomendações sobre alimentação, listadas pelo Inca:

1 - Adoçantes artificiais
O consumo frequente de adoçantes artificiais adicionados a bebidas e alimentos ou presentes em produtos light, diet ou zero, pode causar algumas doenças como o câncer. Que tal tirar o açúcar e o adoçante da sua mesa e sentir o sabor verdadeiro dos alimentos?

2 - Agrotóxicos
Os agrotóxicos utilizados na produção da maioria dos alimentos no Brasil causam danos ao meio ambiente e à saúde do produtor rural e do consumidor. Sempre que possível, dê preferência aos alimentos agroecológicos ou orgânicos.

3 - Alimentos de origem vegetal
Frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Procure variar esses alimentos e faça deles a base da sua alimentação.

4 - Alimentos e bebidas com alto teor calórico
Procure diminuir o consumo de alimentos e bebidas com alto teor calórico, do tipo fast-food e industrializados, pois eles promovem excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver câncer.

5 - Carnes vermelhas
O consumo de carnes vermelhas como de boi, porco, cordeiro e bode, entre outras, deve ser inferior a 300 gramas de carne cozida por semana. Se consumidas em grande quantidade, podem aumentar a chance de desenvolver câncer.

6 - Carnes processadas
Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. O consumo desses produtos deve ser evitado.

7 - Excesso de sal e alimentos com conservantes
O excesso de sal e alimentos com conservantes devem ser evitados; portanto, atenção aos alimentos industrializados prontos para consumo.

8 - Modo de preparo da carne
As carnes grelhadas, fritas ou preparadas como churrasco podem aumentar a chance de desenvolver câncer. As melhores formas de preparo são assadas, cozidas e ensopadas.

9 - Suplementos alimentares
Os suplementos alimentares, como vitaminas, minerais, elementos de ervas ou plantas, vendidos na forma de comprimidos, cápsulas, pós e líquidos, não são recomendados para a prevenção de câncer. A maioria das pessoas não necessita de suplementos, pois uma alimentação saudável é suficiente para proteger contra várias doenças, inclusive o câncer.

10 - Amamentação
A amamentação protege as mães do câncer de mama e os bebês do sobrepeso e da obesidade. A criança deve receber somente leite materno até os seis meses de vida. A partir de então, deve receber alimentação complementar saudável mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Busca espiritual



Já parou para refletir sobre a espiritualidade? Nesta semana, compartilho um texto da psicóloga Patricia Gebrim sobre o assunto, publicado no site Vya Estelar:

Um dia você acorda, olha ao redor e se percebe vivendo em um mundo que não faz muito sentido para você. Vê as pessoas tristes, fazendo mal umas às outras, fazendo mal a si mesmas. Você enxerga com clareza que algo precisa mudar, e decide iniciar a mudança por si mesmo.

Decidido a fazer a diferença, depois de um tempo, em um grau maior ou menor, você finalmente vai simplificando sua vida. Se livra dos excessos. Descobre que sua caminhada é mais leve sem tanta coisa para carregar.

Muitas coisas começam a mudar na sua vida. Você passa a procurar se alimentar melhor, talvez corte a carne de sua dieta, talvez escolha assumir os cabelos brancos, talvez escolha vestir um tipo diferente de roupa, menos ligada ao status ou moda, mais associada ao conforto e ao seu gosto pessoal. Você procura um trabalho onde possa honrar seus valores, talvez deixe de conviver com algumas pessoas e encontre outras, mais em sintonia com a sua essência. Talvez faça cursos, pratique meditação, ou yoga. Talvez compre uma bicicleta, viaje para lugares diferentes, busque mais pelo silêncio.

Algumas dessas pessoas, além dessas mudanças de atitude, aprendem a respeitar os outros, suas escolhas, seu momento, suas limitações. Não julgam nem se sentem superiores. Procuram compartilhar a harmonia, o amor, a delicadeza, a paz.

Mas outras, por mais que caminhem aparentemente nessa direção, estão apenas criando uma máscara espiritual, diariamente lustrada com atitudes que lhes dão a sensação de serem melhores ou mais sábias do que o resto da humanidade.

Não importa se você medita, entende de chacras e sente uma energia pulsando na palma da sua mão, se por outro lado você critica e julga aqueles que fazem escolhas diferentes das que acredita serem as corretas. Se condena os que comem carne, os que compram coisas caras, os que pintam os cabelos ou fazem botox. Se menospreza os que gostam de dançar até amanhecer numa balada. Se você julga as pessoas por todo tipo de coisa, "essa é superficial , aquela mentiu para o marido, o outro vive fazendo churrascos, blá, blá, bla", isso significa que há pouca espiritualidade em você.

A espiritualidade, no meu entender, está baseada na confiança de que tudo é divino e que tudo está acontecendo exatamente como deveria acontecer. Ser espiritual é compreender que estamos todos vivendo experiências, e que cada um precisa de experiências diferentes para caminhar, para evoluir. Ser espiritual tem a ver com viver cada experiência que surge em nosso caminho com o máximo de consciência, aprender, crescer, nos tornarmos seres mais capazes de amar. E permitir que assim seja para todos.

A espiritualidade é uma entrega. A entrega do nosso ego à nossa alma, à luz que mora em nosso íntimo. Sem essa entrega, todas essas atitudes consideradas espirituais são atos vazios, tristes máscaras, apenas mais uma das inúmeras caixinhas prontas que são oferecidas àqueles que ainda não encontraram seu verdadeiro ser.

A felicidade não é uma criança perdida a ser encontrada. Enquanto continuarmos procurando, será como se ela constantemente escapasse de nós. A felicidade está aqui, nunca deixou de estar, agora mesmo. Ser espiritual é saber disso, aprender a aceitar e amar o momento exatamente como ele é. No exato momento em que fazemos isso, em que expressamos essa aceitação total de tudo e de todos, nos tornamos o que buscávamos. Nos integramos com tudo o que existe. Finalmente percebemos que a criança estava em nosso colo o tempo todo, e simplesmente a abraçamos e amamos com todas as fibras do nosso ser.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Reflexões sobre o livro "A Cientista Que Curou Seu Próprio Cérebro"



Fiz algumas reflexões sobre o capítulo "Do que eu mais precisava", do livro "A Cientista Que Curou Seu Próprio Cérebro", de Jill Bolte Taylor. A neurocientista sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e relatou nesta obra como reprogramou sua mente. Confiram trechos de destaque e meus pensamentos:

- A paz está só a um pensamento de distância e tudo que precisamos fazer para alcançá-la é silenciar a voz do lado esquerdo do cérebro que é dominante. (Paz e Lado Direito do cérebro)

- Eu precisava desesperadamente que as pessoas me tratassem como se eu fosse me recuperar por completo. (Fé)

- Eu precisava que as pessoas à minha volta acreditassem na plasticidade de meu cérebro e em minha habilidade para crescer, aprender e me recuperar. (Plasticidade)

-Para minha recuperação foi muito importante que respeitasse o poder de cura do sono. (Sono)

- Eu precisava que as pessoas me amassem, não por quem eu havia sido, mas por quem eu poderia ser agora. (Amor pelo que sou agora)

- Eu precisava que as pessoas fossem encorajadoras, saber que ainda tinha valor; precisava ter sonhos para os quais caminhar. (Sonhos)

- Eu precisava desafiar meu cérebro continuamente. (Desafios)

- Eu precisava definir minhas prioridades quanto ao que eu mais queria recuperar e não desperdiçar energia com outras coisas. (Prioridade e desperdício de energia)

- Eu precisava me concentrar na minha capacidade não na minha incapacidade. (Foco no que eu tenho)

- Eu precisava que as pessoas comemorassem meus triunfos diários porque o sucesso, mesmo que pequeno, me inspirava. (Celebrar)

- Fiz a escolha de ficar fora do meu caminho emocionalmente falando e isto significava ter muito cuidado com esta conversa interior. (Como lidar com minhas emoções)

- Eu precisava aceitar apoio, amor e ajuda externa. (Aceitar)

- O sucesso de minha recuperação dependia de quebrar cada tarefa em passos e ações menores e mais simples. (Encontrar um novo caminho de aprendizado)

- Eu necessitava que as pessoas se aproximassem e não sentissem pena de mim.

- Eu necessitava que minhas visitas levassem energia positiva. (Foco no positivo)

Uma das maiores lições que aprendi foi como sentir o componente físico da emoção. Podia sentir as emoções me inundando e me preenchendo como ondas. (Sentir as emoções)

Aprendi que podia escolher entre me engajar em um sentimento e prolongar sua permanência ou apenas deixá-lo fluir por mim rapidamente até que desaparecesse. (O poder da Escolha)

Eu tomava minhas decisões com base em como sentia as coisas dentro de mim. (Intuição)

A cura emocional foi um processo lento e tedioso, mas digno de todo o meu esforço. (Melhorar envolve esforço e disciplina)

Na medida em que o meu lado esquerdo do cérebro foi se fortalecendo parecia natural que eu quisesse “culpar” outras pessoas ou eventos externos por meus sentimentos ou minhas circunstâncias. (Cuidado com o julgamento do Lado Esquerdo)

- Mas, na verdade, sabia que ninguém tinha o poder de me fazer sentir nada, exceto eu mesma e meu cérebro. Nada externo a mim tinha o poder de tirar a paz da minha mente e do meu coração.

- Posso não ter o controle total do que acontece em minha vida, mas certamente estou no comando de como escolho perceber minha experiência de vida.

Conclusão: 

Percebi que algumas palavras nos mostram como fazer um caminho interior para recuperarmos ou lutarmos frente a uma doença ou diante das adversidades que a vida nos apresenta:

- Preciso ter consciência que a paz está no Lado Direito do cérebro (emocional) e o julgamento no Lado Esquerdo do cérebro (racional)

- A Fé é fundamental;

- Preciso de plasticidade, exercitar minha capacidade de adaptação;

- O sono é algo que me revigora;

- É importante me sentir amado pelo que sou AGORA;

- Sonhos me movem;

- Desafios me dão força para superar;

- Preciso estabelecer prioridades e não desperdiçar energia;

- Preciso ter foco no que eu tenho e no positivo;

- É preciso celebrar pequenas conquistas;

- Aprender a lidar com as emoções;

- Aceitar ajuda;

- Encontrar um novo caminho de aprendizado;

- O poder da escolha é meu;

- Nas decisões, preciso me orientar pela Intuição;

- Esforço e disciplina são fundamentais para conseguir o que preciso;

- "Eu estou no comando da minha vida, apenas eu.”

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Formas de prevenir o câncer



Você sabe como prevenir o câncer? Confira as dicas fundamentais abaixo, listadas no site do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva):

Não fume! 
Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente é fundamental para a prevenção do câncer.

Alimentação saudável protege contra o câncer. 
A alimentação deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores. Comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer.

Mantenha o peso corporal adequado.
Estar acima do peso aumenta as chances de desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e manter-se ativo. Cerca de um terço de todos os casos de câncer podem ser evitados com alimentação saudável, manutenção de peso corporal adequado e exercícios físicos.

Pratique atividades físicas diariamente. 
A atividade física consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina de cada um. Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim.

Amamente.
O aleitamento materno é a primeira alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de então, deve-se complementar a amamentação com outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais.

Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer um exame preventivo ginecológico a cada três anos. 
As alterações das células do útero são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir as orientações médicas. 

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. 
Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta a possibilidade do surgimento da doença.

Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. 
Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 13 anos.
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A vacinação e o exame preventivo (Papanicolaou) se complementam como ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Medicina complementar no tratamento do câncer



Você sabia que a meditação e a acupuntura podem ajudar no tratamento de câncer? Confira detalhes sobre a "medicina complementar" ou "medicina integrativa" no texto publicado no site do Instituto Oncoguia:

O câncer é uma doença que afeta diferentes aspectos do ser humano e, por isso, seu enfrentamento engloba diversas formas de tratamento.

Existem os tratamentos que são considerados essenciais para tentar "eliminar" a célula doente e bloquear a sua reprodução. Entre eles temos a quimioterapia, radioterapia e cirurgia, por exemplo. São procedimentos que têm como grande finalidade interromper a progressão da doença e, portanto, cuidam da integridade física do paciente.

O diagnóstico do câncer, porém, não afeta apenas o físico de uma pessoa, mas também causa impactos sobre os aspectos emocional e espiritual. As emoções de um paciente com câncer tendem a ser muito fortes e sentimentos como medo, desespero ou insegurança não são incomuns. 

É preciso cuidar também da integridade emocional e, para isso, existem os tratamentos que integram a "Medicina Complementar" e ajudam o paciente a enfrentar os desgastes emocionais gerados pelo diagnóstico da doença e pelos tratamentos como a quimioterapia ou radioterapia.

Manter-se tranquilo pode ser extremamente benéfico para alcançar bons resultados no tratamento do câncer. Meditar, por exemplo, é uma atividade que ajuda o paciente a entrar em contato consigo e com suas questões mais íntimas, o que pode ajudá-lo a achar respostas para seus medos e dúvidas.

A acupuntura também é um método adotado por pacientes; além de melhorar a função dos órgãos, ajuda o paciente a equilibrar as emoções.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

É tempo de despertar



Nesta semana, compartilho com vocês uma bela reflexão da psicóloga Patricia Gebrim. Confiram:

Ouça a voz que vem de seu íntimo. Ouça o sussurro de sua alma e entregue-se às orientações de seu Eu Superior.

Quando tiver dúvidas, arrisque.
Quando se sentir inseguro, ouse.
Quando se sentir cansado, dê um passo a mais.
Quando tudo lhe parecer escuro, aquiete-se no meio da escuridão e a aceite. É assim que se acende a luz.
Quando se sentir triste, sente-se no meio da tristeza e a abrace. É assim que curam-se feridas e permite-se a alegria.
Quando se sentir sozinho, feche os olhos e respire. É assim que recuperamos a memória de que somos um com tudo o que existe.
Quando for visitado pelo medo, traga-o para dentro de seu coração e o envolva em amor, até dissolvê-lo na descoberta que ele nada mais era do que uma ilusão.

O poder de equilibrar sua vida é o mesmo poder que guia os pássaros de um continente a outro, orienta os cardumes através do oceano, conduz as manadas pela savana e diz ao urso que o tempo de hibernar já terminou.

Somos todos parte dessa natureza feita de pura sabedoria instintiva e amor, e se nos permitirmos, seremos guiados por ela, sempre na melhor direção.

Equilibre as polaridades até conquistar o estado de neutralidade necessário para que seja capaz de uma entrega. E então, solte-se. Abra mão daquilo que acredita lhe dar segurança... Apenas solte-se e flua com a vida.

Entregue-se à sua natureza divina e flua, como fazem os pássaros, os peixes, as manadas na selva. 
Ao chamado da sua alma, saia dessa caverna, como fazem os ursos, confiantes de que nada lhes faltará, não importa por quanto tempo tenham permanecido adormecidos.

O tempo de hibernar acabou.

É tempo de despertar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

4 sentimentos poderosos para combater problemas de saúde



Você sabia que os sentimentos podem influenciar na sua saúde? “Todo sentimento produz​ no corpo um​a química​ e um campo magnético​ capaz de influenciar diretamente na saúde das células”, disse o professor especialista em física quântica Wallace Liimaa. Segundo o pesquisador e criador do projeto Saúde Quantum, que busca levar às pessoas uma vida livre de medicamentos, é possível trabalhar alguns sentimentos importantes para melhorar a saúde do corpo. Confira quatro deles:

1 - Gratidão​

É comum nos dias de hoje encontrarmos pessoas viciadas em reclamar, se queixar da vida ou sempre se sentirem vítimas das circunstâncias. “Esses sentimentos repetitivos fragilizam os sistemas imunológico, endócrino e nervoso, e abrem as portas para as doenças”, alerta Wallace, explicando que a ciência vem comprovando que o sentimento de gratidão funciona como antídoto para os sentimentos negativos. “Esse sentimento cria uma química favorável no corpo a partir da ativação de novas redes neurais, e é por isso que ajudar as pessoas a olharem para as soluções, ao invés dos problemas, é a melhor forma de treinar a mente para ver os desafios e os momentos de crise como oportunidades evolutivas”, destaca o especialista. Segundo ele, agradecer pela oportunidade de evoluir diante de um desafio, ou mesmo de uma doença, é uma forma de criar as condições adequadas para que soluções sejam encontradas, enquanto a queixa, reclamação ou vitimização leva as pessoas a repetirem o padrão negativo do qual estão reclamando. “Sendo assim, coloque o sentimento de gratidão na sua vida para viver de forma mais saudável”, reforça.

2 - Positividade

O pesquisador também destaca que, ao longo do dia, deve-se monitorar a qualidade dos pensamentos. “Um pensamento negativo desencadeia sentimentos negativos que alteram a química do corpo, deprimindo o sistema imunológico e fazendo com que os genes expressem uma genética não saudável, deixando a pessoa suscetível ​a adoecer”, alerta. Desta forma, Wallace conta que a melhor forma de criar um ambiente interno saudável é estar vigilante em relação à qualidade dos próprios pensamentos, substituindo um padrão negativo por um padrão positivo.

3 - Desapego

Segundo Wallace, ​o exercício do desapego é um dos mais importantes e que ajuda as pessoas a fortalecer o senso de transitoriedade de todas as coisas. “Quando você percebe que tudo na natureza é cíclico e que a transformação é uma lei essencial e natural, você passa a perceber que, por mais dolorosa que seja uma experiência, ela vai passar, assim como uma experiência maravilhosa”, exemplifica. “Por isso, o melhor de tudo é viver cada momento intensamente, desfrutando de todo aprendizado possível para que possa evoluir para um outro nível, na compreensão de que tudo é transitório e que vai passar”. O especialista reitera que este sentimento ajuda a combater a ansiedade e permite encarar as mudanças com naturalidade. 

4 -​ Perdão

É muito comum encontrar as pessoas em profundo estado de sofrimento por sentirem dificuldade de perdoar alguém após uma situação de dor vivida no passado, como explica Wallace, com base em seus profundos estudos de física quântica. “Também é comum encontrar a pessoa que também não consegue se perdoar por algum erro cometido no passado, e nos dois casos a ausência do perdão leva as pessoas a viverem a vida num ambiente de tortura interna”, destaca o pesquisador. Wallace conta que o sentimento gerado pela falta do perdão é responsável por inundar o corpo com a mesma química da dor e do sofrimento. “Esta tortura interna faz o corpo emanar um campo eletromagnético associado ao pensamento negativo, o que acaba atraindo para a vida da pessoa uma circunstância similar àquela que ela vive rememorando”, destaca. Exercitar o perdão, portanto, liberta a pessoa do passado e ajuda a compreender o aprendizado que a circunstância de dor proporcionou para que ela não volte a repetir as mesmas experiências no futuro.​ “Quando perdoamos, libertamos o outro e sobretudo a nós mesmos, e passamos a viver no presente, podendo assim criar um novo futuro”, conclui.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Câncer e Espiritualidade



Médicos e hospitais começam a adotar a espiritualidade e a esperança como recursos para o combate de doenças. Confira detalhes na reportagem da revista Isto É

Há uma revolução em curso na medicina que mudará para sempre a forma de tratar o paciente. Médicos e instituições hospitalares do mundo todo começam a incluir nas suas rotinas de maneira sistemática e definitiva a prática de estimular nos pacientes o fortalecimento da esperança, do otimismo, do bom humor e da espiritualidade.

O objetivo é simples: despertar ou fortificar nos indivíduos condições emocionais positivas, já abalizadas pela ciência como recursos eficazes no combate a doenças. Esses elementos funcionariam, na verdade, como remédios para a alma – mas com repercussões benéficas para o corpo. No Brasil, a nova postura faz parte do cotidiano de instituições do porte do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, da Rede Sarah Kubitschek e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, três referências nacionais na área de reabilitação física. Nos Estados Unidos, o conceito integra a filosofia de trabalho, entre outros centros, do Instituto Nacional do Câncer, um dos mais importantes pólos de pesquisa sobre a enfermidade do planeta, e da renomada Clínica Mayo, conhecida por estudos de grande repercussão e tratamentos de primeira linha. 

A adoção desta postura teve origem primeiro na constatação empírica de que atitudes mais positivas traziam benefício aos pacientes. Isso começou a ser observado principalmente em centros de tratamento de doenças graves como câncer e males que exigem do indivíduo uma força monumental. No dia-a-dia, os médicos percebiam que os doentes apoiados em algum tipo de fé e que mantinham a esperança na recuperação de fato apresentavam melhores prognósticos. A partir daí, pesquisadores ligados principalmente a essas instituições iniciaram estudos sobre o tema.

Hoje há dezenas deles. Um exemplo é um trabalho publicado na edição da revista científica BMC Câncer sugerindo que o otimismo é um fator de proteção contra o câncer de mama. “Verificamos que mulheres expostas a eventos negativos têm mais risco de contrair a doença do que aquelas que apresentam maiores sentimentos de felicidade e positivismo”, explicou Ronit Peled, da Universidade de Neguev, de Israel, autor da pesquisa. Na última edição do Annals of Family Medicine – publicação de várias sociedades científicas voltadas ao estudo de medicina da família – há outra mostra do que vem sendo obtido. Uma pesquisa divulgada na revista revelou que homens otimistas em relação à própria saúde de alguma forma ficaram mais protegidos de doenças cardiovasculares. Os cientistas acompanharam 2,8 mil voluntários durante 15 anos. Eles constataram que a incidência de morte por infarto ou acidente vascular cerebral foi três vezes menor entre aqueles que no início estavam mais confiantes em manter uma boa condição física. Provas dos efeitos da adoção da espiritualidade na melhora da saúde também começaram a surgir. Nos estudos sobre o tema, a prática aparece associada à redução da ansiedade, da depressão e à diminuição da dor, entre outras repercussões. 

A partir de informações como essas, os cientistas resolveram identificar o que levava a esse impacto. Chegaram basicamente a duas razões. Uma é de natureza comportamental. Em geral, quem é otimista, tem esperança e cultiva alguma fé costuma ter hábitos mais saudáveis. Além disso, essas pessoas seguem melhor o tratamento. “Uma postura positiva leva a gestos positivos. Os pacientes se cuidam mais, alimentam-se bem, fazem direito a fisioterapia, mesmo que ela seja dolorosa”, explica a clínica geral carioca Cláudia Coutinho.

A outra explicação tem fundamento biológico. Está provado que a manutenção de um estado de espírito mais seguro e esperançoso desencadeia no organismo uma cadeia de reações que só trazem o bem. “Se o paciente é otimista, encara um problema de saúde como um desafio a ser vencido. Nesse caso, as alterações ocorridas no corpo poderão ser usadas a seu favor”, explica o pesquisador Ricardo Monezi, do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo. O bom humor, por exemplo, é capaz de promover o aumento da produção de hormônios que fortalecem o sistema de defesa, fundamental quando o corpo precisa lutar contra inimigos. Além disso, o riso provoca relaxamento de vários grupos musculares, melhora as funções cardíacas e respiratórias e aumenta a oxigenação dos tecidos.

É esse arcabouço de informações que permite hoje o uso, na prática, da espiritualidade, do otimismo, da esperança e do bom humor como recursos terapêuticos dentro da medicina. Nos Estados Unidos, por exemplo, pesquisadores da Universidade do Alabama preparam-se para começar a aplicar um tratamento batizado de “terapia da esperança”. O sistema consiste em ajudar os pacientes a construir e a manter a esperança diante da doença. “O primeiro passo é auxiliá-los a encontrar um objetivo importante que dê sentido a suas vidas. Depois, aumentar a motivação para alcançá-lo e orientá-los sobre os caminhos a serem seguidos”, explicou à ISTOÉ Jennifer Cheavens, da Universidade de Ohio e participante do grupo que desenvolveu a novidade.

Desde que recebeu o diagnóstico de câncer no intestino, no ano passado, a consultora de marketing carioca decidiu que manter o bom humor seria sua grande arma. “Claro que em alguns momentos eu fiquei triste. Mas resolvi que não me deixaria abater e que continuaria a rir muito”, lembra ela, autora do livro Câncer: sentença ou renovação?

Essa construção é feita com base em técnicas usadas na terapia cognitivo-comportamental, cujo objetivo é treinar o indivíduo a pensar e a agir de forma diferente para conseguir lidar de modo mais eficiente diante de condições adversas. O treinamento é feito com duas sessões semanais realizadas durante dois meses. A terapia será usada em portadores de deficiências visuais e nas pessoas responsáveis por seus cuidados. “Acreditamos que ela ajudará muito na redução da depressão e de outros problemas associados à perda da visão. Os pacientes ficarão mais motivados a lutar contra as dificuldades e a participar dos trabalhos de reabilitação”, explicou à ISTOÉ Laura Dreer, professora do departamento de oftalmologia da Universidade do Alabama, nos EUA.

No Brasil, a inclusão da ferramenta na prática médica está mudando a rotina dos hospitais. No Instituto de Ortopedia, no Rio de Janeiro, por exemplo, o trabalho médico é acompanhado pelo suporte psicológico, dedicado especialmente a fortalecer uma atitude mais positiva. O trabalho, claro, não é simples. Os pacientes costumam ser vítimas de traumas medulares ocorridos em situações como acidentes ou quedas. De uma hora para outra, têm a vida totalmente limitada. “Por isso, precisamos ajudá-los a enfrentar a nova situação. Eles têm de passar por uma reabilitação física e emocional”, explica a psicóloga Fátima Alves, responsável pelo grupo. E quem faz isso usando o otimismo e a esperança como armas sai ganhando. “Mostramos principalmente aos mais descrentes que a postura positiva no enfrentamento da doença é um remédio”, afirma Tito Rocha, coordenador da unidade hospitalar do instituto. Em breve, eles abrirão um grupo para incentivar o cultivo da espiritualidade pelos doentes. 

Talvez o símbolo mais emblemático do fim do preconceito da medicina ocidental contra questões relativas à emoções e espiritualidade seja o que está acontecendo na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a mais tradicional do País. A instituição sediou um evento para mostrar aos profissionais de saúde a importância de recursos como a espiritualidade e o bom humor na recuperação de pacientes. O curso foi ministrado pelo geriatra Franklin dos Santos, professor de pós-graduação da disciplina de emergências médicas da universidade. No programa, houve um bom espaço para ensinar os médicos e enfermeiros a usarem essas ferramentas. “Discutimos como isso deve ser aplicado na prática”, diz o médico, que tem dado palestras pelas escolas de medicina do País inteiro.

Nos Estados Unidos, também há um esforço para treinar os profissionais de saúde. Só para se ter uma idéia, o Instituto Nacional de Câncer americano criou uma espécie de guia para orientar médicos, enfermeiros e psicólogos sobre como usar a espiritualidade do paciente a seu favor. Todo esse interesse é o sinal mais patente de que a revolução vai durar. Por isso, ninguém deve se surpreender se quando chegar ao consultório médico for indagado sobre suas condições de saúde, obviamente, mas também sobre sua relação com a espiritualidade ou disposição de esperança.

“Questões como essas devem começar a ser cada vez mais levantadas”, defende Brick Johnstone, professor de psicologia médica da Universidade Missouri-Columbia, nos EUA.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Forjando a Armadura



O medo nos conduz a muitas doenças. Por isso, compartilho nesta semana o poema "Forjando a Armadura", de Rudolf Steiner:

Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me toma pequeno e mesquinho,
que me amarra,
que não me deixa ser direto e franco,
que me persegue,que ocupa negativamente minha imaginação,
que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo
do medo. Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não
para encobrir meu medo.

E, quando me calo, quero
fazê-lo por amor
e não por temer as
conseqüências de minhas
palavras.

Não quero acreditar em algo
só pelo medo de
não acreditar. 
Não quero filosofar por medo
que algo possa
atingir-me de perto. 
Não quero dobrar-me só
porque tenho medo
de não ser amável.
Não quero impor algo aos
outros pelo medo
de que possam impor algo a mim;
por medo de errar, não quero
tomar-me inativo.
Não quero fugir de volta para
o velho, o inaceitável,
por medo de não me sentir
seguro no novo.
Não quero fazer-me de
importante porque tenho medo
de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor, quero
fazer o que faço e
deixar de fazer o que deixo de fazer.

Do medo quero arrancar o
domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que
existe em mim.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Quem pode tornar sua vida melhor?




Nesta semana, compartilho texto da Patricia Gebrim, que diz que "o aprendizado está sempre em gerar um equilíbrio entre polaridades". Confiram as reflexões da psicóloga, publicadas no site Vya Estelar

Tem coisas que a gente leva muito, mas muito tempo mesmo, para aprender. Olhando para trás, muitas vezes penso assim: 

- Puxa, eu poderia ter aprendido isso antes!

Precisamos observar com muita atenção as nossas experiências de vida e aprender com elas, se não quisermos continuar criando situações que nos causam dor. 

Tem gente que percorre seu caminho de vida com vendas nos olhos, de forma que nunca identificam de onde vem os golpes que recebem. Apenas seguem, esperando que, magicamente, sua "sorte" mude em algum momento e a vida se torne mais doce e amistosa. Não compreendem sua parte na dor que está sendo causada. Agem como vítimas, sem perceber que causam a si mesmos muitos de seus sofrimentos. Não percebem que poderiam evitar muita dor se estivessem mais atentas, fazendo suas escolhas de uma maneira mais consciente.

Abra os olhos, preste atenção. Tente fazer diferente. Assuma a tarefa de conduzir sua própria vida, entenda que sua vida resulta de suas escolhas. Se você tem sofrido, pare de culpar as pessoas ao seu redor e gaste sua energia tentando descobrir onde tem feito escolhas inadequadas e pouco amorosas com você mesmo. Para fazer isso, você precisa resgatar sua autoestima, precisa gostar de você o suficiente para se importar. Algumas pessoas já não se importam.

Se você é uma pessoa forte, por exemplo, se sente poderosa, anda com suas próprias pernas, sabe-se capaz de conquistar o que quer; compreenda que, mesmo assim, você possui vulnerabilidades. Se você as nega e só mostra sua fortaleza ao mundo, nunca existirá ninguém disposto a lhe oferecer um ombro, uma ajuda, uma mão estendida. Isso dói. O aprendizado é integrar a parte que você costuma deixar escondida. Assumir, primeiro para você mesmo, que apesar da sua força, que é real, você não é nenhum super-herói. É gente de carne e osso como todo mundo, e sendo assim precisa também das pessoas. Após se dar conta disso, corra o risco de permitir que as pessoas vejam isso. É a única maneira de contar com um ombro amigo. 

Super-heróis nunca recebem ajuda, anote em letras vermelhas!

Perceba que o aprendizado está sempre em gerar um equilíbrio entre polaridades. Olhe para suas características e pergunte a si mesma se estão em equilíbrio.

Outro exemplo seria o de uma pessoa genuinamente generosa. Uma pessoa disposta a ajudar, a abrir espaço para o outro, a ceder, a fazer o melhor para que o outro se sinta bem. Uma qualidade linda. Muitas vezes oferecemos algo a alguém que nada pode nos dar em troca, e isso é amor. Nesses casos apenas damos, sem esperar retribuição alguma.

No entanto, em uma relação, se tudo passa sempre a ser oferecido sem que exista reciprocidade, quando apenas um dá e o outro só recebe, aquele que só recebe vai se tornando mimado, sem nada dar em troca, e em breve o generoso estará sendo explorado. Apesar de tudo oferecer, não será visto, cuidado ou respeitado, pois o outro se acomodou a essa distorcida via de mão única, passando a se portar como uma criança predadora, uma vampira emocional. Isso nunca aconteceria se o generoso estivesse atento, buscando o equilíbrio, a troca sudável. Não se trata de tornar-se avarento ou egoísta, mas apenas de ir oferecendo sua beleza na medida em que o outro a mereça, buscando mais equilíbrio entre dar e receber. 

Nem todos merecem nossos tesouros! Compreender isso é amadurecer. É tornar-se amoroso não apenas com o outro, mas também consigo mesmo. Essa é a regra de ouro. Nenhum ato de amor é verdadeiramente amoroso se tivermos que ferir a nós mesmos para executá-lo.

A vida é essa maravilhosa oportunidade de aprendermos essas e tantas outras coisas, tudo o que precisamos fazer é nos tornar observadores, dispostos a interferir em nossa própria vida, buscando torná-la mais saudável e equilibrada. Não delegue essa tarefa a ninguém. Nenhum pai, mãe, terapeuta, professor, líder espiritual ou força divina fará isso por você.

Tire as vendas de seus olhos e envolva-se.

Essa tarefa é sua e apenas sua.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Ioga e medicina integrativa



Nesta semana, vamos voltar a falar sobre medicina integrativa, desta vez com foco na ioga. A prática indiana ganhou o respeito da medicina e é usada para ajudar no tratamento de câncer, obesidade, dor crônica e doenças cardíacas, respiratórias e psiquiátricas. Veja detalhes nos trechos abaixo da reportagem da revista Isto É:

A medicina ocidental está incluindo a ioga na sua lista de recursos contra as doenças. Criada há cerca de cinco mil anos no lugar onde hoje é a Índia, a ioga é uma filosofia de vida. Seu princípio fundamental é o de facilitar a conexão do corpo com a mente, entendidos como uma coisa única, indissociável. Não é por outra razão que, em sânscrito, a língua usada em rituais do hinduísmo, a palavra ioga remete ao significado de atrelar. Para que isso seja possível, ela se apoia em recursos como a meditação, a respiração profunda e a execução dos ásanas, posturas corporais inspiradas em animais ou em outras referências da natureza.

Depois de desembarcar no Ocidente como mais uma excentricidade do Oriente, a prática hoje ganhou o respeito da ciência e recebeu o direito de entrar pela porta da frente em alguns dos mais renomados serviços de saúde do planeta. O método figura entre as terapias complementares disponíveis no MD Anderson, no Massachusetts General Hospital, em Boston, e no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, por exemplo.

Na Clínica Mayo, outro respeitado serviço de saúde, localizado também nos EUA, ela é ofertada a portadores de doenças diversas. O pneumologista Roberto Benzo, por exemplo, a aplica no tratamento de insuficiência cardíaca (o coração perde a capacidade de bombear o sangue para o corpo) e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mal caracterizado pela destruição progressiva dos alvéolos pulmonares. “Os principais benefícios são a redução da dificuldade respiratória e a melhora do condicionamento físico”, explicou Benzo à ISTOÉ.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Reiki



A minha primeira experiência com o reiki foi com a Kátia Mendes. Hoje, compartilho o depoimento dela sobre a técnica:  

O reiki é uma técnica de cura através da imposição de mãos, canalizada pelo Mestre japonês Mikao Usui em 1922. 

É uma energia inteligente, chegará na medida e onde o receptor necessita naquele momento. Promove equilíbrio e bem-estar, consequentes da elevação de todas nossas células, e harmoniza o nosso campo sutil, gerando saúde em todos os níveis. Atua no físico, psicológico, mental e espiritual. 

O tratamento com Reiki poder trazer uma mudança significativa na vida de quem o recebe. Durante uma sessão, pode se sentir muitas sensações, como calor, frio, arrepio, nada, ou também serem acessadas memórias antigas ou que precisem ser transmutadas e liberadas de nosso campo energético. É a energia inteligente atuando. 

É uma ferramenta de cura sutil e profunda. Aplicado em silêncio, isenta o receptor de exposição verbal. Pode e deve ser usado localizado em caso de dores ou qualquer tipo de lesão, como prevenção é aplicado em todos nossos chacras e também intuitivamente. 

Porque sou apaixonada pelo reiki? 

Tenho uma vida antes e depois do Reiki (iniciação, sou reikiana há 6 anos), é um tremendo despertar e me livrei de um estado depressivo que me acompanhava há muitos anos. 

Logo quando inicie, sentia muitas dores de energia presa nas mãos e nos dedos, quando uma amiga mais experiente me disse "Doe seu reiki"! Sim, fui doar meu reiki =) 

Sou voluntária em um projeto com crianças (2 a 17 anos) em dois abrigos e lá foi minha maior experiência. Recebem semanalmente, o projeto acontece há seis anos e todos atendimentos são anotados e enviados a um banco de dados. Vê-se milagres por ali, crianças que florescem, que se libertam de medos, que têm seu imunológico equilibrado. 

Tive algumas oportunidades com familiares e amigos em momentos de dor e desespero emocional. O reiki derrete e ajuda a trazer uma paz, tirar do foco dor e conduzir ao foco amor. 

Experimentar a sensação de colo de mãe, aconchego, aceitação, integração, nos lembrando que fazemos parte de algo maior e que a vida é impermanente. 

Podemos usá- lo em pessoas, animais, plantas, ambientes, situações passadas, presentes ou futuras.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Reiki no tratamento de câncer



Nesta semana, o assunto é o reiki no tratamento do câncer. Confiram o texto publicado no blog do Portal Universalista:

O Reiki é uma terapia japonesa de imposição de mãos que tem como objetivo a canalização de uma energia universal para o corpo. Esta energia traz equilíbrio ao corpo energético do paciente, estendendo-se ao corpo físico, desencadeando assim o restabelecimento da saúde física e mental.

A OMS já reconhece a eficácia do Reiki e o recomenda, portanto hospitais e ambulatórios dos Estados Unidos, Europa e Israel vêm incluindo o Reiki em seus departamentos de terapias complementares, visto que a universidades dos mesmos locais vêm percebendo e comprovando os efeitos do Reiki na saúde. No Brasil, hospitais como o Sírio Libanês e Albert Einstein já contam com o Reiki no seu rol de procedimentos de terapias complementares. O Sistema Único de Saúde (SUS) também já vem implantando esta técnica em alguns ambulatórios.

O Reiki se trata apenas de uma canalização de energia e não tem qualquer relação com religião ou crença. Indivíduos de qualquer religião ou até mesmo aqueles que nada professam podem se beneficiar desta terapia. Inclusive, não é necessário acreditar para que o Reiki funcione, a energia universal funciona por si só, independente de crença.

Pacientes oncológicos têm se beneficiado muito do Reiki tanto na cura do próprio câncer quanto no alívio das reações desagradáveis desencadeadas pela quimioterapia. Algo que tem acontecido com frequência é de pacientes oncológicos se submeterem ao Reiki e não contarem a seus médicos, que pensam que estes estão apenas fazendo o tratamento convencional (quimioterapia/radioterapia) até constatarem através de exames de imagem uma diminuição drástica inesperada do tumor e questionarem o paciente, que relata então estar se submetendo à sessões de reiki. Os pacientes oncológicos têm relatado também melhora na disposição, na fraqueza e na náusea após sessões de quimioterapia, visto que o Reiki reequilibra todas as células e órgãos do corpo. É notável também uma melhora no sistema imunológico destes pacientes, que muitas vezes por conta da própria quimioterapia ficam frágeis e debilitados, podendo apresentar gripes, resfriados e até mesmo infecções desencadeadas por bactérias oportunistas.

Os próprios médicos têm encaminhado seus pacientes para o Reiki, pois têm conseguido observar os benefícios adicionais deste tratamento, inclusive na qualidade de vida do paciente, que consegue uma sensação de profundo relaxamento e bem-estar e passa inclusive a aceitar melhor a doença, chegando assim de uma forma mais agradável à cura.

terça-feira, 24 de maio de 2016

"A intuição não é um pensamento, ela chega a nós como uma sensação"



Você segue a sua intuição? Nesta semana, compartilho com vocês um texto reflexivo sobre o assunto, da psicóloga Patricia Gebrim, publicado no site Vya Estelar:

Tratada por alguns como uma espécie de conto de fadas pueril, no qual acreditam apenas os ingênuos ou sonhadores, considero a intuição uma das ferramentas mais poderosas que possuímos. Uma oferenda cheia de sabedoria que brota, como água fresca, de nosso íntimo.

Podemos pensar na intuição como a linguagem da alma, uma síntese de percepções sutis operada por nosso próprio inconsciente. Não importa de onde venha, a real diferença está no quanto você se permite acessá-la, e no quanto a considera em suas decisões de vida.

Aos mais pragmáticos, controladores e racionais, a intuição parece suspeita, preferindo estes seguirem uma estrada reta, feita de lógica e coerência, beseada em fatos cientificamente comprováveis ou fenômenos observáveis. Escalam suas vidas um passo por vez, na medida em que conseguem enxergar os degraus.

Já os mais corajosos, que tomam a intuição como guia, são portadores de asas, capazes de se conectar com informações que chegam por vias não tão palpáveis. Dispostos a fluir com esse fluxo de informações, os intuitivos encurtam caminhos, conseguem antever resultados, evitando perigos e aproveitando melhor as oportunidades da vida. 

A intuição não é um pensamento, ela chega a nós como uma sensação. Um conforto ou desconforto frente a determinadas pessoas, experiências ou situações. "Algo" que nos diz se devemos seguir ou parar. Ir ou ficar.

A mente racional analisa fatos de maneira lógica e os compara com o que já conhece, oferecendo essa ou aquela sugestão. A intuição, livre das amarras do tempo e espaço, amparada pela amplitude do inconsciente coletivo, pode nos oferecer informações que pairam além do que já conhecemos. Nos mostra o que ainda não vimos, nos insere no que ainda não conhecemos. Nos traz o novo, o criativo. Nos inspira, nos eleva, respeita a verdadeira essência imaterial de que é feito nosso ser.

Para acessar esse fluxo de informações intuitivas, basta atravessar a barreira da mente racional, mergulhar nesse espaço sagrado que todos temos no centro de nosso peito, ouvir mais as sensações que nos chegam pelo coração. Não é tão difícil, se estivermos dispostos a sair um pouco dos trilhos aprisionadores de nossas crenças, se nos lembrarmos de nossa verdadeira natureza e estivermos dispostos a ouvir o som de nossa própria alma.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A cura está no doente, diz médico



Você já ouviu falar de medicina integrativa? "É a prática da medicina que reafirma a importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde. É focada na pessoa em seu todo, é baseada em evidências e faz uso de todas as abordagens terapêuticas, profissionais de saúde e disciplinas adequadas para obter o melhor da saúde e cura", como explica o cirurgião Paulo de Tarso Lima em seu site. Veja mais detalhes sobre o assunto nesta reportagem da revista Veja, que conta com explicações do médico: 

Não é habitual ouvir um médico respeitável, de uma instituição de saúde modelar, falar sobre o papel da energia do corpo humano e da religião no caminho para a cura. É justamente o caso do cirurgião Paulo de Tarso Lima, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. A medicina integrativa é uma prática em ascensão. Surgida nos Estados Unidos na década de 1970, une a medicina tradicional oriental, com sua abordagem holísitica, e a ocidental, apoiada na produção científica e na tecnologia. A reunião tem revolucionado a busca pela cura de doenças como o câncer. "A ideia não é excluir nada, mas juntar tudo e mostrar que a pessoa é detentora da capacidade de cura da própria doença", afirma Lima, que estudou a medicina interativa na Universidade do Arizona (EUA) e cursa o primeiro ano da Barbara Brenner School of Healing, na Flórida, onde a cura é perseguida a partir do estudo da energia humana. O médico é também autor do livro Medicina Integrativa - A Cura pelo Equilíbrio (MG Editores, 139 págs., 32,20 reais). Na entrevista a seguir, ele explica os fundamentos da medicina integrativa e aposta que a prática vai se espraiar por aqui por razões econômicas - por ora, apenas alguns hospitais e somente cinco universidades brasileiros se dedicam ao assunto.

Afinal, o que é medicina integrativa?

É um movimento que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e que começou a ser organizado com mais rigor na década de 1980, quando entrou para as faculdades de medicina. Hoje, existem 44 universidades americanas ligadas à pratica, que traz uma visão mais holística da pessoa no seu todo: corpo, mente e espírito. O que buscamos é oferecer uma assistência com informação e terapias que vão além da medicina convencional para ajudá-la a se conectar com a promoção de saúde. Eu não tenho a menor dúvida de que a medicina convencional é extremamente efetiva em se tratando de doença, mas saúde não é apenas ausência de doença.

Que terapias são essas?

Sistemas tradicionais como a medicina chinesa e indiana nos oferecem uma gama de alternativas, como acupuntura, reiki, yoga, entre outras, que trabalham a energia do nosso corpo, estimulando uma reação aos sintomas das doenças. A ideia desse movimento não é excluir nada, mas juntar tudo e mostrar que a pessoa é detentora da capacidade de cura da própria doença. Isso é uma mudança de paradigma, porque a possibilidade de voltar ao estado saudável não é algo dado à pessoa, mas é algo inato a ela.

Qual a explicação para só agora a medicina integrativa despertar interesse de médicos convencionais?

Há duas razões: a demanda dos pacientes e a produção acadêmica, que cresce a uma velocidade muito alta. Se entendemos como as coisas funcionam, sabemos que é seguro.

Qual a situação da prática no Brasil?

Estamos em uma situação de dualidade. Os alinhados à prática muitas vezes não usam a medicina convencional de maneira integrada, e os convencionais não usam a medicina integrativa. Temos no Brasil um movimento diferente dos Estados Unidos, menos acadêmico, mas que vem crescendo graças a uma portaria de 2006 que autorizou procedimentos de acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapias no Sistema Único de Saúde (SUS).

E por que a resistência dos médicos convencionais?

Eu não entendo. Estamos falando de energia e não precisamos ir muito longe para provar que energia corporal existe. A partir do momento que temos uma mitocôndria que produz energia dentro de cada célula, e isso é ensinado no primeiro ano de medicina, não há o que discutir. Temos energia no corpo, e pronto. O curioso é que muitos exames hospitalares rotineiros são baseados em mensuração do campo energético do corpo, como a ressonância magnética, o eletroencefalograma e outros mais sofisticados. Mas se você falar para um neurologista sobre a manipulação da energia do corpo, ele pira.

Por quê?

Porque entramos em um outro ponto da discussão sobre a energia humana, que é a interface com a religião. Estamos vivendo em uma nova fronteira em que se tenta entender essa energia, como ela é produzida, como pode ser manipulada e conduzida. E isso tem um impacto importante na questão da espiritualidade. Por isso, se algum paciente meu acha conforto na religião, se ele se sente bem assim, eu o estimulo a praticá-la.

E como se medem os resultados da medicina integrativa?

Começamos a medir os resultados pelas questões econômicas. A Prefeitura de Campinas, em São Paulo, registrou uma redução substancial de uso de analgésico dentro do SUS ao oferecer terapias ligadas à medicina chinesa focadas na questão ósseo-muscular. Além disso, tem uma série de trabalhos acadêmicos ligados à genética provando que a qualidade de vida produz efeitos na expressão genética da doença. E uma nova fase de trabalho investiga se uma gestante, cujo feto apresenta uma expressão genética de determinada doença, pode ajudar seu bebê se tiver uma gestação muito cuidadosa.

Como isso seria possível?

O homem carrega no seu código genético informações de doenças que podem ser a causa de sua morte. Isso já é provado. Só que você pode ter a característica genética da doença e não desenvolvê-la, ou tê-la precocemente. Isso vai depender da qualidade da sua vida. Comer bem, respirar melhor, praticar atividades físicas, lúdicas e contemplativas são fatores muito importantes ligados à qualidade de vida e que vão provocar um impacto no nosso bem-estar e, consequentemente, na resposta do corpo às doenças já estabelecidas e àquelas que estão programadas para acontecer. O Prêmio Nobel do ano passado de Medicina (dividido entre os pesquisadores Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak) mostra que, se há uma importante mudança nutricional e de práticas contemplativas, há uma diminuição da expressão de câncer de próstata em determinados grupos de homens.

As pessoas, em geral, estão mais abertas para as práticas alternativas?

No Brasil, entre 45% e 80% dos pacientes diagnosticadas com câncer utilizam algum tipo terapia "alternativa" em conjunto com o tratamento. Nos Estados Unidos, 13% das crianças e 55% dos adultos saudáveis utilizam tais práticas.

O senhor acredita que essa corrente ganhará espaço no futuro?

Acredito. Não por razões humanitárias, mas por uma questão econômica. Afinal, a forma como a medicina é praticada atualmente implica altos custos. Não posso prever, porém, quanto tempo isso vai demorar, porque o convencimento dos profissionais a respeito do assunto exigirá um longo trabalho.