terça-feira, 25 de outubro de 2016

Busca espiritual



Já parou para refletir sobre a espiritualidade? Nesta semana, compartilho um texto da psicóloga Patricia Gebrim sobre o assunto, publicado no site Vya Estelar:

Um dia você acorda, olha ao redor e se percebe vivendo em um mundo que não faz muito sentido para você. Vê as pessoas tristes, fazendo mal umas às outras, fazendo mal a si mesmas. Você enxerga com clareza que algo precisa mudar, e decide iniciar a mudança por si mesmo.

Decidido a fazer a diferença, depois de um tempo, em um grau maior ou menor, você finalmente vai simplificando sua vida. Se livra dos excessos. Descobre que sua caminhada é mais leve sem tanta coisa para carregar.

Muitas coisas começam a mudar na sua vida. Você passa a procurar se alimentar melhor, talvez corte a carne de sua dieta, talvez escolha assumir os cabelos brancos, talvez escolha vestir um tipo diferente de roupa, menos ligada ao status ou moda, mais associada ao conforto e ao seu gosto pessoal. Você procura um trabalho onde possa honrar seus valores, talvez deixe de conviver com algumas pessoas e encontre outras, mais em sintonia com a sua essência. Talvez faça cursos, pratique meditação, ou yoga. Talvez compre uma bicicleta, viaje para lugares diferentes, busque mais pelo silêncio.

Algumas dessas pessoas, além dessas mudanças de atitude, aprendem a respeitar os outros, suas escolhas, seu momento, suas limitações. Não julgam nem se sentem superiores. Procuram compartilhar a harmonia, o amor, a delicadeza, a paz.

Mas outras, por mais que caminhem aparentemente nessa direção, estão apenas criando uma máscara espiritual, diariamente lustrada com atitudes que lhes dão a sensação de serem melhores ou mais sábias do que o resto da humanidade.

Não importa se você medita, entende de chacras e sente uma energia pulsando na palma da sua mão, se por outro lado você critica e julga aqueles que fazem escolhas diferentes das que acredita serem as corretas. Se condena os que comem carne, os que compram coisas caras, os que pintam os cabelos ou fazem botox. Se menospreza os que gostam de dançar até amanhecer numa balada. Se você julga as pessoas por todo tipo de coisa, "essa é superficial , aquela mentiu para o marido, o outro vive fazendo churrascos, blá, blá, bla", isso significa que há pouca espiritualidade em você.

A espiritualidade, no meu entender, está baseada na confiança de que tudo é divino e que tudo está acontecendo exatamente como deveria acontecer. Ser espiritual é compreender que estamos todos vivendo experiências, e que cada um precisa de experiências diferentes para caminhar, para evoluir. Ser espiritual tem a ver com viver cada experiência que surge em nosso caminho com o máximo de consciência, aprender, crescer, nos tornarmos seres mais capazes de amar. E permitir que assim seja para todos.

A espiritualidade é uma entrega. A entrega do nosso ego à nossa alma, à luz que mora em nosso íntimo. Sem essa entrega, todas essas atitudes consideradas espirituais são atos vazios, tristes máscaras, apenas mais uma das inúmeras caixinhas prontas que são oferecidas àqueles que ainda não encontraram seu verdadeiro ser.

A felicidade não é uma criança perdida a ser encontrada. Enquanto continuarmos procurando, será como se ela constantemente escapasse de nós. A felicidade está aqui, nunca deixou de estar, agora mesmo. Ser espiritual é saber disso, aprender a aceitar e amar o momento exatamente como ele é. No exato momento em que fazemos isso, em que expressamos essa aceitação total de tudo e de todos, nos tornamos o que buscávamos. Nos integramos com tudo o que existe. Finalmente percebemos que a criança estava em nosso colo o tempo todo, e simplesmente a abraçamos e amamos com todas as fibras do nosso ser.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Reflexões sobre o livro "A Cientista Que Curou Seu Próprio Cérebro"



Fiz algumas reflexões sobre o capítulo "Do que eu mais precisava", do livro "A Cientista Que Curou Seu Próprio Cérebro", de Jill Bolte Taylor. A neurocientista sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e relatou nesta obra como reprogramou sua mente. Confiram trechos de destaque e meus pensamentos:

- A paz está só a um pensamento de distância e tudo que precisamos fazer para alcançá-la é silenciar a voz do lado esquerdo do cérebro que é dominante. (Paz e Lado Direito do cérebro)

- Eu precisava desesperadamente que as pessoas me tratassem como se eu fosse me recuperar por completo. (Fé)

- Eu precisava que as pessoas à minha volta acreditassem na plasticidade de meu cérebro e em minha habilidade para crescer, aprender e me recuperar. (Plasticidade)

-Para minha recuperação foi muito importante que respeitasse o poder de cura do sono. (Sono)

- Eu precisava que as pessoas me amassem, não por quem eu havia sido, mas por quem eu poderia ser agora. (Amor pelo que sou agora)

- Eu precisava que as pessoas fossem encorajadoras, saber que ainda tinha valor; precisava ter sonhos para os quais caminhar. (Sonhos)

- Eu precisava desafiar meu cérebro continuamente. (Desafios)

- Eu precisava definir minhas prioridades quanto ao que eu mais queria recuperar e não desperdiçar energia com outras coisas. (Prioridade e desperdício de energia)

- Eu precisava me concentrar na minha capacidade não na minha incapacidade. (Foco no que eu tenho)

- Eu precisava que as pessoas comemorassem meus triunfos diários porque o sucesso, mesmo que pequeno, me inspirava. (Celebrar)

- Fiz a escolha de ficar fora do meu caminho emocionalmente falando e isto significava ter muito cuidado com esta conversa interior. (Como lidar com minhas emoções)

- Eu precisava aceitar apoio, amor e ajuda externa. (Aceitar)

- O sucesso de minha recuperação dependia de quebrar cada tarefa em passos e ações menores e mais simples. (Encontrar um novo caminho de aprendizado)

- Eu necessitava que as pessoas se aproximassem e não sentissem pena de mim.

- Eu necessitava que minhas visitas levassem energia positiva. (Foco no positivo)

Uma das maiores lições que aprendi foi como sentir o componente físico da emoção. Podia sentir as emoções me inundando e me preenchendo como ondas. (Sentir as emoções)

Aprendi que podia escolher entre me engajar em um sentimento e prolongar sua permanência ou apenas deixá-lo fluir por mim rapidamente até que desaparecesse. (O poder da Escolha)

Eu tomava minhas decisões com base em como sentia as coisas dentro de mim. (Intuição)

A cura emocional foi um processo lento e tedioso, mas digno de todo o meu esforço. (Melhorar envolve esforço e disciplina)

Na medida em que o meu lado esquerdo do cérebro foi se fortalecendo parecia natural que eu quisesse “culpar” outras pessoas ou eventos externos por meus sentimentos ou minhas circunstâncias. (Cuidado com o julgamento do Lado Esquerdo)

- Mas, na verdade, sabia que ninguém tinha o poder de me fazer sentir nada, exceto eu mesma e meu cérebro. Nada externo a mim tinha o poder de tirar a paz da minha mente e do meu coração.

- Posso não ter o controle total do que acontece em minha vida, mas certamente estou no comando de como escolho perceber minha experiência de vida.

Conclusão: 

Percebi que algumas palavras nos mostram como fazer um caminho interior para recuperarmos ou lutarmos frente a uma doença ou diante das adversidades que a vida nos apresenta:

- Preciso ter consciência que a paz está no Lado Direito do cérebro (emocional) e o julgamento no Lado Esquerdo do cérebro (racional)

- A Fé é fundamental;

- Preciso de plasticidade, exercitar minha capacidade de adaptação;

- O sono é algo que me revigora;

- É importante me sentir amado pelo que sou AGORA;

- Sonhos me movem;

- Desafios me dão força para superar;

- Preciso estabelecer prioridades e não desperdiçar energia;

- Preciso ter foco no que eu tenho e no positivo;

- É preciso celebrar pequenas conquistas;

- Aprender a lidar com as emoções;

- Aceitar ajuda;

- Encontrar um novo caminho de aprendizado;

- O poder da escolha é meu;

- Nas decisões, preciso me orientar pela Intuição;

- Esforço e disciplina são fundamentais para conseguir o que preciso;

- "Eu estou no comando da minha vida, apenas eu.”