Neste mês, fui mais uma vez a Portugal com a motivação de acompanhar a construção do
International Happiness Forum, da Eduarda Oliveira, e contribuir com o que eu
acredito e me propus a difundir: a importância da educação emocional, da
infância à maturidade.
Nesta
viagem, tive a oportunidade de conhecera a cidade de Fátima e lá aconteceu algo
muito forte. Assim que cheguei, fui visitar o local onde Nossa Senhora de Fátima
apareceu para as crianças peregrinas e fui tocada por uma profunda emoção, que
há muito tempo não emergia com tanta força do mais profundo do meu ser.
Ao
caminhar por aquele lugar de paz e espiritualidade, veio à tona minha história
de amor e fé com Nossa Senhora. Foi como se uma retrospectiva da minha vida
acontecesse dentro de mim.
Lembrei-me
da infância e da adolescência, quando rezava todos os dias e conversava com
Nossa Senhora, na capela do Colégio Nossa Senhora de Lourdes. O hábito se repetiu
dos meus 11 anos de idade até o término da faculdade, pois estudei todo esse tempo
no mesmo local.
Sempre
amei escrever e tive um diário que me acompanhou grande parte da vida. Nesse
período, enquanto eu escrevia, estava conversando com minha mãezinha do céu.
Tudo que me acontecia, principalmente o que eu sentia, era com Ela que
compartilhava. Escrevia tanto que perdia a noção do tempo.
Em
Fátima, comecei a refletir o quanto a figura do “sagrado feminino” havia sido
muito forte em minha vida. Além da ligação afetiva intensa com minha mãe e de
ter o nome da minha avó materna, a fé em Nossa Senhora me acompanha até hoje.
Naquele
momento mágico, rezei e chorei muito ao recordar toda essa parte da minha vida,
com os mínimos detalhes. Senti uma profunda gratidão por viver, por ter meus
filhos, por amar minha profissão. Pensei em cada pessoa da família e nos amigos
próximos. Senti que caía sobre mim uma chuva de bênçãos.
A
minha vontade era de ficar ali e perder a noção do tempo, só para meditar e
usufruir da paz e da pura gratidão que inundava meu coração e a minha alma. Aquele
silêncio era tudo de que eu precisava naquele momento.
A
CHAMA ACESA da VIDA brotou de dentro de mim com tanta força, verdade e
transparência, que nada me faltava. TUDO estava completo e era perfeito. A
minha vida poderia terminar ali, naquela hora, e estava tudo certo. Acredito
que experimentei um sentimento de plenitude e de entrega como nunca havia
sentido antes. E pensei: “Que assim seja”.
Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.