quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Coisas que aprendi em 2018


Chegou a hora de fazer um balanço de 2018. Listei 18 coisas importantes que aprendi neste ano: 

1. Aprendi que quando estamos conectados com nossa alma os acontecimentos fluem e tudo acontece no TEMPO CERTO. Nem antes, nem depois. 

2. Aprendi a exercitar a ENTREGA diante de cada desafio que enfrentei.

3. Aprendi que o MEDO precisa ser desconstruído a cada dia, a cada momento, para que ele não nos impeça de viver e aprender.

4. Aprendi que o motor que me move é APRENDER E ENSINAR com brilho nos olhos e amor no coração.

5. Aprendi que é preciso quebrar as crenças limitantes, os pré-conceitos, para que a DIVERSIDADE tão rica e abundante ocupe o seu lugar no mundo e transforme nossa forma de atuar, de viver e conviver.

6. Aprendi que cada pessoa tem LUZ PRÓPRIA e que ninguém ocupa o espaço do outro. Todos podemos brilhar e iluminar até o infinito.

7. Aprendi que a SAÚDE EMOCIONAL precisa ocupar um espaço especial em todos os lugares que vivenciamos relacionamentos: na família, na escola, no trabalho, na sociedade. Ela interfere efetivamente em tudo que fazemos e em nossa qualidade de vida. 

8. Aprendi que viver de corpo e alma o MOMENTO PRESENTE é o principal desafio no dia a dia de todos nós.

9. Aprendi que antes de amar e cuidar do outro, preciso aprender primeiro a CUIDAR DE MIM.

10. Aprendi que a GRATIDÃO inundou meu coração quando pude realizar o sonho de publicar o Chama Acesa com a parceria firme, segura e amorosa da Patricia Zwipp.

11. Aprendi que diante dos muitos desafios que enfrentei na vida, na maioria das vezes, eu utilizava a força da RAIVA para conseguir me mobilizar diante de algo que eu não concordava, pois tinha dificuldade para dizer "não". Neste ano, essa incidência diminuiu e estou substituindo a raiva pela FORÇA do ganho de CONSCIÊNCIA.

12. Aprendi que atraímos para nossa vida as experiências que precisamos de acordo com a nossa VIBRAÇÃO e nossos PENSAMENTOS, para que o verdadeiro aprendizado aconteça de acordo com a lei da “ação e reação”.

13. Aprendi que as verdadeiras MUDANÇAS acontecem de “dentro para fora” e nunca "de fora para dentro".

14. Aprendi que, quando conectamos o SER com o FAZER, realizamos a nossa MISSÃO DE VIDA.

15. Aprendi e reafirmo que não existe nada mais inspirador do que uma HISTÓRIA DE VIDA.

16. Aprendi que vencer a si mesmo é uma tarefa diária para desativar o nosso EGO e potencializar a nossa ESSÊNCIA

17. Aprendi que o AUTOCONHECIMENTO nos empodera porque nos ajuda a ganhar consciência de nossas habilidades e fragilidades. A consciência de nossas HABILIDADES tem o poder de potencializá-las e a consciência de nossas FRAGILIDADES nos leva a exercitar a humildade e a desconstruir o hábito de fazer julgamentos.

18. Aprendi que, sem vinculo afetivo e ENVOLVIMENTO EMOCIONAL, ninguém aprende e ninguém ensina. O meu maior desafio para 2019 é responder esta pergunta com ações proativas: “Como levar a educação emocional para a vida?”.

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Caminho evolutivo: reflexões a partir de uma experiência pessoal


No fim de outubro, fez um mês que passei por uma cirurgia na base do seio direito. Estava com uma lesão em um encontro de cicatrizes de cirurgias anteriores, quando tive câncer no seio por três vezes e fiz duas quadrantectomias e uma mastectomia. 

Confesso que quando vi a necessidade de uma biópsia e depois da cirurgia fiz a pergunta: "E agora, o que eu tenho que aprender?" 

Vivi alguns momentos de falta de tranquilidade, mas não me fixei neles. 

Deixei fluir e exercitei a ENTREGA mais uma vez. De repente, era como se uma calma interior se estabelecesse dentro de mim e nada mais importasse. Era como deixar de fazer foco no problema que surgiu de forma inesperada e olhar novamente para a necessidade de me cuidar, mais uma vez, mas sem atropelos. 

Embora a biópsia tenha dado negativa, a cirurgia acabou sendo maior do que se imaginava, pois, atrás da lesão, havia um cisto com infecção dentro. Isso fez com que a área retirada tivesse que ser maior.

Todos os passos que antecederam a tomada de decisão da cirurgia foram feitos com muita conversa, explicações claras e tentativas de encontrar caminhos menos invasivos junto com minha a Dra. Patrícia Valentini de Melo, da Choice Medicine. Cada etapa teve uma escolha: na primeira, a utilização de uma pomada antibiótica por poucos dias, depois o antibiótico via oral em uma dosagem alta, porque a pomada havia surtido efeito, mas não o suficiente. Depois, a raspagem do local para biópsia e, por fim, a cirurgia. Era a formação de uma gordura necrosada, que, se não fosse retirada, poderia ficar voltando. 

Mas por que contar estas etapas em detalhes? Porque em cada etapa havia uma ESCOLHA em que participei de forma CONSCIENTE E ATIVA junto com minha médica e amiga Dra. Patrícia. Aliás, esta reflexão surgiu após uma consulta de avaliação. Nossas trocas sempre resultam em aprendizados mais profundos. 

Com a cirurgia, tive que parar por um mês de praticar ioga, que me faz muito bem. Tive que aprender a entender o tempo de cura, porque, como já não tinha dor, movimentava o braço direito mais do que poderia e começou a inchar no local da cirurgia. Tive que voltar a atenção para mim novamente, frear e me cuidar. 

Explicar com detalhes o processo físico me ajuda a enxergar nas entrelinhas os efeitos emocionais e espirituais neste desafio que a VIDA mais uma vez me apresentou. 

Desafio pequeno se comparado aos anteriores, mas que testou em mim algo que comentei no meu livro Chama Acesa e que ainda não tinha vivido: "e se o câncer aparecesse de novo, como reagiria?". Eu respondi na época que, se acontecesse, teria que exercitar a entrega e que haveria um motivo. 

A possibilidade de ser uma recidiva era pequena, mas existiu. E eu tive a oportunidade de viver tudo que escrevi no livro, sem exceção. Agora, vamos para as reflexões e aprendizados desta situação. 

Neste caminho evolutivo, eu sempre doei com muita facilidade, ou seja, pelo meu perfil, sempre foi mais fácil cuidar de alguém do que me cuidar. 

Para algumas pessoas, acontece o contrário, aprendem a se cuidar primeiro para depois aprenderem a cuidar do outro. 

E novamente, sem julgamento, é o caminho de cada um, de acordo com perfil, habilidades e desafios, que fazem parte da vida de todos nós. 

Quem leu o livro Chama Acesa pode ver com detalhes como foi este meu caminhar com todos os obstáculos e conquistas. O primeiro aprendizado foi aprender o que é cuidar verdadeiramente do outro

Tive que desaprender muitas coisas para perceber que cuidar verdadeiramente é respeitar a escolha do outro, mesmo que perceba que não seria a melhor opção de acordo com a sua visão e bagagem de experiência; é aprender a amar incondicionalmente, pois o vinculo afetivo é o que garante a proximidade de alma com qualquer pessoa e também apoiar ajudando-a a buscar dentro de si mesma o que faz sentido para ela. Não existe receita, nem conselho, pois o que é bom para uma pessoa pode não ser para a outra. 

Deixar que o outro erre e acerte, como eu errei e acertei para aprender. E isto não é nada fácil, porque recebemos, em nossa educação, mensagens implícitas de que cuidar é superproteger e impedir que o outro sofra. 

A dor nos leva a olhar para dentro e a aprendizados significativos. Esses aprendizados nos ajudam a evoluir, a ganhar força. E não temos o direito de interferir ou impedir que cada um viva a sua experiência. Mas preciso afirmar que demorei muito para entender isso. 

Depois, o segundo passo: aprender a cuidar de mim, aprender o que é o autocuidado, sem me sentir egoísta. As mulheres da minha geração (Baby Boomers) receberam uma mensagem muito forte de que precisam se doar para serem amadas e respeitadas. Muitas vezes, cuidar excessivamente dos outros é fugir de si próprio. Só que se você não está bem, como pode cuidar do outro? 

Cada vez que eu me cuido, eu me torno uma pessoa mais alinhada com minha essência, com quem verdadeiramente sou e me sinto mais feliz. E quanto mais alinhada estou com minha alma, com meu coração, mais energia positiva, mais amor vou irradiar e refletir para as pessoas com as quais convivo nos diferentes ambientes. 

E por último, no meu caso, mais um passo neste caminho evolutivo que ainda não vivi profundamente, mas apenas parcialmente, que é aprender a ser cuidada. 

Aprender a ser cuidada é desapegar totalmente do ego para exercitar a humildade, é aprender a deixar de lado o orgulho e permitir sentir-se frágil, dependente em vários momentos, a ser um paciente. O que é ser paciente? Pode ser exercitar a paciência para aceitar que o seu ritmo diminui, que a sua capacidade física enfraquece, que movimentos e atividades, que fazia com autonomia e facilidade, tornam-se difíceis. Aí aparece o maior desafio: aceitar a ajuda do outro, aceitar sentir-se dependente de outras pessoas. E nesta situação não há escolha, pois você depende desta ajuda para sobreviver. 

Quando alguém sofre um acidente ou uma doença que o leva a essa situação prematuramente, esse terceiro passo do caminho evolutivo aparece antes. O envelhecer também nos leva a uma situação muito semelhante. 

Portanto, em momentos cruciais que somos testados ou no final da vida, temos que aceitar a perda da força do corpo físico, mas não a da alma. É uma luta interna para entregar ou recuperar aos poucos a força física, sem perder a força espiritual. Acredito que esse é o passo mais difícil e, ao mesmo tempo, mais libertador. Só aprendemos quando descobrimos que podemos perder a força física, mas não a espiritual. A força física representa tudo que está fora, na aparência, tantas vezes excessivamente valorizada pela cultura ocidental. A força espiritual representa tudo que está dentro e que a cultura oriental cultiva e valoriza. É essa força espiritual, a força da alma, que levamos junto quando a vida acaba, pois ela representa a nossa evolução. 

Finalizando esta reflexão: os três passos do caminho evolutivo podem aparecer de forma não-linear, em uma sequência diferente na vida de cada um de nós, mas sempre nos levam a uma evolução, que é a nossa missão de vida. Por isso, é chamado de CAMINHO EVOLUTIVO.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Lançamento da minha biografia na comemoração de 5 anos do Grupo Mulheres do Brasil


As ações do Outubro Rosa, contra o câncer de mama, continuam. Na quinta-feira (4), comemorei o meu aniversário com a oportunidade de lançar o livro Chama Acesa no evento de 5 anos do Grupo Mulheres do Brasil

A minha biografia conta como a luta contra o câncer e o amor pela minha profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento.




Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Outubro Rosa: Palestra e lançamento da minha biografia no Grupo Mulheres do Brasil


Ontem (2) foi um dia muito especial! A minha primeira ação do Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama, aconteceu no Grupo Mulheres do Brasil. Tive a oportunidade de dar a palestra "Chama Acesa: um caminho de autoconsciência e cura", participar de uma roda de conversa e lançar a minha biografia. 


O livro Chama Acesa conta como a luta contra o câncer e o amor pela minha profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento. 




Obrigada a todos que participaram do evento! Gratidão!

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

O que é o 'ikigai', o segredo japonês para um vida longa, feliz e saudável


Assisti a uma entrevista de Betth Ripolli com a empresária Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hoteis, e achei o assunto muito interessante: IKIGAI. Já ouviu falar sobre ele? Segundo Chieko, na cultura japonesa, é uma coisa supernormal, é a razão de ser, de estar, de fazer. "É ter vontade de fazer as coisas como se se fosse mais que um propósito, é a sua razão de viver", disse.  

Para apresentar o IKIGAI a vocês, selecionei um trecho da reportagem da BBC, com o título "O que é o 'ikigai', o segredo japonês para um vida longa, feliz e saudável". Confira:

Você sabe por que se levanta pela manhã? Se consegue responder a isso, então, você já encontrou seu ikigai, um conceito japonês antigo que pode ser a chave para uma vida longa, feliz e saudável.

Não existe uma tradução direta para o termo. O mais próximo que se pode chegar é a descrição feita por Ken Mogi, autor do livro Ikigai: Os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz (Astral Cultural, 2018).

"Ikigai é a sua razão de viver", diz o neurocientista japonês. "É o motivo que faz você acordar todos os dias."

O conceito vem de Okinawa, um grupo de ilhas ao sul do Japão com uma população de moradores centenários bem acima da expectativa de vida média, mesmo para os padrões japoneses.

Muitos acreditam que o ikigai é o segredo de sua longevidade. O termo é bem conhecido em todo o país, como explica Mogi, e a ideia representada por ele está se espalhando para outras partes do mundo.

Segundo o autor, é "muito importante identificar as coisas que você gosta de fazer e que te dão prazer, porque elas dão propósito à vida e levam a uma existência longa e feliz".

"E não se trata apenas de viver por um longo tempo, mas de aproveitar a vida e saber o que você quer fazer com ela", afirma.

O ikigai também é algo muitas vezes relacionado à vitalidade.

"É a felicidade que vem de sempre ter algo para fazer, de estar ocupado", diz Francesc Miralles, que, junto com Héctor García, escreveu Ikigai: Os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz (Intrínseca, 2016).

A ideia por trás disso é que, "se você encontra algo que dê sentido à sua vida, isso o faz seguir em frente e o mantém motivado", diz Miralles.
Como achar seu 'ikigai'?

Não é difícil, segundo Mogi. Você pode começar por algo simples como beber uma xícara de café pela manhã.

"Em geral, somos tão obcecados com o sucesso e grandes metas que a vida acaba se tornando intimidadora. O legal do ikigai é que você pode partir de coisas pequenas até chegar aos grandes objetivos de vida."

Ser fácil de começar é um dos fatores que levam cada vez mais pessoas de fora do Japão a se interessarem pelo conceito, e alguns livros já foram publicados sobre o assunto.

"Qualquer um pode partir do que está ao seu alcance e começar a sentir-se bem e a experimentar os benefícios que isso traz antes de, gradualmente, evoluir para objetivos maiores."

Mas todo esse bem-estar em potencial depende de um pequeno detalhe: encontrar um ikigai.
E se você não sabe o que mexe com você?

"Você precisa observar a si mesmo", recomenda Mogi.

"Parta do zero, olhe-se no espelho: que tipo de pessoa é você? Pense no passado e no que te dá prazer. Isso te dará uma pista. Como neurocientista, eu acredito que as coisas que nos dão prazer são reflexos do tipo de pessoas que nós somos."

Mas ampliar seu horizonte para objetivos maiores pode ser mais complexo. "Se você não sabe o que quer da vida, comece fazendo uma lista do que você não quer, quais situações te deixam desconfortável ou infeliz, quais atividades prefere evitar", aconselha Miralles.

"Você pode descobrir que há várias coisas que te deixam feliz: aprender coisas novas, cuidar do jardim, ajudar outras pessoas, resolver problemas, fazer música... ou vender coisas, falar em público."

Miralles admite que encontrar um ikigai não é sempre um processo simples. "Há pessoas que sabem o que querem ser desde a infância, mas a maioria de nós não sabia o que queria."

E há o peso do cotidiano: "Vamos à escola, buscamos emprego, lidamos com obrigações e pagamos contas... e, com isso, podemos nos distanciar de nossos impulsos naturais".

Para ajudar a encontrar sua paixão, o escritor sugere seguir o conselho do cientista da computação e palestrante motivacional Randy Pausch (1960-2008): "Resgate seus sonhos de infância. Quais eram? Desenhar por horas? Dançar? Correr? Pense em quando era pequeno e no que te deixava feliz e você não faz mais".

"A beleza do ikigai é que é algo muito pessoal", diz Mogi. "Não é algo dado a você, de forma passiva. Você precisa explorar sua mente e cultivar seu ikigai."

Isso torna-se muito importante em sociedades como a japonesa, que podem ser vistas como bastante homogêneas, afirma Mogi, "porque cada pessoa tem seu ikigai, e isso vira uma forma de celebrar as diferenças individuais".


Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Como o livro CHAMA ACESA foi construído: uma parceria e dois sonhos


Escrever um livro sempre foi um sonho para mim. E a realização de um sonho acontece no momento certo, quando aquele sonho está forte o suficiente para nascer. 

Um sonho é como uma semente plantada em nosso coração, que vai sendo cuidada e, quando ganha força, rompe a barreira para desabrochar. No entanto, deixa as raízes dentro para garantir a sustentação e para mostrar a importância do processo. 

Posso comparar também um sonho com um passarinho, pois adoro pássaros. Precisa ficar na incubadora, que é o ovo, para se formar, fortalecer e nascer. Nascer para aprender a viver, a cantar, a voar e, por fim, alçar voos mais altos com liberdade e força. 

Eu acredito que esse processo da semente plantada até o desabrochar, do passarinho no ovo incubado até nascer, pode muito bem representar o processo de criação e construção do livro Chama Acesa, que é a minha biografia. 


Entre mim e a Patricia aconteceu uma parceria eficaz, firme e amorosa de duas pessoas com perfis bem diferentes, mas complementares para equilibrar a construção do processo. Uma emocional demais e a outra mais lógica e racional. Uma é mais reservada e a outra extremamente falante e interativa. Uma muito “terra”, a outra muito “água”. 

No entanto, apesar das diferenças, temos em comum uma forte sensibilidade que nos conectou para a criação do livro da forma mais verdadeira possível. O elo que surgiu nessa jornada foi se fortalecendo e resultou em laços de afeto e respeito sólidos. 

Não tem como escrever um livro da vida de uma pessoa sem se colocar no lugar dela, de corpo e alma. As lembranças dos acontecimentos foram guiadas pelas perguntas que a Patricia elaborava e me enviava por e-mail. 

E ela me dizia: "Não se preocupe em ordenar. Lembrou, escreve de forma espontânea". Perguntas essas que buscavam acontecimentos de minha vida no tempo e no espaço, entremeados com diversas emoções, de dores fortes a alegrias intensas. E esse trabalho durou meses. Eu gostava muito de escrever à noite e me perdia no tempo, pois o fluxo vinha com muita naturalidade. Tudo estava pronto para nascer. 

E assim foi... Em alguns dias, ligava para minha irmã pedindo a versão dela sobre algum fato para olhar de outro ângulo o que havia acontecido. Em outros dias, as lembranças me faziam rir ou chorar muito. Algumas eram mais difíceis de lidar e tinha momentos que queria “fugir” delas perguntando para a Patricia: "você já não fez essa pergunta?". E ela respondia: "não tem pergunta repetida". Então, eu concluía que tinha que encarar e buscar as respostas dentro de mim. 

E assim o processo foi se desenvolvendo de dentro pra fora. No início, ela me mandava o que havia escrito de forma mais ordenada para eu revisar, mas, quando eu lia, sempre queria mudar (estilo habilidoso muito forte) e ela percebeu que, dessa maneira, o livro nunca iria terminar. 

De forma segura e firme, optou por não me mandar de volta cada bloco de perguntas respondidas para revisão e prosseguimos o trabalho. Na finalização, reli e revisei tudo. Lembrei de mais alguns detalhes para completar e percebi que algumas partes poderiam ser enxugadas. E o livro foi concluído. 

Hoje, com o Chama Acesa em mãos, sinto que chegou o momento em que eu me sinto apta para fazer um agradecimento especial e justo à Patricia Zwipp, uma jornalista criteriosa, exigente, que ama ler e escrever e que tinha um sonho: escrever um livro. E por que eu me sinto assim? 

- Porque partiu dela começar o livro com o primeiro capítulo dedicado à minha mãe, que foi uma pessoa fundamental em minha vida. 

- Foi ela que me ajudou a materializar o blog e as redes sociais do Projeto Chama Acesa, sintetizando textos e escolhendo imagens, com grande habilidade, desde 2013. 

- Foi a Patricia que teve a perspicácia de transformar o período em que fiquei doente no fio condutor da história, o que acabou originando o nome do livro. 

- Foi ela que teve o insight de dividir o livro nas estações do ano, que escreveu a mensagem de cada estação e me ajudou a escolher as fotos. 

- E por último, conquistou a maestria ao tecer como uma obra de arte todos os acontecimentos de minha vida de forma não-linear, ou seja, não escreveu cada etapa separadamente como nos livros biográficos, por ordem cronológica. Optou por utilizar o tempo "Kairós", ou seja, o tempo em que as coisas acontecem por dentro, de forma totalmente interligada. 

É preciso muita conexão e sensibilidade para conseguir fazer isso e, quando vi o resultado, ou seja, o livro pronto, eu chorei. E ela também. Assim, foram dois sonhos que a VIDA magistralmente uniu para nascerem juntos.

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Lançamento da minha biografia


Ontem (2 de setembro) foi um dia muito especial para mim! Lancei a minha biografia no International Happiness Forum, onde também participei de um painel de medicina integrativa e dei o workshop "Alfabetização Emocional - O que as emoções falam de mim".

O livro Chama Acesa conta como a luta contra o câncer e o amor pela minha profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento. Agradeço a todos que compartilharam este momento de emoção comigo. Em breve, informo as datas das próximas sessões de autógrafos. 

Na foto, as Patricias que tanto colaboraram para o blog e o livro Chama Acesa: Patricia Zwipp, Patricia Gebrim e Dra. Patricia Valentini Melo

Sobre mim - Jamile Coelho
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sábado, 4 de agosto de 2018

Como “nasceu” a capa do livro Chama Acesa


É com muita alegria que conto a vocês que a minha história de vida virou livro! A biografia é a concretização do Projeto Chama Acesa, que nasceu com este blog, em 2013. Em uma viagem de dentro para fora, revelo como a luta contra o câncer e o amor pela profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento. Foi escrito pela jornalista Patricia Zwipp a partir do meu relato.

O lançamento ocorrerá no V International Happiness Forum, dia 2 de setembro, em São Paulo. A sessão de autógrafos será realizada a partir das 12h30. No mesmo dia, participarei de um painel de medicina integrativa e darei o workshop "Alfabetização Emocional - O que as emoções falam de mim". Os interessados podem adquirir o ingresso pelo seguinte link:https://goo.gl/YBE1ob

Acho muito importante compartilhar com vocês como tudo foi acontecendo de forma não-intencional e, portanto, muito intuitiva. Hoje, o assunto é a capa do livro.

Eu estava em Portugal porque fui participar de outra edição do IV International Happiness Forum, criado por Eduarda Oliveira, na cidade do Porto. Acabando o fórum, fui com a Eduarda para Coimbra e combinamos de passear no dia seguinte, na Mata do Bussaco, pois ela sabe que amo natureza. 

De manhã, ela me ligou falando que ia conosco mais uma amiga, a fotógrafa Sandra Fonseca. Eu me lembrei dela porque, quando fui no II International Happiness Forum, ela tirou uma foto na minha palestra que mostrou a minha alma. 

Fomos juntas e a Sandra com sua máquina fotográfica em punho. Mas nada havia sido combinado. Passeamos em lugares com uma natureza tão diversificada e encantadora que eu me sentia privilegiada de estar naquele lugar com uma paz e gratidão imensas. 

Em um determinado momento, surgiu a conversa sobre o meu livro e me lembrei que a Patricia Zwipp e a Patricia Gebrim, coincidentemente, haviam me sugerido uma foto andando na natureza que eu tanto amava. E aí aconteceu que a Sandra começou a tirar fotos minhas andando por caminhos entre a natureza, muito especiais. 

De todas as fotos, a escolhida foi esta da capa que mostra o Portal de Coimbra, quem tem uma vista maravilhosa. Desta forma, mais uma etapa da concretização deste sonho se materializava. A capa do livro “nascia” sem planejamento, de forma gratificante e totalmente intuitiva. 

Minha gratidão a Sandra Fonseca, fotógrafa da cidade de Coimbra, em Portugal. Ela tem o dom de descobrir a “alma” que existe dentro de cada pessoa ou situação, transformando-a em uma obra de arte. Contribuiu de forma original e generosa para a construção de uma capa repleta de significado.

Sobre mim - Jamile Coelho
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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Mulheres na jornada da vida


Desde a adolescência, sou apaixonada por escrever o que me vem ao coração. Sempre acessei facilmente o que sinto e esse é o primeiro passo para começar a escrever. Assim foi com o meu diário, que me acompanhou toda a juventude, e também acontece com as sínteses e reflexões pessoais que sempre fiz dos livros que leio e me apaixono. Quando um novo livro chega à minha vida e nele encontro um pouco de mim, acaba me levando a uma viagem interna, em que me descubro um pouco mais, e escrever surge como uma força impulsora. 

Foi assim com o livro "Anticâncer", do neuropsiquiatra David Servan-Schreiber, que serviu de base para a criação do blog Chama Acesa; com o livro “De Dentro Pra Fora” de Juliane Pfeiffer; e com o livro "Propósito", do Prem Baba, que me ajudou a contextualizar o trajeto de autoconhecimento na vida. Agora, a situação se repete com o livro "Mulheres na Jornada do Herói", de Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro.

As autoras contaram histórias de vida de mulheres diversas com depoimentos translúcidos, que vinham do fundo da alma, falando de suas dores, suas lutas e seus ganhos. Isso mexeu profundamente comigo. Fui me identificando com aquela jornada comum, com uma mandala como mapa. Esse caminhar em círculo começa com a RUPTURA de algo que não se sustenta mais em nossa vida, continua com a INICIAÇÃO de uma nova etapa com todos os desafios que ela traz e chega ao RETORNO, no caminho de volta à vida cotidiana, mas de outra forma, porque você já não é a mesma. 

Essa jornada circular me fez acessar a lembrança de quando voltei a Findhorn, primeira ecovila sustentável do mundo, na Escócia. Cheguei ao mesmo lugar, refiz o programa da semana de experiência, mas foi algo totalmente novo, pois ”por dentro” eu não era a mesma de dois anos antes. 

A volta a um lugar ou um reencontro nunca é o mesmo, pois houve um acréscimo de experiências em nossa bagagem de vida e as emoções vividas ficam impregnadas dentro da gente. Assim é o caminhar pela jornada da vida que pulsa e se transforma. Comparar essa jornada a uma mandala é uma representação repleta de significado. 

Como a pedra que jogada no lago desenha círculos que se expandem até desaparecerem, o movimento da energia feminina flui de forma amorosa e acolhedora. O círculo lembra a forma de um abraço. Um abraço que abre e fecha. Abre para receber e fecha para acolher. Só que não prende. Se prender, vira apego, que se transforma em prisão. O amor não aprisiona. O amor agrega. 

Nesse abrir e fechar de abraços, o Universo nos proporciona encontros com a gente mesmo e com o outro, em momentos e em lugares diferentes. E nunca mais seremos os mesmos. A jornada da vida continua a fluir em círculos como uma mandala.

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Fique no seu eixo. Escolha a paz!


Se existe algo que pode nos ajudar a viver melhor é aprendermos a não absorver o que não nos pertence.
Cada um de nós estâ aqui lidando com seus próprios desafios e, acreditem, isso já é o bastante.
Anote em letras douradas: "
O que é do outro não nos pertence." 
O medo do outro, a raiva do outro, a insegurança do outro... 
São DO OUTRO, entendem?
Se nos mantivermos no nosso próprio eixo, talvez até possamos ajudar, "desde que dentro de nossos limites e sem nos fazer mal."
Mas quando nos misturamos, entramos no modo reação, nos perdemos de nós mesmos, e lá se vai nossa alegria, nossa força, nossa paz, escorrendo pelas palmas de nossas mãos.
Assim... aceite e permita que o outro seja quem é. 
Essa é a única maneira de você aceitar e permitir o mesmo a si mesmo.
Não importa o que o outro esteja manifestando, permaneça calmamente no seu centro, no seu eixo, na sua paz.
Isso é o que chamamos de PODER.

Texto da psicóloga Patricia Gebrim

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Remédio para a alma: espiritualidade é disciplina na faculdade de Medicina da UFF


A medicina integrativa busca uma forma humanizada, centrada no ser humano integral (corpo, mente, coração e espírito), com foco na origem do problema, resgatando as medicinas tradicionais, como a chinesa e a ayurvedica, e todas as abordagens terapêuticas (baseadas em evidências científicas) apropriadas para alcançar saúde e cura. Chegou à minha vida de forma mais consistente por causa da Dra. Patricia Valentini de Melo, minha mastologista e amiga, que participou de cursos e congressos defendendo o tema.

Hoje, compartilho com vocês a reportagem "Remédio para a alma: espiritualidade é disciplina na faculdade de Medicina da UFF", do jornal O Globo, em que universidades, psiquiatras e especialistas analisam a influência de sentimentos nas manifestações de doenças e apontam o perdão como meio de cura. Confira: 

O ditado “Errar é humano, e perdoar é divino” sempre transitou pela religiosidade. Perdão e consciência vêm ganhando, entretanto, espaço nos meios acadêmico e científico, que analisam os benefícios à saúde alcançados por quem cultiva bons sentimentos e deixa para trás rancor, mágoa e raiva. Uma prova dessa mudança é a disciplina optativa Medicina e Espiritualidade, que caminha para o quarto semestre na faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense.

Os mestres da cadeira trabalham com a ideia de medicina integrativa seguindo conceitos da Carta de Ottawa, que conclamou, em 1986, organizações sociais e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a esforços para um novo padrão de saúde pública. O documento defende que saúde não é apenas a ausência de doença, mas uma condição decorrente do bem-estar físico, psicológico, familiar, social e espiritual, como explica o coordenador da disciplina, José Genilson Ribeiro.

— Na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 80% das faculdades já têm essa cadeira no currículo. No Brasil, ainda estamos devagar — diz Ribeiro, urologista e professor da UFF responsável pela implementação da disciplina em 2017. — Em aula, trabalhamos os sentimentos. Acreditamos que a doença começa na alma, se instala no corpo físico, e que é preciso tratar o paciente de maneira integral. Não basta tratar o efeito da doença, mas os aspectos totais. Muitas pessoas têm mágoas e não conseguem perdoar. Isso as deixa presas em suas dores, o que dificulta a melhora física.

Lecionada por um grupo de profissionais atuantes nas áreas de psicologia, medicina e arteterapia, a disciplina Medicina e Espiritualidade vai além das salas de aulas. No Núcleo de Estudos em Saúde, Medicina e Espiritualidade (Nesme) da UFF, pacientes são atendidos gratuitamente por professores e estudantes.

Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), alunos criaram a Liga Acadêmica de Medicina e Espiritualidade (Liame), em 2014, para dar espaço a pesquisas e debates sobre o tema. Abrangendo a necessidade de “cuidar de quem cuida”, um grupo de apoio aos estudantes da Liame recebe alunos de Medicina para que eles também expressem suas emoções e tenham melhores condições de lidar com elas.

— Criamos a Liame com base no aumento do interesse acadêmico-científico pelo tema de saúde e espiritualidade. Em 1998, foi proposta pela OMS a inclusão da dimensão espiritual do ser à sua definição de saúde, convidando-nos a repensar o paradigma científico frente ao diálogo com o sentido espiritual da vida — contextualiza Carlos Roberto Figueiredo, estudante da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj e fundador da Liame.

Perdoar faz bem à saúde

Para a psiquiatra Carmita Abdo, diretora da Associação Médica Brasileira (AMB) e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), uma comprovação do que é defendido pela disciplina de Medicina e Espiritualidade e pela Liame está nos efeitos, negativos ou positivos, das substâncias produzidas pelo corpo humano após a experiência de sensações boas ou ruins.

— As emoções levam a modificações de substâncias no organismo. Quando liberamos ocitocina e endorfina, elas nos levam à melhora na imunidade e a sensações de bem-estar. O contrário ocorre com sensações negativas, que liberam substâncias que baixam a imunidade. Com o perdão não é diferente. Quando perdoamos alguém temos a sensação de alívio, de gratificação, o que é revertido em ocitocina — explica.

O conscienciólogo — profissional que estuda a consciência humana — Mário Oliveira é membro da Associação Internacional de Parapsiquismo Interassistencial (Assip), com sede em Foz do Iguaçu, que tem em uma de suas frentes a compreensão da importância do perdão para o processo de cura das doenças.

— Mantemos um curso para conscientizar sobre a importância de perdoar. Acreditamos que a falta de perdão tem criado problemas de saúde, seja câncer, depressão, alergias ou dores, todos associados às mágoas guardadas. Com o tempo, esses sentimentos tendem a se manifestar de alguma forma, de maneira comportamental ou física. É difícil fazer essa ponte, e por isso criamos um seminário dedicado à prática do perdão. Com exercícios e palestras, os participantes são estimulados a perdoar — explica Oliveira, que tratá o seminário ao Rio, no Flamengo, nos dias 4 e 5 de agosto.

Em Niterói o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), em Icaraí, realizará um curso com a temática do perdão no dia 19 de agosto. Alessandra Nascimento, coordenadora do IIPC no Estado do Rio, acrescenta:

— Estudamos a ciência que tem como base a relação da consciência com o corpo físico e suas energias, e acreditamos que a energia tem interação muito grande na saúde. Seu desequilíbrio pode causar doenças. Quem tem dificuldade de perdoar tem muito apego, o que atrai energias de baixo padrão, podendo adoecer o corpo.

Sobre mim - Jamile Coelho

Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Liberte o passado... Hoje, tudo pode ser diferente!


"Liberte o passado... Hoje, tudo pode ser diferente". Já parou para refletir sobre isso? Compartilho o texto da psicóloga Patricia Gebrim sobre o assunto. 

Tudo passa nesta vida.
Essa afirmação é tão poderosa que compreendê-la pode dotar de asas nossa vida.
Tudo passa, assim tente não se agarrar a nada.
Se algo bom se for da sua vida, algo ainda melhor pode chegar, essa é a ideia!
Flua, de bom grado, sem resistência, confiante de que tudo sempre tem o propósito de nos tornar mais evoluídos, mais perto da luz que somos.
Da mesma forma, nenhum problema é indissolúvel ou durará para sempre.
Respire essa afirmação. 
Sinta como é libertadora!
O que nos mantém atrelados às dificuldades da vida é o apego ao passado, ao que já foi, à história que conhecemos.
Ouça...
Não importa se algo já tiver acontecido "mil vezes" na sua vida.
Se tiver acontecido "um milhão de vezes"...
Hoje tudo pode ser diferente.
Percebe a força disso?
Mas para isso você precisa liberar o que já foi.
Deixar que se dissolva.
Respirar o novo.
Abrir-se para a beleza deste momento.
Tudo passa.
Você merece a paz.
Você merece a prosperidade.
Você merece o amor.
Você é luz.

Sobre mim - Jamile Coelho

Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Minha história de amor e fé com Nossa Senhora



Neste mês, fui mais uma vez a Portugal com a motivação de acompanhar a construção do International Happiness Forum, da Eduarda Oliveira, e contribuir com o que eu acredito e me propus a difundir: a importância da educação emocional, da infância à maturidade.

Nesta viagem, tive a oportunidade de conhecera a cidade de Fátima e lá aconteceu algo muito forte. Assim que cheguei, fui visitar o local onde Nossa Senhora de Fátima apareceu para as crianças peregrinas e fui tocada por uma profunda emoção, que há muito tempo não emergia com tanta força do mais profundo do meu ser.

Ao caminhar por aquele lugar de paz e espiritualidade, veio à tona minha história de amor e fé com Nossa Senhora. Foi como se uma retrospectiva da minha vida acontecesse dentro de mim.  

Lembrei-me da infância e da adolescência, quando rezava todos os dias e conversava com Nossa Senhora, na capela do Colégio Nossa Senhora de Lourdes. O hábito se repetiu dos meus 11 anos de idade até o término da faculdade, pois estudei todo esse tempo no mesmo local.

Sempre amei escrever e tive um diário que me acompanhou grande parte da vida. Nesse período, enquanto eu escrevia, estava conversando com minha mãezinha do céu. Tudo que me acontecia, principalmente o que eu sentia, era com Ela que compartilhava. Escrevia tanto que perdia a noção do tempo.

Em Fátima, comecei a refletir o quanto a figura do “sagrado feminino” havia sido muito forte em minha vida. Além da ligação afetiva intensa com minha mãe e de ter o nome da minha avó materna, a fé em Nossa Senhora me acompanha até hoje.


Naquele momento mágico, rezei e chorei muito ao recordar toda essa parte da minha vida, com os mínimos detalhes. Senti uma profunda gratidão por viver, por ter meus filhos, por amar minha profissão. Pensei em cada pessoa da família e nos amigos próximos. Senti que caía sobre mim uma chuva de bênçãos.

A minha vontade era de ficar ali e perder a noção do tempo, só para meditar e usufruir da paz e da pura gratidão que inundava meu coração e a minha alma. Aquele silêncio era tudo de que eu precisava naquele momento.

A CHAMA ACESA da VIDA brotou de dentro de mim com tanta força, verdade e transparência, que nada me faltava. TUDO estava completo e era perfeito. A minha vida poderia terminar ali, naquela hora, e estava tudo certo. Acredito que experimentei um sentimento de plenitude e de entrega como nunca havia sentido antes. E pensei: “Que assim seja”.

Sobre mim - Jamile Coelho

Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Você acredita em destino?


Você acredita em destino? Nesta semana, compartilho um texto reflexivo sobre o assunto, escrito pela psicóloga Patricia Gebrim. Confira: 

"A pergunta foi... "Está tudo determinado em nossas vidas ou somos livres para escolher?"
Aqui vai o que penso. 

Um dia, quando você era estrelinha e decidiu vir experimentar este planetinha, você foi conversar com o "Senhor de todas as coisas", pois sabia que todos que iam àquele planeta chamado Terra costumavam sofrer de um estranho tipo de esquecimento... e depois de um tempo por lá, já não sabiam quem eram.
O "Senhor de todas as coisas", puro amor, disse então:
"Hummm... Vamos deixar umas pistas lá para você... acontecimentos que vão mexer com você... pessoas que vão surgir no seu caminho... para que você se lembre... o que acha?"
Foi como na estorinha de João e Maria... você deve conhecer aquela coisa de deixar no caminho os pedacinhos de pão, né?
Então gente... isso é o que chamamos de DESTINO.


Mas somos livres. 
A graça desta experiência aqui no planeta é que podemos escolher... 
Podemos usar o pãozinho para encontrar nosso caminho de volta para casa. 
Podemos simplesmente comer o pãozinho. 
Pudemos chutar ou fazer uma bolinha de pão para jogar na cabeça de alguém. 
Isso se chama LIVRE ARBÍTRIO.


Mas o senhor de todas as coisas é tão cheio de amor que criou ainda uma outra coisa. 
Não importa o que a gente escolha fazer, colocamos em andamento uma resposta... coisas que nos acontecem a partir da nossa escolha... nos ensinando sobre ela. 
Então se a gente joga bolinha de pão em alguém... um dia vai cair bolinha de pão na nossa cabeça. (Isso não é punição. O "Senhor de todas as coisas" não é do tipo que acha divertido dar castigos). 
É uma forma de ajudar a gente a aprender sobre como é receber bolinha de pão na cabeça. 
Só isso. 
Isso se chama LEI DE CAUSA E EFEITO.

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Missão do Projeto Chama Acesa: Autoconsciência e Cura


Como faço nos finais de semana, ouvi um satsang (palavra em sânscrito que significa “associação e encontro com a verdade”) do Prem Baba, um mestre espiritual brasileiro. O tema “O primeiro passo para a cura” me chamou atenção, uma vez que o Projeto Chama Acesa completou 5 anos em abril. 

Ao começar a ouvir, peguei lápis e papel e fui anotando a linha de raciocínio que ele usou para conduzir a explicação. É a segunda vez que isto acontece, ou seja, ao ler ou ouvir algo que o Prem Baba fala, me vem uma inspiração de como utilizar aquelas ideias, que tanto tocam fundo meu coração, e levá-las até as pessoas, como uma forma de reflexão. Acredito que minha missão como educadora, que sempre acreditou em educação para a vida e autoconhecimento, se manifesta e fala mais alto. 

A primeira vez que isso aconteceu foi quando li o livro “Propósito”, do Prem Baba, que me inspirou a construir um caminho para contextualizar uma palestra sobre autoconhecimento. Minha gratidão a esse líder espiritual que respeito, admiro e com quem muito aprendo. 

Essa situação me fez relembrar o nascimento do Projeto Chama Acesa, a partir do livro "Anticâncer: Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais", do Dr. David Servan-Schreiber, que apresentava o tripé: corpo, alimentação e estado de espírito para o entendimento da doença e da cura do câncer. 

É importante ressaltar que o que mais mexeu comigo na leitura desse livro foi o depoimento verdadeiro e transparente que o médico deu quando se sentiu no lugar de “paciente”, ao falar de todo o processo que vivenciou com o câncer; quando foi para o oriente buscar novos conhecimentos e métodos de cura com uma nova visão; quando admitiu que, ao ter o diagnóstico do câncer, o que mais precisava era ser olhado como ser humano, era o “olho no olho” e não o fato de estar diante do especialista renomado e conceituado que tratava a doença de forma objetiva. E a partir dessa experiência, viveu muitos anos difundindo com o livro e palestras tudo que descobriu, unindo conhecimentos da sabedoria oriental com a ocidental, cumprindo a sua missão de mudar o olhar para o câncer. 

Do nascimento do Projeto Chama Acesa até hoje, eu vivenciei muitas experiências, algumas dolorosas e outras gratificantes, e a mudança interna que sofri foi muito profunda e intensa. 

Por isso, a minha forma de olhar a doença e a cura passou por vários níveis: do físico para o mental, do mental para o emocional, até chegar ao espiritual. 

E hoje, ouvindo o Prem Baba, tive acesso a uma explicação lúcida e profunda que me fez enxergar o estágio atual do Projeto Chama Acesa e sua missão, de uma forma mais nítida: ajudar as pessoas no caminho de AUTOCONSCIÊNCIA e CURA

Vou resumir com minhas palavras o que ouvi no satsang, entremeando com minhas reflexões: 

A doença nada mais é do que a contradição entre uma parte de você que quer morrer e outra que quer viver. A doença surge como resultado dessa contradição ou conflito, que funciona como um cabo de força que puxa você, por dentro, para dois sentidos opostos e que você não consegue elaborar para resolver. E por que não consegue? Porque isto ainda está inconsciente. 

O apego a comportamentos destrutivos que estão acontecendo em sua vida funciona como amortecedor e impede que você entre em contato com a DOR que está causando a doença, que está localizada no seu Eu inferior ou na sua sombra. 

Aí surgem as perguntas: 

Por que você está querendo morrer? 

Por que você está desistindo da batalha? 

O que na sua vida não se encaixa com quem verdadeiramente é e que o faz escolher que quer ir embora? 

Essa fenda que se forma dentro de você na luta de forças em sentidos opostos é o que manifesta a doença. E a situação pede, com urgência, o início de um processo de autoconhecimento, de descoberta de si mesmo. 

E só por meio da conquista de uma vontade consciente que se encontra um caminho de cura, de “dentro para fora”. Se for algo superficial, de “fora para dentro”, esse comportamento apenas empurra a verdadeira causa da doença para o porão da alma, do inconsciente, e ali ela prolifera, embora na aparência surja como uma “falsa melhora”. 

A cura está no ganho de consciência e os elementos físicos que aparecem são apenas um impulso, funcionam como instrumentos que começam a abrir o caminho para a cura. 

Para mergulhar mais fundo na cura real, é preciso desenvolver a compaixão. Olhar a pessoa que está vivenciando a doença com compaixão desperta nela a sua LUZ, a sua vibração. Esse é o trabalho do curador: desenvolver a compaixão. 

É o despertar da compaixão consigo mesmo e com o outro que abre espaço para o milagre da cura acontecer. Quando esse espaço se abre, acontece uma manipulação dos cinco elementos dos quais somos constituídos (terra, fogo, água, ar e éter), que muda as coisas de lugar dentro de nós. O processo tem como resultado um olhar mais profundo para a realidade da vida e um novo olhar para a doença. 

Tomar consciência dos conflitos profundos, da raiz onde está a verdade ou a causa da doença, ajuda a entender que o conflito ou contradição começa na alma, vai para o mental, para o emocional, para o energético e, como ultimo estágio, chega ao corpo. Todos esses níveis ficam divididos na luta, apenas o espiritual não se divide. 

O local onde a doença se manifesta também traz mensagens especificas, pois o corpo fala. Cada parte está dizendo muito do seu mundo emocional e espiritual. Algumas doenças têm origem na tristeza, no medo, na raiva guardada, na amargura e tudo isso está dento de você. 

É preciso ter a coragem de perguntar: "Qual a natureza desta contradição ou conflito? Por que estou escolhendo estar doente neste momento?". 

E aí entra o dom divino do LIVRE ARBÍTRIO, que você precisa aprender a usar e não deixar que continue sendo conduzido por impulsos inconscientes. 

Quando ocorre um ganho de consciência, quando você entende o porquê se colocou naquele lugar, a doença torna-se um caminho de cura, como uma forma de conseguir chegar à origem do conflito. 

O curador pode ajudar a pessoa a tomar consciência dessa contradição e iniciar um processo de autoconhecimento, mas apenas ela escolhe o caminho a seguir. 

Não deve existir a tentativa de convencer ninguém, é preciso encontrar o fio condutor que auxilia na busca do caminho, que é individual e que depende do exercício do livre-arbítrio. 

A cura seria colocar as duas forças numa mesma direção, integrar luz e sombra. Esse é o primeiro passo no caminho da cura. 

Hoje, fica muito clara a redefinição da missão do PROJETO CHAMA ACESA: auxiliar as pessoas neste caminho de AUTOCONSCIÊNCIA E CURA

AUTOCONSCIÊNCIA é um caminho individual que cada um percorre ao enfrentar uma doença e decidir pelo caminho da cura. 

CURA é o milagre que acontece quando abrimos espaço para a compaixão se manifestar em nossa vida, quando temos a coragem de entrar em contato com tudo que nos afasta de nossa essência e exercer o livre arbítrio escolhendo manter a ACESA a CHAMA DA VIDA

Um sentimento de gratidão toma conta do meu coração ao determinar esta direção para o PROJETO CHAMA ACESA em 2018, após 5 anos de existência. 

Sobre mim - Jamile Coelho
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domingo, 29 de abril de 2018

Quando a vida sopra forte, o que você faz?


Quando a vida sopra forte, o que você faz? Já parou para pensar sobre isso? Confira as reflexões da psicóloga Patricia Gebrim:

"A vida neste planeta, por sua natureza, implica no enfrentamento de desafios.
Aquilo que desafia você, está lá para te ajudar a crescer.
Falar isso é fácil... mas nem sempre é fácil estar em meio às tormentas, com frio, sendo açoitado pelos ventos, sem ter onde se abrigar.
Nesses momentos, existe uma única proteção. 
A luz da nossa consciência.
Saber que tempestade alguma dura para sempre.
Sermos guiados pela nossa luz, por entre raios e trovões, na direção do espaço protegido que se esconde no fundo do nosso coração.
Aceitar a vida nos permite ser por ela guiados em segurança.
Quando nos revoltamos contra o inevitável, damos-lhe matéria. 
O tornamos mais e mais real, e nossa crença sela a permanência do que nos assusta.
Mas quando, mesmo molhados e gelados sob o temporal, nosso rosto se ameniza ao imaginar sobre nossa pele o beijo suave do Sol, algo nos ventos se enternece, algo nas nuvens se derrete e os elementos se reorganizam para que essa dourada luz possa nos abraçar.
Assim...
Não importa as tempestades que você esteja atravessando agora, saiba-as ilusões.
Por favor... lembre-se... tudo passa!
Mantenha seu pensamento no real, no belo, no harmonioso.
Isso é PODER.
Você não está aqui para ser vítima de tempestades.
Está aqui para testemunhar a beleza do arco-íris."

Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Conexão e Amor em ação




Compartilho com vocês minhas reflexões a partir das visitas a Findhorn, primeira ecovila sustentável do mundo, na Escócia. O tema é conexão comigo mesma, com o outro ser humano e com a natureza:

Conexão comigo mesma, com minha alma
"Deus está dentro de mim" 



Conexão comigo mesma – É a quietude interior que nos permite acessar a nossa alma, quem realmente somos, despidos de condicionamentos, cargos, títulos , ou seja, de tudo que é supérfluo, para ficarmos com o que é essencial e único.

“Todo o poder vem do interior” 




Conexão com o outro ser humano, sem julgamento
“Deus está dentro de cada ser humano” 



Conexão com o outro - Acontece a partir de nossa conexão interna. O próximo passo é se conectar com o outro, dar as mãos, passar energia e criar a verdadeira empatia, que é um espaço comum, amplo e profundo, leve e prazeroso. Imagina se vai sobrar espaço para julgamento e outras tolices? Nem pensar! 

“Amar é estar feliz com...”

Conexão com a natureza, aprendendo com ela o equilíbrio 
“Deus está presente na natureza” 




Natureza é uma manifestação de Deus para nos ensinar a observar que o ciclo de criação nunca termina, apenas se transforma e que diferentes seres colaboram para que o milagre aconteça. 

Conexão com a natureza – Começa com a quietude interior que já proporcionou uma conexão com a nossa alma e que depois se expande nesta energia infinita que a natureza nos transmite. Esta conexão nos prova que realmente não existem limites, está tudo integrado, é um campo de energia único e abundante entre solo, pedras, água, ar, plantas, animais e pessoas. E isso é mágico! 

“Não existem limites” 

Sobre mim - Jamile Coelho
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