segunda-feira, 29 de julho de 2013

Atividade Física X Câncer



O assunto desta semana é Corpo Anticâncer. Compartilho com vocês artigo da fisioterapeuta Kamila Favarão Adorni, que me atendeu vários meses após a mastectomia. Confiram: 

“Que atividade física faz bem a saúde todos nós sabemos, mas como fator de prevenção ao câncer... Nos últimos anos, foram publicados inúmeros artigos que demonstram uma redução no risco de desenvolver alguns tipos prevalentes de câncer em mulheres e homens ativos fisicamente. Mas o que é atividade física? Atividade física é qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso. 

E quais seriam estes mecanismos biológicos que poderiam explicar o efeito protetor do exercício na evolução de tumores malignos? Os mais aceitos consideram que o trabalho muscular reduz os níveis sanguíneos de insulina e de certos fatores de crescimento liberados pelo tecido adiposo, capazes de estimular a multiplicação das células malignas.

Há alguns estudos recém-publicados que reforçam a hipótese de que a atividade física aumenta as chances de cura de quem teve câncer. Neste primeiro, os autores selecionaram um grupo de 573 mulheres operadas de câncer de cólon. A intensidade dos exercícios praticados por elas foi avaliada por meio de questionários periódicos, que abrangeram o período iniciado seis meses antes da operação e encerrado quatro anos depois dela. Comparando aquelas que permaneceram ou se tornaram sedentárias depois da cirurgia com as que adotaram a prática de caminhadas de pelo menos uma hora na velocidade de cinco a seis quilômetros por hora, quatro a cinco vezes por semana – ou exercícios equivalentes -, as ativas reduziram pela metade suas chances de morrer de câncer.

Neste segundo, foram avaliados 832 portadores do mesmo tipo de câncer, participantes de um estudo comparativo entre dois esquemas de quimioterapia administrada depois da cirurgia. Os resultados foram semelhantes: andar pelo menos cinco a seis quilômetros em uma hora, quatro a cinco vezes por semana, reduziu a mortalidade por recidiva da doença entre 50% e 60%.

Outro estudo verificou que pacientes de câncer de mama, que realizavam uma dieta saudável (cinco porções de legumes e vegetais diários) associada a um exercício físico (caminhada) de 30 minutos, seis vezes na semana, poderiam aumentar sua sobrevida em até 10 anos.

Todos os estudos sugerem que a atividade física constante na vida da mulher está associada a uma redução do risco de desenvolver o câncer de mama. O melhor beneficio é encontrado em exercício aeróbico de três a cinco horas na semana. Além disso, a atividade física em qualquer idade promove a saúde em diversas varias formas, melhora da qualidade de vida, função física e aptidão física. 

Apesar dos inúmeros artigos científicos, ainda falta muito a ser pesquisado. Mas devemos continuar encorajando nossos pacientes a investir na pratica regular de atividade física, independente dos benefícios obtidos para o câncer, ela é imprescindível para a saúde em geral. 

E como começar? Primeiro, a atividade física deve ser orientada por um profissional da área de saúde. Converse com o seu médico ou fisioterapeuta e juntos elaborem um programa. E quando iniciar, comece devagar... Exatamente, comece com objetivos curtos, caminhando, depois intercalando caminhada com um trote até você se sentir em condições de correr. Procure atividades que lhe deem prazer, ao ar livre, com amigas, no parque, na esteira assistindo um show.. E nunca desista, você vai sentir muita preguiça no começo, mas mesmo assim, não desista de seus objetivos. Então, vamos começar!”

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cartilha do Instituto Arte de Viver Bem - Fatores de Risco Controláveis x Estilo de Vida


Na semana passada, falamos dos fatores de risco não-controláveis do câncer de mama, com base nos dados da cartilha do Instituto Arte de Viver Bem com o apoio da Editora Abril. Hoje, vamos continuar com os fatores controláveis:

Pratique atividade física – um leque de fatores de risco associados ao câncer de mama seriam espantados de uma vez só com a atividade física regular. Por quê? A ginástica boicota a instalação da obesidade, derruba o colesterol no organismo, ajuda a conter a produção excessiva do hormônio e induz a produção das endorfinas que agem no cérebro e promovem a sensação de bem estar e combatem o estresse.

Obesidade e colesterol representam as gorduras que é a matéria-prima para a fabricação do estrogênio, que está no topo da lista de suspeitos do câncer de mama, pois age nas células mamarias promovendo a sua multiplicação. E, quanto mais intenso for o estimulo, maior a possibilidade de uma proliferação celular desordenada, o que resultaria em um tumor. As endorfinas promovem um embate contra o estresse, impedindo que se fragilize o sistema imunológico, pois ele é o responsável para detectar células defeituosas e agir combatendo-as.

Portanto, pratique atividade física aeróbica moderada, com uma frequência de três a cinco vezes por semana. Exemplo: caminhar 30 minutos em uma marcha mais acelerada ou também nadar e correr.

Eu só comecei a atividade física regular após os 50 anos, quando tive câncer pela primeira vez. Hoje, 13 anos depois, faço regularmente Pilates, Ioga e caminhadas de três a quatro vezes por semana. No entanto, para chegar nesse patamar, precisei experimentar várias atividades e só consegui quando aliei a atividade física com o prazer. 

Controle bem seu peso - se a preocupação de quem quer se livrar da doença é manter os níveis de estrogênio em equilíbrio, impedir o ganho de peso é uma medida preventiva necessária. Um alerta para as mulheres que já entraram na menopausa: depois do 50 anos, o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. A gordura armazenada nas mamas é convertida em estrogênio e consequentemente, incita uma multiplicação acelerada.

Lembre-se: uma redução de apenas 5% do peso já cortaria pela metade os riscos de desenvolver alguns tipos de câncer de mama, conforme pesquisa realizada no Centro de prevenção Fred Hutchinson, nos Estados Unidos. 

Eu ganhei peso quando tomei o uso Tamoxifeno por cinco anos. Mas, foi só parar o remédio e fazer atividade física regular, que meu peso voltou ao normal. E hoje, com uma dieta de uma nutricionista funcional, meu índice de gordura corporal caiu e ganhei músculos, ou seja, estou mais saudável e feliz com meu corpo.

Alimente-se com saúde - um cardápio equilibrado e colorido por vegetais pode ser decisivo para manter o câncer distante. Uma dieta balanceada está relacionada com a saúde de uma forma geral. Os alimentos se dividem em três grandes grupos: construtores (proteínas), reguladores (vitaminas e sais minerais) e energéticos (carboidratos e gorduras). Em cada refeição, um item de cada grupo. Sirva-se de uma porção de verdes, amarelos e vermelhos e complete com tons mais claros (massas e arroz).

Não se esqueça: para blindar as mamas contra o câncer, os maiores aliados são as frutas, legumes e verduras. Esta tríade hospeda substâncias como carotenoides encontrados na cenoura, tomate, espinafre; além das acitogeninas, na graviola e na pinha, só para dar alguns exemplos. Essas substâncias participam da batalha contra os radicais livres que agridem o DNA das células programando uma multiplicação desordenada, que pode ser o estopim para um tumor. Embutidos e enlatados, frituras, carne vermelha grelhada, bebidas muito adocicadas devem entrar em sua dieta ocasionalmente.

Desde que iniciei há um ano uma dieta com uma nutricionista funcional, Dra. Luana Vasconcelos, minha alimentação ganhou em qualidade e os resultados, como bem-estar e disposição, fizeram muita diferença em minha vida. Perdi 2,5kg de gordura corporal e ganhei 1,5kg de músculos, pois aliei a alimentação à atividade física regular. Tirei glúten e lactose de forma radical por dois meses e depois tento equilibrar a dieta e fazer um acompanhamento. Isso ajudou a desintoxicar meu organismo, principalmente por causa da quimioterapia que fiz em 2001. 

Evite bebidas alcoólicas – um drinque antes ou depois do jantar, todo dia, não é um hábito inofensivo para suas glândulas. Sobram dados científicos que associam a ingestão frequente de álcool à maior incidência do tumor. Uma revisão de 113 estudos conduzidos pelas universidades de Milão, na Itália, e de Heidelberg, na Alemanha, sinaliza que não é prudente subestimar o perigo do álcool. Uma única dose por dia foi associada a um aumento de 4% na probabilidade de um câncer de mama ser deflagrado. Nas mulheres que triplicaram a dose de bebida alcoólica, o risco saltou para quase 50%.

Os níveis de álcool elevariam as taxas de estrogênio e ainda torna os receptores dessa substancia mais sensíveis à multiplicação celular, criando um descompasso para patrocinar um tumor. Eleger três dias na semana, restringindo o consumo para uma única dose (uma taça de vinho ou uma lata de cerveja) para aquelas que não abrem mão de um drinque é a sugestão. No entanto, de nada adiante economizar na quantidade durante a semana, se abusar dos goles nos finais de semana.

Diga não ao cigarro – entre tantos malefícios, há a suspeita de que a dependência do tabaco também dê um empurrão no aparecimento de tumores mamários. Ninguém contesta que o tabagismo está associado a inúmeros tipos de câncer, especialmente o de pulmão. Em Harward, nos EUA, depois de analisar mais de 110 mil mulheres, os pesquisadores verificaram uma associação entre o tumor e o hábito de fumar, especialmente em quem aderiu ao cigarro antes de ter o primeiro filho.

A bebida consumida socialmente se tornou um hábito na vida da maioria das pessoas. O cigarro, embora hoje já existam restrições como não fumar em lugares fechados e as pessoas estejam mais conscientes, na nova geração, as mulheres fumam mais do que os homens. Qualquer prazer pode se tornar um vício em um curto espaço de tempo, pois a pessoa canaliza sua ansiedade, tensão e estresse para um canal que, momentaneamente, vai aliviar. Só que como tudo que estimula e leva a picos de prazer, depois cai com a mesma velocidade e a sensação do corpo é de necessidade. Assim, o vício se instala para formar o ciclo: prazer x necessidade.

Eu nunca fui adepta à bebida alcoólica e ao fumo, mas sei que por trás do vício, sempre tem um estado emocional em desequilíbrio. Acho, portanto, que a bebida e o cigarro funcionam como um “gatilho” para extravasar o estresse. Qualquer vicio é um dos sintomas que nos mostram que o nosso “estado de espírito” está em desequilíbrio e, consequentemente, em curto ou médio prazo, terá reflexos em nosso corpo. 

Conclusões importantes

Todos esses fatores de risco controláveis estão associados e reforçam a crença de que o CÂNCER está muito associado ao ESTILO DE VIDA. Essa é a proposta que o Projeto Chama Acesa está difundindo quando falamos sobre temas que envolvem Alimentação Anticâncer, Corpo Anticâncer e Estado de Espírito Anticâncer para as pessoas com base em estudos e depoimentos que enriquecem e nos levam a uma reflexão.

Cada dia fico mais convicta de que câncer tem muito a ver com estilo de vida e sou totalmente adepta à Medicina Integrativa, pois são vários profissionais atuando para ajudar a pessoa que passou ou está passando pelo câncer a se equilibrar por dentro e por fora.

O Projeto Chama Acesa agradece à jornalista Valéria Baraccat Gyy, do Instituto Arte de Viver Bem, pela contribuição com um material tão rico e que precisa ser divulgado para cumprir a missão que temos em comum: usar a nossa experiência com o câncer para ajudar outras pessoas.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cartilha do Instituto Arte de Viver Bem



A revista Claudia deste mês trouxe um encarte sobre o câncer de mama, bastante esclarecedor, reforçando que a prevenção está em nossas mãos e em nosso estilo de vida.

Valéria Baraccat Gyy teve câncer de mama duas vezes e depois de buscar conhecimento até mesmo fora do país transformou a sua luta em uma missão para ajudar outras pessoas criando o Instituto Arte de Viver Bem. Com o apoio da Editora Abril, elaborou o encarte que li. Compartilho com vocês detalhes do material e da minha história. 

Eu me identifiquei com a Valéria Baraccat Gyy porque tive câncer de mama como ela e depois porque criei o Blog do Projeto Chama Acesa com a mesma intenção que a dela: ajudar outras pessoas. Ao ler o encarte, percebi que a linha era a mesma do meu blog, ou seja, mostrar a importância do estilo de vida na prevenção e no tratamento do câncer de mama ou qualquer outro tipo de câncer.


A importância dos exames preventivos

Com os exames em dia, o câncer raramente passa despercebido e o médico consegue detectá-lo em uma fase incipiente, quando a esperança de vencê-lo ultrapassa os 90%. Esse é um argumento suficiente para levar o check-up a sério. A mamografia, a ultrassonografia ou a ressonância magnética são exames que se complementam e que são utilizados conforme a necessidade.

Sempre fiz os meus exames preventivos regularmente e foi dessa forma que descobri o primeiro câncer de mama. Como eu tinha a mama densa,a mamografia sempre era complementada pela ultrassonografia, que identificava o nódulo. Nos exames de controle, que ainda faço até hoje, a ressonância magnética também se faz presente.


Fatores de risco não-controláveis

Idade, menstruação precoce, menopausa tardia, antecedente familiar, reposição hormonal. Esses fatores fogem do seu controle e merecem vigilância constante. Confira detalhes:

Idade – mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas de câncer de mama.

Menstruação precoce ou menopausa tardia – o hormônio feminino estrogênio está no topo da lista dos suspeitos, pois ele age nas células mamarias, promovendo sua multiplicação. Quanto mais intenso for o estimulo, maior a probabilidade de proliferação da célula desordenada, o que resultaria em um tumor. 

Antecedente familiar – se tem parentes de primeiro grau- mãe, irmã ou filha- diagnosticada com a doença antes do 50 anos, vale reforçar a cautela, pois em cerca de 20% dos casos, os tumores estão ligados a questões hereditárias. 

Reposição hormonal – por aumentar os níveis de estrogênio, o tratamento pode favorecer o desenvolvimento do câncer. Só recorra à reposição com indicação de seu médico, que fará o acompanhamento. 

De todos esses fatores de risco citados, o único que me enquadro é idade, pois tive o primeiro câncer de mama com 50 anos, o segundo com 51 anos e o terceiro com 60 anos. Não tive antecedente familiar, nem menstruação precoce, pois menstruei com 14 anos, e não havia entrado na menopausa, o que aconteceu logo após o primeiro câncer, pelos remédios que tomei, que baixam a atividade hormonal. 

Na próxima semana, continuaremos a conversar sobre os fatores de risco controláveis que estão ligados a hábitos saudáveis de vida.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Resultados dos meus exames de controle x Estilo de Vida Anticâncer



Nesta semana, estive em minha mastologista, Dra. Patrícia Melo. Ela analisou os resultados de meus exames de controle (faço a cada seis meses) e, depois de um ano de trabalho integrado com a nutricionista, Dra. Luana Vasconcelos, pudemos juntas concluir os benefícios que essa integração de trabalho trouxe à minha saúde. De forma prática:

- A gordura (esteatose hepática ) que eu tinha no fígado sumiu;
- Uma glândula inflamada que eu tinha há uns 20 anos na vulva e que parecia uma bolinha também sumiu;
- Meu nível de açúcar no sangue, que estava em um limite perigoso para se tornar um diabetes, abaixou.
- Minha testosterona, que dá força muscular, está muito bem;
- E outros tantos itens que não preciso citar um a um, como insulina, Vitamina D e ossos, estão bem melhores;

Essa visão de medicina integrativa me entusiasma, pois, se comparar com minha área de atuação, a educacional, sempre acreditei na interdisciplinaridade, ou seja, em aprender algo olhando de vários ângulos, sem perder de vista o contexto e a pessoa humana. 

Minha mastologista, Dra Patricia Melo, participou em julho de um congresso e de um fórum de saúde da mama na Bahia, que apresentava as novas diretrizes da mastologia. Essas novas diretrizes enfatizam a necessidade da integração de diferentes profissionais da área da saúde (fisioterapeutas, nutricionistas, mastologista, psicólogos,oncologistas, entre outros) para quebrar barreiras e tratar o câncer de mama de uma forma mais abrangente.   

Hoje, essa tendência de caminharmos cada vez mais para uma medicina integrativa, vem de encontro a uma visão holística do ser humano que se propaga em todos os campos de atuação e que segue a proposta do Projeto Chama Acesa, que relaciona a prevenção e o tratamento do câncer com o ESTILO DE VIDA.

No meu tratamento durante e pós-cirurgia, a psicologia sempre esteve presente, pois sem a ajuda terapêutica eu não teria vencido meus medos e libertado meu estado de espírito da sensação de impotência que tomou conta da minha mente e do meu coração durante um grande período de minha vida.

A nutrição funcional muito ajudou e ainda me auxilia na desintoxicação do meu organismo após a quimioterapia. No último período de tratamento, perdi 2,5 kg de gordura corporal e ganhei 1,5 kg de músculo e mudei minha alimentação, primeiro de forma radical, depois tentando equilibrar.

O Pilates e a Ioga, duas atividades físicas que pratico regularmente com prazer e disciplina, também muito contribuem para o bem-estar de meu corpo e para minha qualidade de vida.

A criação do PROJETO CHAMA ACESA foi a forma que encontrei para contribuir com as pessoas compartilhando tudo que vivi, pois acredito que em tudo existe uma missão maior que dá sentido à vida e que nos leva a aprendizagem e evolução.

ACREDITO que a doença chega por algum motivo que naquele momento não sabemos. Fica conosco o tempo que precisamos para nos libertar de algo que nos aprisiona, consciente ou inconscientemente. E depois vai embora deixando o aprendizado para quem a enfrentou e para todas as pessoas que de alguma forma estão próximas ou se aproximaram de nós por algum motivo.   

E REAFIRMO que, para passarmos para o ultimo estágio (deixá-la ir embora) precisamos dessa integração de atitudes que determinam o nosso estilo de vida: Alimentação, Corpo e Estado de Espírito Anticâncer.

Fique sabendo: Acontecerá em outubro deste ano em Belo Horizonte o Congresso Brasileiro de Mastologia que terá como participantes médicos, profissionais da área da saúde, agentes de saúde e voluntários, todos que atuam nesta área, caminhando em direção à integração.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Relembre



Separei material que acho importante rever sobre o que foi discutido até hoje no Projeto Chama Acesa Anticâncer. Confiram:

- René Dubos, pesquisador francês da Universidade de Rockefeller de Nova York, considerado um dos maiores pensadores da Biologia do sec.XX, depois de descobrir o primeiro antibiótico utilizado na medicina, tornou-se ardoroso defensor da ecologia, escreveu esta frase no final de sua carreira: “A medicina moderna só se tornará verdadeiramente cientifica quando os médicos e seus pacientes tiverem aprendido a tirar partido das forças do corpo e do espírito que agem através do poder de cura da Natureza.”

- O câncer é uma doença crônica por excelência. Para evitá-la é preciso mudar o terreno. Mudar o terreno é corrigir a alimentação, reforçar o organismo por meio do exercício físico aumentando os mecanismos de defesa do corpo que atuam na prevenção e também no tratamento. Mudar o terreno é principalmente modificar a atitude mental que alimenta a FORÇA VITAL responsável pelo nosso desejo de viver.

- Seja aprendendo a relaxar e controlar melhor a mente, seja se alimentando melhor, seja praticando exercícios físicos regularmente, só há uma verdade, um segredo: precisamos nos dar um caminho no qual possamos guiar o curso de nossas vidas em vez de nos sujeitarmos à impotência e ao sofrimento.

- A atitude de consciência e liberdade nas escolhas aplica-se também aos métodos naturais, quer se trate de alimentação, quer de Ioga ou ajuda psicológica. Nem todos são indicados para todo mundo, nem em todos momentos da vida. Um dia, o mais benéfico é a meditação, em outro escrever um diário, em um terceiro, fazer um exercício. É preciso escolher e dizer a si mesmo: “É disso que eu preciso agora”. E prosseguir na vida com firmeza e flexibilidade.

- A saúde é um todo. Cada passo na direção de um maior equilíbrio torna os seguintes mais fáceis. Cada situação, cada pessoa é única, cada caminho será único também. O mais importante é alimentar o desejo de viver.

- A mudança de atitude que parece melhor proteger contra o câncer corresponde ao processo de maturação valorizado por todas as grandes tradições psicológicas e espirituais, que descrevem cada uma de sua forma o fundamento do impulso vital (o processo de individuação de Jung, a atualização do eu de Maslow, o despertar desenvolvendo em si o que há de único e precioso de sagrado, das tradições espirituais). Em todos os casos, o que importa é estar perto dos valores mais autênticos e colocá-los em ação nos próprios comportamentos e nas relações com os outros. Desse esforço decorre um sentimento de gratidão pela vida tal como ela é.