segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Coisas que aprendi no ano de 2014


Para fechar o ano, fiz uma lista de coisas que aprendi em 2014:

- Aprendi que precisamos nos exercitar para dizer “NÃO” quando o nosso coração nos transmite uma mensagem de mal-estar diante de uma situação; 

- Aprendi que devemos banir a palavra “JULGAMENTO” da nossa vida, pois cada pessoa está onde deveria estar, vivendo as experiências que precisa, e que traz uma história de vida que a leva para aquele comportamento com o qual não concordamos;

- Aprendi que a FÉ e a CONFIANÇA sempre existem dentro de nós e que, para emergirem com força, é só não perder a conexão com a nossa alma;

- Aprendi que as PESSOAS CHEGAM E SAEM DA NOSSA VIDA na hora que é preciso, pois um ciclo se fecha para que cada um possa renascer; 

- Aprendi que o exercício do DESAPEGO não é fácil, mas que nos transforma por dentro;

- Aprendi a respeitar que cada pessoa tem o SEU TEMPO PARA APRENDER e que não adianta querermos que ela veja o mundo dentro da nossa ótica, pois esse é o nosso aprendizado e não o dela;

- Aprendi que a ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE regula o nosso organismo, nos equilibra internamente e traz como resultado um bem estar verdadeiro, que vem de dentro para fora;

- Aprendi que a IOGA é uma prática que nos ajuda a obter o controle da nossa mente para conseguirmos acessar o nosso coração e a nossa alma;

- Aprendi que, para estar alinhada com a minha INTENÇÃO DE VIDA, preciso ajudar as pessoas a descobrirem a intenção de vida delas, pois isso é o que vim aprender aqui;

- Aprendi muito com os princípios da HUNA, que retratam a sabedoria da VIDA e do UNIVERSO mostrando que o movimento e a quietude fazem parte da nossa jornada de aprendizado na vida;

- Aprendi que “O MUNDO É O QUE VOCÊ PENSA QUE É”, pois os nossos pensamentos nos conduzem àquilo que acreditamos como verdade e que acabam atraindo as experiências que precisamos para aprender e evoluir;

- Aprendi que todas as DOENÇAS são somatizações do nosso ESTADO DE ESPÍRITO. Devemos estar atentos aos sinais que o corpo nos dá para olharmos, com coragem, o que em nossa vida está desalinhado com o nosso coração.

FELIZ 2015!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

10 Mitos sobre a meditação



A arte milenar indiana da meditação é muito difundida, mas há muitos mitos em relação ao que realmente é, como meditar e quais são os seus benefícios. Desvende 10 deles, com informações do instrutor de meditação Alexandre Lopes, da Fundação Internacional Arte de Viver:

Mito 1 – Meditação é concentração

Meditação é, na verdade, desconcentração. Concentração é um benefício conquistado pela meditação. Concentração requer esforço e meditação é relaxamento total da mente. Meditação é deixar pra lá, e quando acontece você está em um estado de descanso profundo. Quando sua mente está relaxada, aí sim você pode se concentrar melhor.

Mito 2 – Meditação é uma prática religiosa

Ioga e meditação são práticas antigas que transcendem qualquer religião. Para meditar, não há barreiras em nenhuma religião. Na verdade, meditação tem o poder de trazer todas as religiões, nações e fés lado a lado. Assim como o sol brilha para todos e o vento corre para todos também, meditação beneficia a todos. “Nós encorajamos pessoas com todo tipo de histórico, religião e tradições culturais a se reunirem e meditar em espírito de celebração” diz o fundador da Arte de Viver, o indiano Sri Sri Ravi Shankar.

Mito 3 – Sente na postura de lótus para meditar

O sutra de yoga Patanjali é talvez um dos estudos mais científicos e detalhados que o homem já produziu lidando com a natureza da mente. Ele explica que durante a meditação o mais importante é estar parado e confortável. Isso nos ajuda a ter uma experiência mais profunda na meditação. Você pode sentar de pernas cruzadas em uma cadeira, em um sofá – não tem problema. Ainda assim, quando você começa sua meditação é bom manter sua postura, com a espinha ereta e cabeça e ombros relaxados.

Mito 4 – Meditação é para pessoas mais velhas

Meditação é universal e acrescenta valor à vida de pessoas de todas as idades. Uma pessoa pode começar a meditar aos oito ou nove anos. Assim como o chuveiro deixa o corpo limpo, meditação mantém a mente limpa. Alguns minutos de meditação bastam para te acalmar por todo o dia, independente da faixa etária.

Mito 5 – Meditação é como se auto-hipnotizar

Meditação é o antídoto da hipnose. Na hipnose, a pessoa não está ciente do que está acontecendo. Meditação é a ciência completa de cada momento. Hipnose leva a pessoa através das mesmas impressões que já estão em sua mente no momento. Meditação nos liberta dessas impressões, para que então nossa consciência esteja livre e fresca. Hipnose aumenta a atividade do metabolismo. Meditação a reduz. “Aqueles que praticam pranayama e meditação regularmente não podem ser hipnotizados”, garante Sri Sri Ravi Shankar.

Mito 6 – Meditação é controle da mente

Pensamentos não vêm até nós por convite. Nós nos tornamos cientes deles apenas no momento em que já estão lá. Pensamentos são como nuvens no céu, eles vem por si só. Tentar controlar esses pensamentos envolve esforço, e a chave da meditação é abandonar qualquer esforço. Na meditação, nós não escolhemos bons pensamentos, nem somos adversos aos maus. Nós simplesmente testemunhamos e eventualmente transcendemos pensamentos e nos movemos dentro daquele silencioso espaço interior.

Mito 7 – Meditação é uma forma de fugir dos problemas

Pelo contrário. Meditação te dá forças para encarar os problemas com um sorriso. Habilidades se desenvolvem dentro de nós para lidar com situações de uma maneira construtiva. Nós desenvolvemos a habilidade de aceitar situações como elas são e tomar atos conscientes em vez de se lamentar pelo passado ou se preocupar com o futuro. Meditação nutre você com força interior e auto-estima. Funciona como um guarda-chuva durante dias chuvosos. Desafios virão, mas podemos nos mover na direção deles com mais confiança.


Mito 8 – Você precisa meditar por horas para ir a fundo

Você não precisa sentar por horas para ter uma experiência profunda em meditação. A conexão com o seu profundo eu interior, sua fonte, pode acontecer em apenas uma fração de momento. Apenas 20 minutos de uma sessão de meditação Sahaj Samadhi, uma das técnicas que ensinamos na Arte de Viver, toda manhã é suficiente para te levar nessa jornada profunda e bela. À medida que você pratica sua meditação todo dia, a qualidade dela melhora gradualmente.


Mito 9 – Se você meditar, se tornará um monge ou recluso

Você não precisa abandonar sua vida material para meditar ou progredir em um caminho espiritual. Na verdade, a qualidade com que você desfruta aumentará na medida em que você medita. Com uma mente relaxada e pacífica, você será capaz de viver feliz e fazer outros ao seu redor felizes também.


Mito 10 – Você só pode meditar em certas horas, voltado para certas direções

Toda hora é boa para meditar e todas as direções são corretas. A única coisa que se deve manter em mente é que seu estômago não deve estar cheio, ou você pode cochilar em vez de meditar. No entanto, é uma boa pratica meditar durante o nascer do sol ou no crepúsculo, já que isso te mantém calmo e energizado ao longo do dia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rotina ideal



O assunto desta semana é a rotina ideal, que ajuda a viver mais e melhor, que leva em conta a alimentação, ioga, meditação, massagens, purificação e atenção aos cinco sentidos. Confira texto sobre o assunto publicado na revista Yoga Journal: 

Chamada dinacharya, em sânscrito, essa rotina tem por chave nossa integração com os ritmos da natureza. Aqui vai um pequeno resumo de sugestões para que você, leitor, possa encaixar no seu dia-a-dia:

Manhã

- Acorde sem alarme, com o nascer do sol;

- Tome um copo de água morna com gotas de limão. Ajuda na evacuação. Quem tiver gastrite ou outro problema de estômago deve tomar água morna pura;

- Esvazie bexiga e intestinos;

- Limpe a língua, removendo as toxinas que ficaram depositadas durante a noite, e escove os dentes;

- Faça 12 ciclos de surya namaskar, a saudação ao sol;

- Faça alguns ciclos de pranayamas;

- Medite por 20 ou 30 minutos;

- Faça automassagem e tome banho;

- Tome o café da manhã, lembrando de comer apenas para matar a fome;

- Ande durante 15 minutos.

Meio do dia

- Faça do almoço a principal refeição, incluindo os seis sabores e alimentando-se entre 12h e 13h, quando agni é mais forte;

- Coma com atenção;

- Ande 15 minutos após comer;

- Trabalhe.

Fim de tarde e noite

- Pratique 12 ciclos de chandra namaskar em preparação para uma noite de sono tranquilo;

- Medite por 20 ou 30 minutos antes do jantar;

- Coma apenas alimentos leves, de preferência até no máximo 19h, para que às 22h o estômago esteja vazio. O jantar ayurvédico ideal é uma bela sopa;

- Ande durante 15 minutos;

Faça uma atividade relaxante. Deve-se evitar tarefas excitantes ou que exijam concentração mental após as 20h30. Uma boa pedida pode ser a leitura de poesia ou de mensagens positivas;

- Acenda velas, coloque uma música calmante e faça um abhyanga completo ou meio abhyanga. Criar um ritual é muito bom: o corpo vai aprendendo a relaxar;

- Tome um banho quente, usando óleo essencial de lavanda ou outro de sua preferência;

- Tome uma xícara de leite quente com noz-moscada e mel ou chá de camomila ou ainda chá de valeriana;

- Vá para a cama até as 22h, para dormir (importante: não coma, não assista à TV nem leia na cama);

- Já na cama, feche os olhos, sinta o corpo, faça várias respirações profundas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Depoimentos de mulheres que enfrentam o câncer de mama



Nesta semana, compartilho com vocês depoimentos de três mulheres que enfrentam o câncer de mama sem deixar de lado a autoestima e a alegria de viver. O conteúdo é todo da revista Ana Maria:

"Recebi o diagnóstico em 2012, durante os exames para colocar silicone nos seios. E o câncer já estava espalhado, sem chance de cura. Faço tratamento para controlar as metástases, que são muitas. Nem cheguei a tirar as mamas. Quando o cabelo começou a cair, só me importava em lutar pela minha vida. Nunca me preocupei em sair sem lenço ou peruca, não tenho vergonha de me expor. Sempre uso maquiagem, procuro me sentir bonita. Acabei aprendendo a me amar de verdade. No começo, o médico dizia que eu estava proibida de fazer atividade física. Fui pesquisar, vi que pessoas com câncer podem, sim, se exercitar. Acabei sendo liberada por ele. Foi como ter minha vida de volta! Me sinto bem-humorada, feliz!" - Silvania Gonçalves, 36 anos, professora de educação física

"Quando descobri o câncer, precisei retirar uma das mamas. Fiquei desesperada, só chorava, a vida tinha acabado para mim. Estava tão deprimida que pedi para o meu marido tirar todos os espelhos de casa, não me aceitava mais. Fiquei nesse estado durante dois anos, até que soube do projeto Dança do Ventre e Câncer de Mama, do Hospital das Clínicas de Botucatu, no interior de São Paulo. No começo fui só observar, mas acabei me arriscando a dançar. Posso dizer que eu me reencontrei naquela sala de aula! Descobri que minha feminilidade não está apenas na mama. Sou muito mais que isso. Posso ser feminina e sedutora com todo o meu corpo. Voltei a ser feliz." - Maria Dias, 28 anos, vendedora

"Tinha 31 anos quando recebi o diagnóstico. Foi o dia mais difícil da minha vida, mas logo tentei tomar as rédeas da situação. Só queria saber o que fazer para ficar boa. Tirei um pedaço da mama, fiz duas cirurgias, depois quimio e radioterapia. Minha autoestima ficou abalada, claro, mas eu tinha que continuar a me sentir mulher. Colocava cílios postiços, desenhava a sobrancelha como eu queria, dava para ser várias em uma só. Minha vida sexual também ficou balançada, a gente perde a lubrificação, a vontade de transar. Mas você precisa do carinho do seu marido e ele do seu. A quantidade de relações diminui durante o tratamento, mas elas têm que existir. Precisa usar lubrificante, ter cuidado, avisar quando machuca. Assim que acabei a quimio, procurei um personal para trabalhar minha musculatura, pois fiquei muito tempo fazendo apenas caminhada. Comecei a sentir os músculos de volta, isso me ajudou a recuperar a vitalidade mais rapidamente. No final, o câncer fez com que eu me redescobrisse. Mudei meu estilo de vida, renasci. Foi minha cura." - Vânia Castanheira, 32 anos, autora do blog Minha Vida Comigo.

Cuidar das emoções durante o tratamento é fundamental

- Se o médico liberar, faça uma atividade física. "Está comprovado que a prática de exercícios diminui as chances de recidiva, a volta do tumor", conta o mastologista Gilberto Amorim, membro do Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama.

- "Encontrar pessoas que você queira bem, cuidar da aparência e trabalhar sempre que for possível ajuda a elevar a autoestima e a recuperar a alegria", explica Luciana Holtz, psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia.

- Conviva com pessoas que estão enfrentando o mesmo processo. "Vibrar com a alegria do outro ou apoiar quem está fragilizado faz com que a paciente não se sinta sozinha", afirma Luciana.

- Faça arte: através do desenho, da pintura ou de qualquer outra técnica é mais fácil colocar para fora seus sentimentos, medos e sonhos.

- Se a libido diminuiu por causa do tratamento, o que é normal, converse com seu médico. Ele pode indicar remédios para ajudar nisso.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Desacelerar



O assunto da semana é a importância de desacelerar. Confiram texto da Silvia Perotti: 

"Quando você está com pressa, você é incapaz de perceber as coisas de maneira própria. Frequentemente você está com pressa na sua vida. Isso tira o charme, a emoção e a beleza da vida. Você nunca pode estar perto da Verdade quando está com pressa, porque a sua percepção, observação e expressão se tornam distorcidas.

A pressa para aproveitar rouba a alegria da vida. Toda a pressa que você tem em sua vida apenas nega a alegria e liberdade do aqui e agora. Frequentemente não temos consciência de que estamos com pressa. Isto quase se torna um fenômeno biológico. Acorde e se torne consciente da pressa em você!

É ridículo ter pressa para desacelerar. Apenas ter consciência da própria pressa resolverá o problema. Desacelerar não significa letargia ou procrastinação. É fácil estar nos extremos, ou com pressa ou letárgico.

A febrilidade surge da falta, de uma necessidade de alcançar algo; enquanto o dinamismo é uma expressão da satisfação. A regra de ouro é estar acordado, e estando acordado você não consegue não ser dinâmico.

Acorde e desacelere!"

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

12 Sintomas de Paz Interior




Vamos falar sobre a paz interior. Nesta semana, compartilho seus 12 sintomas, traduzidos por Ana Paula Saraiva do site "The Symptoms of Inner Peace": 

- Tendência de pensar e agir de forma ponderada, em vez de responder com base em medos originários de experiências passadas;

- Uma habilidade indiscutível de aproveitar cada momento;

- Perda de interesse em julgar os outros;

- Perda de interesse em julgar a si mesmo;

- Perda de interesse em conflitos;

- Perda de interesse na interpretação das ações alheias;

- Perda da habilidade de se preocupar;

- Episódios frequentes e irresistíveis de autoestima;

- Sentimentos agradáveis de conexão com os outros e com a natureza;

- Frequentes ataques de sorrisos do coração;

- Aumento da suscetibilidade à bondade oferecida e uma vontade irresistível de retribuir;

- Aumento da tendência de permitir que os eventos se desenrolem por si sós, em vez de resistir e manipular.

AVISO!

Fique alerta para o aparecimento dos sintomas de paz interior. 

Os corações de muitas pessoas já foram contaminados, assim é possível que pessoas de todas as partes venham a manifestar essa epidemia.

Isso poderá se constituir em uma grave ameaça para o que até agora tem se mostrado ser uma condição bastante estável de conflito mundial. 

Caso você venha a manifestar um ou mais dos sintomas acima, tenha consciência que essa sua condição de paz interior poderá já estar muito avançada para que ser curável. 

Caso você esteja exposto a alguém que esteja manifestando esses sintomas, saiba que está fazendo isso por sua própria conta e risco.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Apego, o inimigo da liberdade



O tema desta semana é o APEGO e os prejuízos que traz à vida. Compartilho com vocês uma bela reflexão feita por Patricia Gebrim:

"Você tem consciência do quanto se apega?

O apego é o melhor amigo do sofrimento, acredite. Pense no apego de forma grande. Pense em todas as vezes em que você exige que o mundo se molde à sua maneira de ver as coisas. Você quer que seja assim porque quer! Não admite que as coisas se desenvolvam de maneira diferente da estipulada. Isso é apego. 

Pense em todas as vezes em que você deseja possuir as pessoas. Quando sofre por sequer imaginar que um dia aquela pessoa possa já não estar na sua vida. Isso é apego. 

Pense no quanto se liga obsessivamente a situações ou coisas. Um emprego, apartamento, um carro, uma cadeira de couro, uma caneta, uma calça velha já meio rasgada... Não importa. Isso também é apego. 

O apego é a prova viva de nossa falta de confiança na sabedoria intrínseca da vida. Falta de confiança de que existe um sentido maior para tudo que chega e que sai de nossas vidas. Se confiássemos que tudo sempre é como deveria ser, não teríamos necessidade de controlar as coisas para garantir que tudo continuaria exatamente como desejamos. Apego e controle andam de mãos dadas numa combinação sombria que poda as asas da liberdade, seja a nossa, seja a dos outros.

O apego nos transforma em tiranos inflexíveis, exigindo que tudo permaneça como infantilmente desejamos. Ouça, nesta vida tudo se move, tudo flui. Nada nos pertence. É preciso aceitar essa verdade. Incondicionalmente. A vida é como um caleidoscópio, cujas imagens nos refletem, a cada volta, exatamente o que nos cabe enxergar. Esse movimento acontece de forma tão perfeita que, quando fluímos com ele, sem resistir, uma paz mansa e profunda se instala em nosso íntimo. 

Não há paz na constante necessidade de controle, na tensão do medo e da desconfiança. É preciso confiar para que possamos relaxar e viver em paz.

Quando abrimos mão dos apegos, passamos a caminhar leves pela vida. Quanto menor a bagagem, mais liberdade temos em nossa viagem. Não é fácil, eu sei, mas tampouco é impossível. Requer certa ousadia, requer a coragem de arriscar permitir que a vida se desenrole fora de nossos controles, requer entrega a uma sabedoria superior. Requer certa dose de humor e a disponibilidade de lidar com o novo. Tudo pode mudar se passarmos a viver dessa maneira. Soltamos o controle, em troca vem alegria, leveza, fluidez e essa sensação deliciosa de dançar com a vida. Pois a vida não se entrega a quem tenta controlá-la, mas se revela em pura magia quando a tiramos para dançar. Que delícia... Deveríamos todos experimentar."

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Alimentação consciente: retorno ao simples


Nesta semana, compartilho um texto sobre alimentação consciente, escrito por Silvia Perotti e publicado no Brasil Post. Confiram e comentem:

É só fazer uma busca simples na web e você encontra as mais variadas dietas, os mais diversos produtos, suplementos e opiniões. Mas a alimentação deve ser um ato sem complicações, simples e direto. Basta apenas saber 'ouvir' seu corpo, entender o que te faz bem, o que te sacia, provoca benefícios e traz equilíbrio. Cada vez mais as pessoas estão adeptas aos comprimidos, como forma de tornar o dia a dia mais prático e complementar o que talvez falte nas refeições.

Mas será que a natureza é falha? Será que falta algo?

Verdura, legumes, grãos, proteínas variadas... Enfim, temos como criar uma alimentação rica, simples e completa. Mas - infelizmente - estamos em um momento em que industrializar tornou-se a primeira opção. A correria do dia a dia, compromissos e muitas vezes o alto preço de produtos, faz com que famílias optem pela refeição rápida, pronta, sem opções, apenas visando 'comer'. 

Isso vai muito além! Não é comer por comer. Seu corpo precisa se alimentar. Tudo aquilo que procuramos de bom para nós: bom emprego, boa roupa, bom sapato, também deve ser em relação à nossa refeição. É exatamente o que colocamos para dentro do nosso corpo. Afinal, o que mantém essa possibilidade de chegarmos ao nosso objetivo, seguirmos nossa carreira é a saúde. E para que a saúde seja possível, o primeiro e mais importante passo é a alimentação.

Não é comer muito, não é restringir... É entender! É deixar fluir aquilo que o seu corpo pede! Assim como não podemos mudar o rumo da correnteza, também não devemos tentar alterar aquilo que nosso corpo precisa. 

A natureza é sábia e a Ayurveda caminha lado a lado nessa relação. É um estudo profundo da natureza de cada indivíduo, de cada ser. Um estudo tão profundo que, para uma mudança completa na alimentação - acredite, é necessário conhecimento, consciência. E a simplicidade que mora nessa combinação, pode mudar sua vida.

Para uma alimentação consciente, voltemos então ao simples!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Autoaceitação é o caminho para evolução


Compartilho o belo texto de Patricia Gebrim sobre autoaceitação. Confiram e comentem:

É incrível o quanto perdemos de tempo e energia tentando acertar, tentando encontrar o caminho certo, a atitude correta. Deixamos de ser quem de verdade somos e assumimos máscaras e papéis tentando fazer o que acreditamos ser o que esperam de nós.

Nos esquecemos que a única maneira de evoluir precisa passar pela aceitação de nós mesmos, não importa em que etapa do caminho estejamos. Precisamos das experiências, do aprendizado. Melhor cometer seus próprios erros do que os acertos de outros. 

Ah, se soubéssemos... Se soubéssemos que a vida não nos quer santos, nem pecadores, nem reclusos, nem expostos, nem mundanos, tampouco luminosos. A vida só nos quer reais.

A vida quer a coragem de nos virarmos do avesso, sem medo de mostrar o que adormece em nosso íntimo.

A vida quer a inteireza daquele que se apropria do pesadelo que habita sua caverna. Quer a sutil delicadeza daquele que floresce as sementes que tem no peito. Todos temos no peito um jardim, caso ainda não saibam.

No exato instante em que acontece o casamento sagrado entre o ser e o estar, a separação se dissolve em um sentimento de profunda inteireza. É quando vem a paz.

Outro dia, caminhando por uma trilha na natureza, de um instante para o outro senti tudo ficar sagrado. Me veio a sensação plena e contundente de que tudo estava vivo, e esse foi um dos momentos mais intensos da minha existência. Como explicar algo assim? A fotografia é sempre um reflexo, e por mais bela que seja, lhe escapa a alma, que não se deixa aprisionar.

A beleza não está no momento em si, no nascer do Sol, no sorriso da criança, no salto do golfinho... A beleza está na intensidade do todo que se manifesta naquele momento. No fato de que, por um instante, tudo se conectou, nessa teia indestrutível que é a vida. O momento é a porta, mas é a profunda conexão da vida que nos arrebata. A beleza transformadora está na súbita consciência de que já está tudo aqui. Agora. Sempre esteve. Sempre estará. Nada falta. Nada morre. Tudo é. 

Por isso, talvez, naquele dia enquanto caminhava eu senti que estava tão plena que poderia até morrer. Linda forma de morrer. Morrer de beleza.

O que fazer quando o cinza toma conta de sua vida?


Nesta semana, vamos falar sobre estado de espírito, quando o "cinza" toma conta de nós. Compartilho com vocês texto da Patricia Gebrim:

Qualquer um de nós pode ser, vez ou outra na vida, tomado por um lado sombrio que torna tudo cinza ao nosso redor. Quando isso acontece, como se estivéssemos doentes de alma, enxergamos sempre o pior de cada situação. Nesse panorama sombrio, nos sentimos aprisionados, encurralados, como se na vida não houvesse saída.

Você já encontrou alguém assim? A pessoa fica tão paralisada naquele lugarzinho apertado dentro de seu próprio sistema de crenças que, por mais que tentemos lhe dar opções, ela sempre responde com: 

- Pode ser que você esteja certo, mas...

Olhando de fora vemos que existem sim saídas, e percebemos que as coisas não são tão negras como aquela pessoa parece acreditar. Mas, por mais que tentemos aliviar o peso da situação ou sugerir caminhos para uma melhora, a pessoa parece não ser capaz de enxergá-los. Responde sempre com um “mas”, seguido de uma justificativa que inviabiliza a solução. É como se, de alguma forma, ela quisesse permanecer lá, naquele lugar horrendo de dor e frustração. E nós, que tentamos exaustivamente ajudar, acabamos por nos sentir frustrados, quando não irritados... e muitas vezes acabamos por desistir de ajudar. Como se a pessoa fosse um saco sem fundo, vemos que nossas sugestões são tragadas, uma a uma, caindo num buraco negro que existe lá no fundo do saco. (Devem estar flutuando em algum canto do Universo numa hora dessas...) Ah... que cansaço isso dá!

Sabemos que para sair desse buraco é necessário que se mantenha o equilíbrio, que se tenha paz para raciocinar com clareza, que se tenha atenção para pescar uma solução criativa nesse rico mar que é nosso inconsciente, cheio de belezas e tesouros. É preciso compreender que de nada adianta sobrecarregar a própria vida com esse peso mortal que destrói a leveza das ideias, que afasta de nós toda a alegria e o encantamento.

Quando tornamos tudo sério e grave dentro de nós, acabamos por projetar essa carga ao nosso redor, e logo nos percebemos rodeados por uma sensação densa e ruim, oprimidos e esmagados por uma realidade que nós mesmos criamos. Logo estamos nos sentindo completamente desesperançosos, impacientes com tudo e com todos, nos tornando parecidos com máquinas ambulantes produtoras de reclamações e mau humor. O brilho de nossos olhos se apaga e ganhamos uma espécie de peso, como se estivéssemos atados a enormes bolas de ferro que nos prendem cada vez mais ao chão, nos afastando do suave mundo onde pulsam infinitas soluções criativas, nos afastando daquela camada sutil cheia de novas ideias que flutua leve, bem acima de nossas cabeças e que poderia nos tirar desse estado incômodo e assustador.

Se ao menos fôssemos capazes de olhar para cima, se parássemos de, obsessivamente, catalogar as pedras e obstáculos ao nosso redor, enxergaríamos saídas, seríamos ajudados a flutuar e, como leves pássaros, seríamos soprados em direção a outras realidades, mais amenas, mais gentis, mais livres.

Se você quer mudar sua vida, precisa concordar em abandonar essa atitude que tem mantido você atado a uma vida que não lhe traz felicidade, Não importa o que você tenha criado em sua vida, a solução reside em uma palavra: desapego. Você não pode mudar o passado, mas pode se desapegar dele, deixá-lo para trás. Não perca tempo tentando entender, catalogando tudo, ou recriminando a si mesmo pelas escolhas errôneas que fez em sua vida. Isso de nada ajuda! Foque-se completamente no presente, seja amoroso e compassivo para com seu próprio Eu. Perdoe as atitudes que tenha tomado e que lhe tenham feito mal. Isso já passou. Olhe para cima, para o novo e permita-se construir uma nova realidade onde se sinta mais leve. 

O mundo terá a gravidade que você decidir lhe dar. Você não precisa mudar o mundo. Mude a si mesmo, e o mundo se transformará antes que você consiga compreender como isso pode ter acontecido.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Ioga e as sensações


Nesta semana, vamos falar de IOGA. Compartilho com vocês texto escrito por Alexandre Viola, meu professor de ioga:

Atualmente, na sociedade em que vivemos, voltada para o consumo, estamos acostumados a ter experiências sensoriais intensas. Buscamos por isto. A música é agitada; o filme tem que ser eletrizante, com muita ação e violência; a novela com muitas intrigas e discussões. Nosso paladar está habituado a alimentos excessivamente doces, salgados ou gordurosos. No computador, realizamos diversas tarefas ao mesmo tempo.

O volume de informações que recebemos em um único dia, hoje, equivale ao mesmo que nossos ancestrais levavam uma vida inteira para acessar. E nosso sistema nervoso é basicamente o mesmo de nossos antepassados. O fato é que viciamos este sistema a um excesso de estímulo. Reclamamos do estresse, mas no fundo somos dependentes dele. Nas horas de lazer, buscamos atividades estressantes. Depois da semana intensa de trabalho, em vez de optarmos por atividades relaxantes, muitas vezes optamos por mais estresse. Vamos ao shopping, e enfrentamos trânsito e filas, para ser expostos a milhares de produtos e serviços que aguçam nossos sentidos.

Até mesmo quem procura por atividades como ioga, muitas vezes espera encontrar algo que lhe proporcione uma experiência intensa e, assim, acaba se decepcionando. Não vê nenhuma luz, não sai levitando, nada de extraordinário acontece. É como alguém que está habituado a comida muito salgada e por ordens médicas é obrigado a comer praticamente sem sal. De início, o alimento parece sem graça e sem gosto. Conforme se habitua a comer desta forma, o paladar acostuma-se e então a pessoa passa a sentir mais o sabor dos alimentos e a perceber nuances de sabor cada vez mais sutis. 

Alguém que procura a prática de ioga em busca de experiências extraordinárias e intensas ou da obtenção de resultados rápidos e não encontra, mas mesmo assim persiste, é possível que, gradualmente, aprenda a entrar em contato com sensações cada vez mais sutis: o toque do ar nas narinas, calor em alguma região do corpo, movimentos respiratórios em regiões incomuns, etc. Estas percepções vão se tornando mais e mais sutis. Isto tem por objetivo trazer a mente para o momento presente. Treinando estas percepções, a mente torna-se, gradativamente, mais concentrada e introspectiva. Persistindo, o praticante realmente não vai ver luzes, aprender a ler mentes, nem mesmo, para ser mais um pouco mais realista, ficar mais “sarado”. Vai, na verdade, encontrar consigo mesmo. Vai perceber quem é de verdade, e qual sua própria essência. Não tem mágica, não tem milagre, não se trata de nada extraordinário.

E quem nós somos de verdade? Não existe resposta pronta. Cada um deve procurar dentro de si mesmo. A ioga afirma que, se conseguirmos silenciar nossa mente, aí sim nos depararemos com o que somos de verdade.

Agora, a instrução do Yoga.

O Yoga é a supressão das modificações da mente.

Então, obtém-se a permanência do Ser em sua própria natureza.

(Yoga-Sutra – Patañjali)

Benefícios da Alimentação Ayurvédica


O tema desta semana é a alimentação ayurvédica. Compartilho com vocês entrevista da especialista no assunto Silvia Perotti para a revista VivaSaúde:

A Ayurveda vem ganhando espaço entre as pessoas que procuram uma rotina saudável. Baseada no sistema filosófico Sankhya e na teoria dos cinco elementos: éter, ar, fogo, água e terra. A chef Silvia Perotti, especialista em alimentação ayurvédica resume esse conceito: "é um conjunto de conhecimentos milenares que nasceu na Índia, através da observação da natureza, dos seres vivos, e da relação entre todas as coisas".  Confira entrevista com a profissional e entenda tudo sobre essa terapia:

Qual é o objetivo da alimentação ayurvédica?
A alimentação Ayurvédica tem o objetivo de nutrir nosso ser (mente, corpo e emoção), levando em consideração as diferenças naturais de cada indivíduo. Cada um de nós possui uma natureza energética alimentar que na Ayurveda chamamos de Dosha. Ao conhecer sua natureza é possível adequar sua alimentação e a rotina a essas características pessoais, possibilitando melhor equilíbrio, melhor performance e maior disposição para viver.

Como é feita a indicação de cardápio para cada indivíduo?
O cardápio é baseado nas características e necessidades individuais, e leva em consideração a época do ano, estilo de vida e a idade da pessoa. Os alimentos são escolhidos de acordo com a disponibilidade da estação, energia e sabor. 

Qual seu maior diferencial?
O segredo é variedade e observação. Nosso corpo fala, sabe aquilo que nos faz bem. A alimentação ayurvédica é preventiva, e promove a autorrecuperação, basta estar alerta para os sinais. Durante e após as refeições, a qualidade do sono, e todas as fases do nosso processo digestivo são a chave.

Quando fazemos uma prescrição, não só montamos um cardápio, mas também ajudamos e suportamos os indivíduos no seu processo de autoconhecimento. E é esse conceito ayurvédico que permite transformar uma recomendação alimentar em estilo de vida.

Ela é indicada para auxiliar no emagrecimento? 
A alimentação ayurvédica não tem como objetivo o emagrecimento, mas o equilíbrio do corpo. A redução de peso – se for o caso – pode ser resultado de uma alimentação saudável, equilibrada, aliada à qualidade de vida. A alimentação ayurvédica não deve ser entendida como dieta, mas como um estilo de vida, onde se busca o respeito aos itens da natureza e as características de cada indivíduo.

As pessoas acabam emagrecendo quando elas simplesmente abdicam do processo de controle. Aceitar a própria natureza é também sair de processos restritivos, que em geral geram compulsão.

Ela é indicada para qualquer pessoa?
Sim. Vegetarianos, veganos, carnívoros, pessoas comuns ou com necessidades especiais. A Ayurveda é o retorno ao que é simples. É o caminho para a autorrealização através do nosso próprio potencial.



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Celebrar sempre


Assino a revista Claudia há muito tempo e gosto muito da variedade de artigos e matérias que ela traz. E já não é a primeira vez que utilizo no Chama Acesa os textos da Marcia de Luca, pois tudo que ela escreve se alinha profundamente com aquilo que acredito para minha vida neste momento. O tema deste mês foi "celebre todo dia". Por que não celebrar mais, transformando coisas simples que podem enfeitar e dar mais cor à nossa vida?

Marcia lembrou muito bem que precisamos criar nossos próprios rituais e que o Pequeno Príncipe perguntou para a raposa: "O que é um ritual?". E ela respondeu que ritual é aquilo que faz com que um dia (ou um momento) seja diferente dos outros e se torne especial, com ingredientes para serem lembrados para sempre.

Os povos da antiguidade tinham a tradição de celebrar, com atenção e intenção, todas as coisas fundamentais da vida, disse Marcia de Luca. Mas, com o tempo, fomos perdendo a dimensão desse conceito e o costume de colocá-lo em prática.

Precisamos resgatar essa tradição esquecida e voltar a celebrar mais e sempre. Rituais nos ajudam a focar no momento presente, a vivenciar o aqui e o agora, e a acalmar a nossa mente. Só que, para celebrarmos com o coração, precisamos colocar ali uma emoção verdadeira.

De manhã, quando chego ao Espaço Educacional, observo as flores que brotaram (e tem uma orquídea maravilhosa em que aparece uma nova flor a cada dia), adoro ouvir os passarinhos que cantam tal qual um coral agradecendo pelo dia que começou. Cumprimento a Meire que já está fazendo um cafezinho gostoso e sinto o cheiro do pão de queijo que está começando a assar. Isso é um ritual que me transmite muita energia para aquele novo dia de trabalho que está começando. E como sou grata! Neste início de semestre, nós do Espaço Educacional temos muito a celebrar: a energia, a união da equipe, a criatividade que se expande a cada dia e torna nossa convivência um ritual de harmonia. Sou grata!

Eu me inspirei na Marcia de Luca e busquei alguns dos rituais que dão mais sentido à minha vida. Preste atenção e descubra os seus rituais. Se perceber que são poucos, proponha-se a aumentá-los, enriquecendo mais a sua vida com esses momentos especiais. Dessa forma, trabalha o seu estado de espirito e se prepara para celebrar até as adversidades que sempre aparecem para nos ensinar e nos fortalecer. Vamos celebrar?

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Reeducando funções básicas



Nesta semana, compartilho com vocês um texto, do site do Espaço Marcos Rojo, sobre ioga ser um processo de reeducação de funções básicas, como respirar. Confiram e comentem:

O estilo de vida que adotamos nos dias de hoje, prejudica boa parte das nossas funções humanas básicas. Ou seja, hoje, precisamos reaprender a andar, correr, saltar, etc. Como professor de educação física, percebo que numa aula de caminhada, boa parte dos alunos andam para frente com os pés apontando para os lados em condição assimétrica. Isto não aconteceria com os índios, por exemplo, que tem seu caminhar perfeito, suave e eficiente. Nós andamos constantemente calçados e em chãos planos, o que enfraquece nossa estrutura de apoio. Se uma criança “urbana” começa a subir numa árvore, a mãe logo gritará, para que ela desça, tentando protege-la da queda, ou às vezes para não sujar a roupa e estas limitações nos farão falta mais tarde.

Vamos perdendo boa parte das respostas adequadas às nossas funções básicas. Se alguém quiser informações precisas sobre uma dieta adequada, terá que ir a um especialista para que ele nos diga o que comer e o quanto comer. Animais que não vivem em cativeiro, estes que ainda tem a sorte de andar livres pela floresta, não estão obesos, não comem mais do que o necessário. Um leão satisfeito é um animal inofensivo, o problema é saber se já está na hora dele comer de novo. Não vamos encontrar um jacaré no pantanal, que no sábado resolve comer três ou quatro vezes mais, deixando para começar seu regime na próxima segunda feira. Isto é coisa de humanos, nós temos a capacidade de comer mais do que o necessário e pior ainda, nós temos a capacidade de comer o que sabemos que não nos faz bem. Se vamos a uma festa é provável que ultrapassemos nossa capacidade de digestão confortável, só para agradar o dono da festa que insiste que comamos mais um pouco da iguaria que ele preparou com tanto carinho.

É comum eu sair de uma festa arrependido por ter comido muito e aí vem um outro impulso natural para resolver este abuso, que nós também inibimos. Ou seja, quando sentimos vontade de vomitar, fazemos qualquer coisa para evitar este impulso, tomamos sais de frutas e alguns refrigerantes com a intenção de reprimir aquilo que o corpo esta pedindo, mesmo sabendo que depois de três minutos de ter vomitado, estaremos perfeitos. Nenês e animais vomitam com tanta facilidade que às vezes só percebemos quando vimos o que devolveram, não fazem nenhum escândalo. Ao contrário, nós adultos fazemos um escândalo, toda a vizinhança fica sabendo que não estávamos bem. Perdemos esta condição natural.

Continuando nesta linha, hoje as gestantes devem fazer o curso de preparação para o parto. Já ouvi dizer que em condições de vida natural, algumas mulheres pariam num dia e no dia seguinte já estavam trabalhando. Junto com o curso, as futuras mamães ainda levam os maridos, com a ilusão de que poderão ajudar. Em geral atrapalhamos. No nascimento da minha última filha, para assistir ao parto, tinha que levar o certificado do curso que eu havia realizado. No corre-corre de sair de casa para a maternidade, é lógico que eu o esqueci, mas mesmo assim não consegui escapar de fazer parte da primeira fila, o médico autorizou. 

O pior de tudo isto, é o fato de algumas pessoas com problemas respiratórios, terem que ir a um especialista (fisioterapeuta ou educador físico) para aprenderem a respirar. Quantas vezes, numa aula de yoga, percebo alunos fazendo os exercícios respiratórios num padrão inverso ao natural e ainda teimam, dizendo que sempre respiraram assim. Você já viu uma criança de berço inspirando pelo nariz e expirando pela boca? Mas é comum em ambiente de educação física, você ouvir que esta é a respiração correta para todos os momentos.

Yoga é um processo de reeducação destas funções básicas e de tantas outras, por nos colocar em contato consciente com os impulsos, reflexos e estímulos corretos. Comer conscientemente ajuda alguém a decidir melhor sobre o que comer e o quanto comer. Respirar consciente e relaxadamente, reeduca movimentos que julgávamos estranhos. Com Yoga, aprendemos a obedecer melhor nossas necessidades, em detrimento do apelo social.

De todas estas perdas, as que mais me chamam atenção são: a perda da capacidade de relaxamento e a perda da capacidade de observar passivamente. Estes dois componentes são básicos para o aspirante à meditação.

Bebês dormem completamente relaxados, quando vamos tirá-los dormindo do berço, estão fantasticamente soltos; mas com relação aos adultos, não podemos garantir que enquanto dormimos, estamos descansando. Quantas vezes rangemos os dentes dormindo a ponto de comprometer nossa arcada dentária, quantas vezes nos debatemos e lutamos dormindo enquanto sonhamos que estamos nos afogando. Tenho um amigo que me contou recentemente, que seu sono anda muito agitado, ele se move tanto, que às vezes, tem que acordar no meio da noite para descansar um pouco e depois voltar para dormir. Temos que treinar o relaxamente, deixando a mente em contato com esta sensação conscientemente. Temos que sentir o peso do corpo, o contato do corpo com o chão, temos que treinar shavasana conscientemente, para reeducar esta condição básica, tão necessária para nossa saúde.

Para terminar, temos que treinar o ato de ficarmos quietos. Quando temos um domingo inteiro para ficar sem fazer nada, muitas vezes vamos para a internet ver se arrumamos alguma encrenca. Hoje, já não nos sentamos mais na varanda para conversar sem pressa com um amigo. A família não se reúne na sala para bater um papo. Ficar sentado no banco do jardim olhando os passarinhos chega perto da “insanidade”. Se você estiver sentado sozinho, quieto numa praça por muito tempo, vão te tachar de deprimido e os mais solidários, vão te perguntar se você está bem, se precisa de ajuda e se você não responder, vão chamar a ambulância, porque seguramente o que você está fazendo é estranho (acho que exagerei). Temos que treinar a observação passiva, é tão legal, ficar observando sem julgar, programar, analisar, procurar ou justificar. Seria tão bom se ao ouvir o barulho da chuva, alguém pudesse curtir esta sinfonia sem imediatamente pensar se deixou a roupa no varal. Será tão mais fácil meditar se vivermos assim.

O Yoga é um sistema de reeducação das nossas funções mais básicas, tudo o que buscamos com sua prática é natural ao ser humano e se você não se encaixa em nenhum destes desajustes citados acima, sei que vai me desculpar por ter lido este artigo, pois não está preocupado em “perder” tempo.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Inverno é tempo de se cuidar


Nesta semana, gostaria de compartilhar com vocês um texto com informações importantes sobre inverno e cuidados com a saúde, escrito por Silvia Perotti. Confiram e comentem:

Chega o inverno, o friozinho, e com eles aquela preguiça monstro. A vontade é de ficar em casa embaixo das cobertas. Coragem para atividades física? Difícil achar. O que poucos sabem, é que agora, no início do inverno, é justamente a melhor época para dar mais atenção a si mesmo. É quando a nossa energia física está mais em alta e nossa digestão funciona melhor. É hora, então, de se cuidar. 

O cuidado consigo mesmo também tem outro importante motivo: com as temperaturas mais baixas e todo mundo com janelas fechadas, é mais fácil ficar doente. Gripe, resfriado e dor de garganta são os mais comuns. Mas não são nada que uma alimentação adequada não resolva. Saladas de folhas escuras com molho agridoce combinadas com proteína animal são ótimas opções para o almoço. Ou seja, é uma boa época para comer carne, desde que sem exagero e acompanhada com essas saladas. No jantar, opte por cozidos com verduras e sopas. O abacate é uma fruta fonte de boas gorduras no inverno. Já as frutas cítricas, como a laranja e a tangerina, são muito recomendadas por manterem o aquecimento do corpo.

A verdade é que a natureza é muito sábia. Mais sábia do que percebemos. Cada estação produz frutas e legumes específicos e nosso organismo pede pelos alimentos de cada época. Por isso, inclui-los na alimentação é uma ótima escolha. E o melhor: além de serem mais apropriados à estação, eles são mais baratos! É a época de evitar comidas apimentadas, amargas e adstringentes e de aumentar a ingestão de gorduras "do bem" como oleaginosas e derivados do leite de boa qualidade. Atenção especial a legumes, frutas e verduras. Elas devem responder por pelo menos 40% da nossa alimentação, pois ajudam a equilibrar o pH do organismo. 

Além de nos preocuparmos com o que comemos, também é importante ter atenção com o que bebemos. Evite ingerir bebidas geladas. Um pouco de vinho é a melhor escolha. Ele estimula a circulação e aquece o corpo - mas só se você estiver bem agasalhado, hein? 

Além da alimentação, o inverno é um bom período para cuidar de você mesmo em geral. Regularizar o sono é muito importante. Evite dormir durante o dia, pois isso incentiva o aumento dos elementos água e terra em nosso corpo, o que estimula o desenvolvimento de gripes e resfriados. Aproveite o período para namorar mais e fazer massagens com óleos quentes. Eles são ótimos para cuidar da sua saúde. 

O frio aumentou, mas a hora é essa. Nada de desânimo. Cuide de si agora. O resultado, você e todo mundo vão ver no verão!

Leia o texto na coluna de Silvia Perotti no Brasil Post

sábado, 28 de junho de 2014

Atividade física e câncer



Li um texto do Dr. Drauzio Varella sobre atividade física e câncer que reforça que a doença tem muito a ver com o estilo de vida: Alimentação, Corpo e Estado de Espírito. Confiram:

"Que a atividade física reduz o risco de ataques cardíacos todos sabem, mas que protege contra o câncer…

Por razões pouco conhecidas, obesidade e vida sedentária aumentam a incidência de certos tipos de câncer. Combinados, os dois fatores são responsáveis por 20% dos casos de câncer de mama, 50% dos carcinomas de endométrio (camada que reveste a parte interna do útero), 25% dos tumores malignos do cólon e 37% dos adenocarcinomas de esôfago, enfermidade cujo número de casos aumenta exponencialmente.

Nos últimos 15 anos, foram publicados vários estudos demonstrando que, independentemente da massa corpórea, mulheres e homens ativos fisicamente apresentam risco mais baixo de desenvolver alguns dos tipos mais prevalentes de câncer da espécie humana: câncer de mama, de próstata e de cólon.

Para dar ideia do grau de proteção conferido, uma análise conjunta de 19 pesquisas publicadas (metanálise) sobre a relação entre atividade física e o aparecimento de câncer de cólon mostrou que mulheres ativas apresentam risco de desenvolver a doença 29% menor do que as sedentárias. E que, entre os homens ativos, o risco é 22% mais baixo.

Em 2005, um trabalho publicado na revista “JAMA” levantou uma nova questão sobre esse tema: será que a adoção da prática de exercícios físicos depois do diagnóstico de câncer aumentaria os índices de cura?

Nele, foram estudadas 2.987 mulheres operadas de câncer de mama. Depois da cirurgia e dos tratamentos complementares (de radioterapia e quimioterapia), aquelas que passaram a caminhar por pelo menos 30 minutos, em média cinco vezes por semana, na velocidade de cinco a seis quilômetros por hora – ou fizeram exercícios equivalentes -, apresentaram cerca de 60% de redução do risco de recidiva da doença, menor mortalidade por câncer de mama e menor probabilidade de morrer por outras causas.

Dois estudos recém-publicados reforçam a hipótese de que a atividade física aumenta as chances de cura de quem teve câncer. No primeiro, os autores selecionaram um grupo de 573 mulheres operadas de câncer de cólon. A intensidade dos exercícios praticados por elas foi avaliada através de questionários periódicos, que abrangeram o período iniciado seis meses antes da operação e encerrado quatro anos depois dela.

Comparando aquelas que permaneceram ou se tornaram sedentárias depois da cirurgia com as que adotaram a prática de caminhadas de pelo menos uma hora na velocidade de cinco a seis quilômetros por hora, quatro a cinco vezes por semana – ou exercícios equivalentes -, as ativas reduziram pela metade suas chances de morrer de câncer.

No segundo, foram avaliados 832 portadores do mesmo tipo de câncer, participantes de um estudo comparativo entre dois esquemas de quimioterapia administrada depois da cirurgia. Os resultados foram semelhantes: andar pelo menos cinco a seis quilômetros em uma hora, quatro a cinco vezes por semana, reduziu a mortalidade por recidiva da doença entre 50% e 60%.

Os benefícios obtidos não foram influenciados pelo sedentarismo antes do diagnóstico de câncer, idade, sexo, índices de massa corpórea, tamanho do tumor, número de gânglios invadidos, ou pelo tipo de quimioterapia recebido.

Não está claro por que os níveis de atividade física para proteger contra recidivas de câncer de cólon precisam ser mais altos do que os necessários para obter resultados semelhantes em câncer de mama.

Diversos mecanismos biológicos podem ser evocados para explicar o efeito protetor do exercício na evolução de tumores malignos. Os mais aceitos consideram que o trabalho muscular reduz os níveis sanguíneos de insulina e de certos fatores de crescimento liberados pelo tecido adiposo, capazes de estimular a multiplicação das células malignas.

Reduzir em 50% a probabilidade de morrer de câncer de mama ou de intestino, pela adoção de um estilo de vida mais ativo, é um resultado inacreditável: nenhum tipo de radioterapia ou de quimioterapia – por mais agressiva que seja – demonstrou provocar esse impacto.

Do ponto de vista científico, embora a relação entre atividade física e câncer não esteja definitivamente esclarecida, os dados obtidos até aqui são tão contundentes que todas as pessoas operadas de câncer de mama, intestino, próstata e, possivelmente, de outros tumores malignos devem investir na prática regular de exercícios a mesma energia com que enfrentam operações, radioterapia ou quimioterapia."

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ayurveda e a alimentação



Nesta semana, vamos falar sobre mais dicas da Ayurveda em relação à alimentação, uma ferramenta-chave para obter saúde. Confiram abaixo trechos da coluna Coisas da Alma de Márcia de Luca, na Revista Claudia, e comentários meus:

"Olhe a hora- Se faz questão de beber ou comer algo gelado, incluindo saladas, escolha o almoço, que deve ser visto como a refeição principal, pois é quando o agni (fogo digestivo) está no máximo. Pegue leve no café da manhã e no jantar. O ideal e nem comer nada sólido depois das 20h. Vá de sopa nesse caso."

Já tenho dois hábitos: sempre preferi sopa no jantar e o almoço é a minha refeição mais completa. E mais uma coisa, não sou do gelado. Tenho tudo isso a meu favor.

"Tenha uma atitude de gratidão - Crie o costume de agradecer internamente à natureza o presente do alimento de qualidade que ela lhe oferece todo dia. Isso ajudará a nutrir sua paz interior."

O hábito de fazer um agradecimento antes de uma refeição é algo que sempre admirei e que acredito que deva ser cultivado. Além da gratidão pelo alimento na mesa, existe a gratidão pelas pessoas reunidas. Não existe nada mais gratificante para a convivência do que uma família reunida em torno de uma mesa de refeições, nem que seja no fim de semana.

Minha avó materna, Jamile Salomão, que já faleceu há muitos anos e que, infelizmente, nem cheguei a conhecer, tinha o habito de fazer o pão sírio em casa. Eu me lembro que minha mãe contava que, quando tinha os filhos pequenos (e eram 13 ao todo), reunia todos em volta de uma grande mesa e dava um pedaço da massa para cada um e todos faziam o seu pão. Essa história sempre me encantou, pois minha mãe sentia uma alegria imensa ao contar e reviver esses momentos.

A alimentação e a convivência humana são duas coisas que combinam e se complementam. E hoje a profissão de chef de cozinha e o amor pela gastronomia nunca foram tão valorizados e colocados em evidência. 

Vamos aproveitar experiências antigas e as novas e fazer das refeições algo sagrado. O alimento nos dá a energia que precisamos para trabalhar, praticar exercícios físicos, divertir, pensar, criar e conviver. É, portanto, algo muito importante e não podemos deixar perder esse significado. A alimentação é a nossa ferramenta-chave para obter saúde e qualidade de vida.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

AYURVEDA e a proposta do projeto Chama Acesa



O tema desta semana é Ayurveda, o SISTEMA DE CURA mais antigo do mundo, que ensina que a causa número um das doenças é o acumulo de toxinas no corpo. Confiram abaixo trechos da coluna Coisas da Alma de Márcia de Luca, na Revista Claudia, e comentários meus (em negrito):

A Ayurveda ensina que os cinco sentidos são nossos portais de comunicação com o Universo. Acumulamos toxinas com cenas de violência que vemos (visão), o excesso de decibéis que escutamos (audição), a falta de olhos nos olhos e de toques de carinho no cotidiano corrido (tato), a poluição que inalamos (olfato) e os alimentos repletos de agrotóxicos que ingerimos (paladar). A Ayurveda ensina hábitos simples que nos ajudam a minimizar danos e ter mais qualidade de vida. E o sistema indiano considera a alimentação uma ferramenta-chave para obter saúde. 


Alimentação, Corpo e Estado de Espírito estão interligados e são responsáveis por nossa qualidade de vida. Este é o tripé do Projeto Chama Acesa e estamos sempre buscando informações para que você se torne cada vez mais consciente e assuma o comando de sua vida.

Aprenda Técnicas de Inteligência do Corpo (TICs) que podem melhorar instantaneamente sua sensação de bem-estar:

Coma quando tiver fome - É preciso distinguir a fome de verdade da fome emocional. Todo alimento digerido sem apetite real não será metabolizado pelo organismo. Deixe sempre um terço de seu estômago vazio. A quantidade necessária é a que cabe na concavidade de nossas duas mãos unidas.

Quantas vezes usamos a alimentação como um canal para liberar estresse e saciar a nossa ansiedade? A diferença é que quando ganhamos consciência disso, o “mal-estar” que geralmente vem após aquela ação, já surge antes e nos impede de entrar na ação de forma automática como acontecia anteriormente.

Acomode-se Sempre coma sentada, em um ambiente calmo e confortável. Nunca inicie a refeição nervosa ou chateada. Nem pense em discutir enquanto se alimenta. Neste estado de espírito, o organismo libera substancias que não favorecem a digestão. No caos, metabolizamos o caos. 

Muitas vezes como rápido demais e algumas vezes já me alimentei, mesmo estando contrariada ou chateada com alguma coisa. Parece que existe uma trava na garganta como que para nos avisar que alimentar-nos nesse estado de espírito não faz bem. O próprio organismo nos dá esse sinal e nem sempre obedecemos. E nosso corpo assimila junto com o alimento toda a raiva, tristeza ou nervosismo que certamente atacará aquela parte do corpo que temos mais fragilidade. Pode ser o estômago, que resultará em uma gastrite; pode ser dor de cabeça, que nos levará à enxaqueca, e assim por diante.

Adote o gengibre cru, ervas e especiarias – Cerca de 15 minutos antes da refeição, coma algumas fatias com uma pitada de sal e uma gota de limão para acender seu agni, o fogo digestivo. Use ervas e especiarias que ajudam nesse mesmo sentido.

Nada de TV, tablet, celular nem livros nas refeições – Sem foco e consciência de nosso atos, tendemos a comer mais. A sabedoria do organismo precisa ser ouvida.

O ritmo de vida hoje nos leva a fazer várias coisas ao mesmo tempo, inclusive durante as refeições. E onde fica o respeito, a hora da convivência? Acho que se perde totalmente. Hoje é comum nos restaurantes ver adultos e crianças plugados em celular, tablets e, na hora daquela refeição em família ou com amigos, as pessoas se conectam com os aparelhos e não com as outras pessoas.

Prefira alimentos frescos  Eles são ricos em energia vital. Coma-os ligeiramente cozidos, mornos ou quentes. Evite o que é gelado, pois isso diminui o agni e, se sentimos menos gosto, cometemos mais exageros.

O projeto Chama Acesa sugere que você pense em todos os hábitos que fazem parte de sua rotina e assimile que alimentação, corpo e estado de espírito estão interligados e influenciam muito em sua saúde e qualidade de vida. Por isso, vamos continuar pesquisando e aprendendo.

domingo, 18 de maio de 2014

Uma história de vida e um legado



Um dia, um brilhante psiquiatra e pesquisador na área de neurociência resolveu substituir o estudante que ficara de comparecer a uma de suas experiências neurológicas. Entrou na maquina de ressonância magnética, mas seus colegas logo interromperam o procedimento com uma alarmante notícia: havia um tumor em seu cérebro. E pior: pessoas diagnosticadas com esse tipo de tumor poderiam ter, no máximo, seis meses de vida. O episódio ocorreu há quase vinte anos e desencadeou uma mudança radical no pesquisador e autor do livro Anticâncer, Dr. David Schreiber. Determinado a compreender a doença, fez um extensivo levantamento de estudos científicos sobre alimentos, terapias complementares e fatores que poderiam ajudar na sua recuperação. Confiram abaixo trechos do livro que me inspirou a criar o Projeto Chama Acesa:

"Há 17 anos, descobri por meio de um experimento de mapeamento do meu próprio cérebro que eu tinha câncer cerebral. Da sala de espera no décimo andar do prédio de oncologia, me lembro de olhar para as pessoas nas ruas, distantes e sem saber, seguindo com a rotina. Eu tinha sido expulso daquela vida, separado da ocupação direcionada aos próprios objetivos e das promessas de alegria pelo prospector de uma provável morte precoce. Não estando mais enrolado no manto confortável de médico e cientista, eu tinha me tornado um paciente com câncer. Este livro é a historia do que aconteceu depois; do retorno à vida e à saúde - na verdade, a um nível de saúde que eu nunca tinha atingido antes - mesmo sabendo que tinha câncer. 

A publicação de Anticâncer em 2008 iniciou um novo capítulo na minha jornada. Depois de manter a doença em segredo por 14 anos, pude juntar aquilo que aprendi e divulgá-lo para pessoas do mundo todo que estavam com medo, deprimidas ou que tinha perdido a esperança. Pude discutir essas idéias com médicos, cientistas, políticos e ativistas e fazer uma comparação direta das minhas observações com as suas experiências. Depois da publicação em 35 idiomas, em que quase cinquenta países, e depois de mais de um milhão de exemplares vendidos, minha convicção de que todos podemos fortalecer as defesas naturais do corpo contra o câncer foi reafirmada. E ainda minha crença de que essa abordagem devia ser parte da prevenção e do tratamento do câncer para todo mundo.

Nos últimos dois anos, as pesquisas também chegaram a novas provas, explicações e perspectivas sobre como todos nós podemos aprender a fortalecer nossa saúde e melhorar nosso “terreno” criando uma biologia anticâncer dentro do nosso corpo, assim como confirmaram a importância de prestar atenção a como as emoções podem afetar o rumo do câncer.

Em muitas discussões com meus colegas da área médica - médicos, oncologistas, psiquiatras– e com o público, me dei conta de que a mensagem do livro sobre nutrição foi muito mais facilmente absorvida do que a análise de fatores mente-corpo e do papel crucial que o sentimento de impotência tem em promover o câncer. 

Se há uma única mensagem clara e enfática que eu gostaria de enviar é a de que temos que prestar muita atenção à conexão mente e corpo, principalmente no impacto negativo de sentimentos prolongados de impotência e desespero. Quando não se cuida deles, esses sentimentos - e não os estresses da vida em si - contribuem para os processos inflamatórios que podem ajudar o câncer a crescer. Há métodos simples e que funcionam de fato para domar esses sentimentos, aumentar a satisfação pessoal e, ao mesmo tempo, reduzir a inflamação.

Aproveitei essa oportunidade para compartilhar com você a história de Kelly, que, em sua luta contra o câncer de mama, pôde contar com amigos para dar a ela o apoio e o amor de que precisava para enfrentar a provação. Estudos recentes mostram que, na verdade, não é só o amor de um marido, esposa ou filhos que permitem que o estado de espírito permaneça forte e reduza a velocidade de progressão da doença, mas também o simples amor e cuidado de amigos de maneira geral, tanto velhos quanto novos.

Em termos de nutrição, estudos recentes promissores descobriram vários novos alimentos anticâncer. Frutas com caroço grandes, como ameixa e pêssego, podem agora ser incluídas nessa categoria. Novos dados sobre o azeite de oliva, que já tinha sido fortemente recomendado na primeira edição, agora o tornam um alimento anticâncer completo, agindo contra diversos tipos específicos de câncer.

Além disso, dois novos estudos mostraram exatamente quantas xícaras de chá verde precisam ser tomadas por dia para reduzir o risco de câncer de mama ou próstata em mais de 50%. Novos adoçantes naturais -mel de acácia e açúcar de coco, caracterizados por um baixo índice glicêmico - aparecem no mercado, junto com o néctar de agave.

Novas pesquisas confirmaram a importância da vitamina D3 na prevenção do câncer, particularmente nos países onde a falta de luz solar faz com que a pele não consiga sintetizar quantidades suficientes dessa vitamina durante o inverno."

sábado, 3 de maio de 2014

Inspiração



Não tem como assistir ao depoimento do Dr. Celso Fernandes Junior e não se inspirar. O seu relato tão verdadeiro tocou o fundo do meu coração! Fiquei pensando que, se eu fizesse um vídeo para compartilhar minha experiência com o câncer, poderia agregar ainda mais ao Projeto Chama Acesa e estou “amadurecendo” essa ideia. O seu relato, do começo ao fim, nos passa a mensagem forte de que sempre nos perguntamos primeiramente o motivo de ficar doente e não para que eu fiquei doente.

O porquê fiquei doente é entender o motivo pelo qual estamos passando por essa experiência e isso faz parte do nosso aprendizado individual. Esse porquê está questionando a forma como estamos levando a nossa vida ou nosso estilo de vida. E estilo de vida tem a ver com alimentação, corpo e estado de espirito.

Depois vamos caminhando para a segunda pergunta: “Para que estamos vivenciando a doença?” A resposta dessa pergunta nos leva a olhar para os outros, enxergar e sentir a dor de outras pessoas e desperta em nós o desejo de querer contribuir.

Da mesma forma que me inspirei no Dr. David Schreiber, passei a limpo minha doença e criei o Projeto Chama Acesa, hoje me inspiro em outro médico, o Dr. Celso Fernandes Junior e, assim, um depoimento de força e superação vai alimentando outro e estimulando a força do compartilhar e contribuir, formando a corrente do bem. 

Se interligarmos a LUZ de cada pessoa, sua intenção, propósito e experiência de vida, formamos um elo de energia que vai criando uma força do bem que se multiplica e que reafirma a crença de que realmente Deus está dentro de nós e de que todos somos um.

domingo, 27 de abril de 2014

Chama acesa é VIDA



Chama Acesa é...

... passar por uma dificuldade e, a partir desta experiência, renascer mais forte;

... permitir-se vivenciar a dor e a tristeza de forma profunda e depois superar;

... respeitar seu tempo para processar o que acontece e entender os porquês; 

... acreditar que a VIDA é sábia e que nada acontece por acaso;

... principalmente ver além do que acontece, enxergar aquilo que os olhos não veem, mas que o coração sente; 

... conectar-se com sua alma para entender o seu processo de evolução, aceitar o sofrimento e fazer dele a sua libertação; 

... aceitar que tudo acontece por algum motivo e que a sabedoria da VIDA nos conduz;

... acreditar, ter fé, aceitação e exercitar a capacidade de superar;

... perceber que em todo acontecimento está o corpo que precisa ser cuidado, a mente que precisa ser direcionada de forma positiva, o coração que precisa vivenciar cada emoção de forma verdadeira e o espírito que precisa evoluir e contribuir;

Chama Acesa é vivenciar uma doença, seja ela o câncer ou outra qualquer e, apesar disso, manter acesa a vontade de viver. Essa é a minha crença que quero passar a cada dia com as mensagens do Projeto Chama Acesa. Não procure fora, pois tudo que precisa está dentro, só que você não tem consciência. A sua Luz está dentro de você e precisa se expandir para iluminar sua vida e a de outras pessoas que a VIDA colocou em seu caminho.

Agradeço a todas as pessoas que nos seguem e ajudam a compartilhar essa mensagem, aos parceiros que nos ajudaram com conteúdos de corpo, alimentação e estado de espírito.

Sou grata! Namastê! 

Que Deus nos guie nesta jornada!