sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Apego, o inimigo da liberdade



O tema desta semana é o APEGO e os prejuízos que traz à vida. Compartilho com vocês uma bela reflexão feita por Patricia Gebrim:

"Você tem consciência do quanto se apega?

O apego é o melhor amigo do sofrimento, acredite. Pense no apego de forma grande. Pense em todas as vezes em que você exige que o mundo se molde à sua maneira de ver as coisas. Você quer que seja assim porque quer! Não admite que as coisas se desenvolvam de maneira diferente da estipulada. Isso é apego. 

Pense em todas as vezes em que você deseja possuir as pessoas. Quando sofre por sequer imaginar que um dia aquela pessoa possa já não estar na sua vida. Isso é apego. 

Pense no quanto se liga obsessivamente a situações ou coisas. Um emprego, apartamento, um carro, uma cadeira de couro, uma caneta, uma calça velha já meio rasgada... Não importa. Isso também é apego. 

O apego é a prova viva de nossa falta de confiança na sabedoria intrínseca da vida. Falta de confiança de que existe um sentido maior para tudo que chega e que sai de nossas vidas. Se confiássemos que tudo sempre é como deveria ser, não teríamos necessidade de controlar as coisas para garantir que tudo continuaria exatamente como desejamos. Apego e controle andam de mãos dadas numa combinação sombria que poda as asas da liberdade, seja a nossa, seja a dos outros.

O apego nos transforma em tiranos inflexíveis, exigindo que tudo permaneça como infantilmente desejamos. Ouça, nesta vida tudo se move, tudo flui. Nada nos pertence. É preciso aceitar essa verdade. Incondicionalmente. A vida é como um caleidoscópio, cujas imagens nos refletem, a cada volta, exatamente o que nos cabe enxergar. Esse movimento acontece de forma tão perfeita que, quando fluímos com ele, sem resistir, uma paz mansa e profunda se instala em nosso íntimo. 

Não há paz na constante necessidade de controle, na tensão do medo e da desconfiança. É preciso confiar para que possamos relaxar e viver em paz.

Quando abrimos mão dos apegos, passamos a caminhar leves pela vida. Quanto menor a bagagem, mais liberdade temos em nossa viagem. Não é fácil, eu sei, mas tampouco é impossível. Requer certa ousadia, requer a coragem de arriscar permitir que a vida se desenrole fora de nossos controles, requer entrega a uma sabedoria superior. Requer certa dose de humor e a disponibilidade de lidar com o novo. Tudo pode mudar se passarmos a viver dessa maneira. Soltamos o controle, em troca vem alegria, leveza, fluidez e essa sensação deliciosa de dançar com a vida. Pois a vida não se entrega a quem tenta controlá-la, mas se revela em pura magia quando a tiramos para dançar. Que delícia... Deveríamos todos experimentar."

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