Decidi resgatar o nascimento do Chama Acesa listando partes da síntese do livro Anticâncer – Prevenir e Vencer Usando Nossas Defesas Naturais, do neurocientista e psiquiatra David Servan-Schreiber. Foi essa leitura que me fez passar a minha experiência a limpo e concluir que precisava compartilhar isso por meio deste blog, que surgiu em 2013. Confira:
Se o CÂNCER É, ANTES DE TUDO, UMA QUESTÃO DE ESTILO DE VIDA, vamos tentar entender esta afirmação mais a fundo.
Quais os principais fundamentos dessa afirmação?
Se todos temos células cancerosas dentro de nós, temos também um corpo preparado para frustrar o processo de formação dos tumores. Compete a cada um de nós utilizá-lo.
Outras culturas conseguem fazer isso melhor do que nós, ocidentais. Na Ásia, os cânceres que afligem o Ocidente, como o câncer de mama, de cólon ou de próstata, são de sete a sessenta vezes menos frequentes. Portanto, alguma coisa na maneira de viver deles impede que os tumores se desenvolvam. Em compensação, entre os japoneses que vivem no Ocidente, a taxa de câncer alcançou a nossa em uma ou duas gerações.
Pensamos que o câncer é uma questão de genes e não de estilo de vida. Mas isso não é verdade. São vários os estudos que mostram que são os hábitos de vida, e não os genes, os principais implicados na suscetibilidade ao câncer.
O que é a Psiconeuroimunologia?
Nas últimas décadas, um novo domínio científico surgiu para explicar o elo que existe entre os fatores psicológicos e o sistema imunológico. Trata-se da psiconeuroimunologia. As três dimensões dessa nova abordagem são: a psicologia, a neurologia e a imunologia.
O aspecto emocional se refere à resposta emocional que damos a experiências de vida difíceis. Quando temos a sensação que nossa vida não está “administrável”, nosso cérebro libera hormônios do estresse como a adrenalina e o cortisol. Eles ativam o nosso sistema nervoso, aceleram o ritmo cardíaco, fazem subir a pressão arterial e tensionam os músculos e a resposta neurológica é a reação de lutar ou fugir.
Essas mesmas substâncias químicas que ativam os reflexos neurológicos e viscerais do estresse também atuam sobre o sistema imunológico, pois os glóbulos brancos captam o que se passa em nosso cérebro emocional, liberam substâncias inflamatórias e bloqueiam a ação das células NK, que permanecem coladas nas paredes dos vasos em vez de atacar os vírus ou células cancerosas. Essa é a resposta imunológica.
E como uma reação em cadeia, as células imunes liberam substâncias que afetam o cérebro e influenciam em nosso comportamento, tirando-nos o desejo de viver.
E reativar o DESEJO DE VIVER é o maior desafio dos terapeutas que trabalham hoje com pacientes com câncer.
Qual é a nova visão dos mecanismos do câncer que nos permite agir e nos proteger?
Esta visão é fundamentada no sistema imunológico, com base nos mecanismos inflamatórios que facilitam o desenvolvimento dos tumores e na possibilidade de bloquear o seu crescimento, impedindo a realimentação através de novos vasos sanguíneos.
Essa nova visão se apoia em construir uma biologia anticâncer, simultaneamente do corpo e da mente. Ela defende a prevenção contra os desequilíbrios do meio ambiente ocorridos a partir de 1940, sugerindo como ajustar a própria alimentação para reduzir os promotores do câncer, como “curar” as feridas psicológicas e como utilizar o próprio corpo para agir sobre o sistema imunológico e acalmar a inflamação que faz crescer os tumores.
Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.
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