quarta-feira, 1 de abril de 2015

Angelina Jolie: Retirada de ovário para prevenir câncer



Após mastectomia dupla, Angelina Jolie retirou os ovários e as trompas de Falópio para prevenir câncer. A atriz escreveu um artigo no "New York Times" dizendo que decidiu fazer a cirurgia porque tem um gene que traz 50% de risco de desenvolver câncer de ovário. "Não é fácil tomar essas decisões. É uma cirurgia menos complexa que a mastectomia, mas as consequências são mais sérias. Coloca a mulher em uma menopausa forçada. Meus médicos disseram que eu deveria fazer uma cirurgia preventiva cerca de 10 anos antes dos primeiros sinais de câncer nas minhas parentes mulheres. O câncer de ovário da minha mãe foi diagnosticado quando ela tinha 49 anos. Eu tenho 39."


Quer entender mais sobre o assunto e tirar suas dúvidas? Então, confira texto da Beneficência Portuguesa de São Paulo: 

Diferente do câncer de mama, o câncer de ovário é menos comum, porém, mais agressivo e difícil de diagnosticar em estágio inicial. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 75% dos tumores no ovário são diagnosticados em estágio avançado “Não é raro que pacientes descubram o tumor e níveis em que o abdômen já está completamente afetado e com aumento de volume”, explica o ginecologista Reynaldo Augusto Machado Junior, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A solução quase definitiva para prevenção desse tipo de câncer é a remoção preventiva dos ovários e das trompas. Cientificamente conhecida como salpingooforectomia, o procedimento é radical e indicado para casos pouco comuns de mulheres predispostas a tal tipo de câncer. “o risco vem de uma mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Na verdade, esses são genes protetores e reparadores de DNA, mas devido a mutações hereditárias, em alguns casos, podem representar de 15% a 45% a chance de se desenvolver câncer no ovário. É um fator genético que atinge apenas 0,1% de toda a população mundial”, explica o especialista.

De acordo com o ginecologista, embora seja uma forma de reduzir em quase 90% os riscos de câncer de ovário, a remoção de tais órgãos do sistema reprodutor precisa ser indicada com cautela: ao tirar os ovários, a mulher entra numa menopausa precoce, o que causa modificações no corpo. “Calores e sudorese noturna, queda de libido, menor lubrificação vaginal e perda de massa óssea são algum sintomas inevitáveis que vêm com a operação. Há casos em que a saúde psicológica da mulher se abala, abrindo espaço para sintomas de depressão”, adverte Reynaldo Junior. “Além disso, é preciso lembrar que a grande maioria das incidências desse tumor não tem relação alguma com esse tipo de mutação, assim sendo, não é preciso recorrer diretamente a uma decisão drástica. E mesmo na presença de anomalias genéticas, o primeiro passo é que especialista e paciente discutam as possibilidades de tratamento e comparem os riscos e benefícios da opção escolhida”, finaliza o médico.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dúvidas sobre o câncer de mama



Esclareça dúvidas sobre o câncer de mama com respostas da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de apoio à Saúde da Mama):

– Descobri que tenho câncer de mama, mas não tenho plano de saúde. Meu tratamento recebe a mesma atenção que o da rede particular?

Além de ter direito a um tratamento adequado e de qualidade na rede pública, a paciente deve exigir que seja iniciado rapidamente. No Brasil, uma conquista importante foi a Lei nº 12.732/13, que garante ao paciente com câncer começar o tratamento no SUS em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico da doença. Apesar deste avanço, ainda existem tratamentos disponíveis apenas para quem tem planos de saúde. A situação mais grave é a de pacientes com câncer de mama avançado, que não têm acesso na rede pública a nenhum dos tratamentos mais modernos, que oferecem menos efeitos colaterais, maior qualidade de vida e mais tempo sem que a doença progrida. Estes medicamentos estão disponíveis apenas para quem tem planos de saúde. Uma das lutas da FEMAMA é pela igualdade de direitos para todas as brasileiras, sejam elas usuárias de planos de saúde ou do sistema público.

– Se eu não tiver plano de saúde e precisar retirar a mama em função do câncer, é possível reconstruí-la?

Sim. A Lei nº 12.802/13 determina a reconstrução mamária imediata na rede pública após realização da mastectomia, sempre que houver condições técnicas e vontade da paciente.

- Antes dos 40 anos, quais exames são aconselhados?

A partir desta idade, a realização anual da mamografia é fundamental para que a doença seja diagnosticada precocemente. Antes, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite.

- Caroços na mama significam que tenho câncer?

Um caroço na mama não necessariamente significa câncer. Grande parte dos nódulos mamários encontrados são cistos e adenomas benignos e não estão relacionados com a doença. De qualquer forma, uma alteração no seio é motivo suficiente para que a mulher procure seu médico rapidamente, pois, se o diagnóstico mostrar que existe um tumor maligno, quanto mais cedo ele for descoberto, menos agressivo e dispendioso será o tratamento e maiores serão as chances de cura.

- O autoexame ainda é válido? Ele substitui a mamografia?

O autoexame não substitui a mamografia ou o exame clínico (de toque) realizado pelo médico. Ele serve apenas para o autoconhecimento, para que a mulher procure rapidamente um especialista, caso identifique alterações suspeitas em suas mamas. Trata-se de uma ação complementar. Independente da realização do autoexame, as mulheres devem fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Antes disso, devem realizar o exame clínico das mamas pelo ginecologista ou mastologista e, caso necessário, outros exames que o profissional solicite. A mamografia ainda é a principal forma de diagnóstico precoce, o que permite maiores chances de cura.


- O que causa o câncer de mama? Ele tem cura?

O câncer de mama é resultado de mutação genética que pode ser herdada - o que costuma ocorrer em famílias com muitos casos da doença, quando o portador da mutação a transfere para a geração seguinte - ou espontânea, que pode acontecer em uma célula do corpo ao longo da vida e ocasionar a doença.

No caso de mutações espontâneas, muito mais frequentes, não se sabe com precisão se elas ocorrem devido ao estilo de vida, alterações químicas no corpo da mulher ou à exposição a toxinas no ambiente, por exemplo.

Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama, mas a doença tem 95% de chances de cura quando diagnosticada precocemente.

- O que eu faço para me prevenir do câncer de mama?

O mais importante é manter hábitos saudáveis para eliminar os fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama e realizar o diagnóstico precoce, realizando os exames periodicamente. Esta é uma forma válida de praticar o autocuidado.

Quanto mais peso e idade, mais chances a paciente tem de desenvolver câncer nas mamas. A cada aumento de cinco pontos no IMC (Índice de Massa Corporal), por exemplo, aumenta em 33% o risco da doença. Outro aspecto muito importante é que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo, são fatores que podem aumentar a possibilidade da ocorrência da doença.

É fundamental criar hábitos saudáveis no dia a dia para que se possa evitar um grande problema no futuro. São atitudes simples, como inserir na alimentação mais verduras, legumes e frutas. Esses três grupos de alimentos, por exemplo, contém substâncias que combatem os radicais livres, moléculas que são formadas naturalmente pelo organismo e que podem agredir o DNA das células.

É importante salientar que mesmo assim as mulheres ainda estão sujeitas a desenvolver a doença, por isso, a realização regular de exames deve estar entre as boas práticas para se reduzir o risco de mortalidade.

- Existem sintomas que indiquem que estou com câncer de mama?

O câncer da mama inicial geralmente é assintomático, ou seja, a mulher não percebe nenhum sintoma ou sinal. Este tipo de câncer é normalmente descoberto em exames (mamografia, ultrassom ou ressonância magnética). Quando o câncer de mama apresenta sintomas é porque já existe um tumor normalmente com mais de um centímetro. Algumas alterações físicas nas mamas podem ser indícios, como a presença de nódulos, retração de pele, mudança no formato, na textura ou no tamanho do seio, vermelhidão e calor na região, inversão do mamilo ou saída de secreção.

- Caso alguém da minha família tenha tido câncer de mama, qual a probabilidade de eu também ter? Existe um exame que detecte esse risco?

Cerca de 90% das mulheres que desenvolvem esse tumor não têm parentes próximos com o mesmo problema. Somente em 10% dos casos o câncer de mama é hereditário, mas considera-se alto o risco de câncer de mama quando um ou mais parentes em primeiro grau tiveram a doença, em especial se aparecer antes da menopausa. Nesse caso, a indicação é iniciar a avaliação dez anos antes da idade em que o câncer de mama surgiu no familiar. Pode, inclusive, ser indicado o teste genético, em busca de mutações que predisponham ao câncer.

O exame para avaliar a disposição genética da mulher em desenvolver o câncer de mama é o que busca a existência de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam muito as chances de se desenvolver o câncer de mama e de ovário. A Femama é proponente de projetos de Lei para incluir o exame no SUS, hoje disponível para pacientes com plano de saúde.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Curar



Nesta semana, compartilho com vocês o texto de Ana Lucia Paíga sobre cura. Confiram e comentem:

Curar 

É reconhecer cada encontro com o outro

Como um encontro sagrado,

Como se cada segundo fosse todo o tempo existente.

Cura

A cura é a redescoberta de quem somos, e qual nossa função no mundo. Quando estamos sintonizados com nosso objetivo, realizando nossa missão, alcançamos uma satisfação e alegria indiscutíveis.

Para isso, precisamos estar no aqui e agora, e aceitar as experiências que nossa alma atrai para evoluir, sem julgá-las, nem temê-las.

O medo é um dos maiores inimigos da saúde.

O desgaste de energia que ocorre para “resistir” a algo, causa uma desarmonia celular que se manifesta como um sintoma.

A cura está em deixar de resistir, ou remover aquilo a que se está resistindo, restabelecendo um fluxo energético saudável

Vida é energia em movimento e o exercício da liberdade é uma forma de amar a si mesmo, fazendo ESCOLHAS.

A cura se destina à humanidade como um todo e independentemente de onde e como ocorra, leva a um relacionamento mais abrangente com tudo o que emerge nesta aventura da vida. Todo o universo colabora para a manutenção do equilíbrio; daí, estar aberto e atento aos “sinais”, é um passo determinante para a cura.

A “consciência feminina”, nosso contato com a intuição, nos permite enxergar e avaliar o que queremos mudar. Observar os aspectos positivos e valorizá-los, nos oferecer saídas.

No oriente, há milênios, o homem pratica a meditação para se interiorizar;

Para a Dra. Raquel Naomi Remen, a enfermidade é uma forma ocidental de meditação, já que através dos sintomas, podemos perceber quais atitudes precisamos mudar.

Diante de uma crise, páre, ”escute seu sintoma”, represente-o por uma imagem e converse com ele para descobrir o porquê de sua presença.

“Deixe que o prazer seja sua bússola”.

Isso significa dedicar-se mais ao que lhe agrada e menos ao sofrimento.

Não é egoísmo.

Pensando e agindo assim, ”espalhamos” a cura e damos apoio e estímulo para que todos se mantenham saudáveis.

A principal necessidade humana é sentir-se amado. Se isto não acontece, pode aparecer uma doença, portanto em qualquer vínculo terapêutico, é fundamental a emoção positiva de “gostar” e “ser gostado”, como um “adubo” do processo de cura.

Quanto maior sua capacidade de amar-as árvores, a terra, a água, os homens, os animais, e a si mesmo-, mais saudável você será.

Comece agora a se conhecer melhor,medite,descubra-se, aceite-se,orgulha-se de si mesmo,e cure-se!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

"Não tenho tempo pro não essencial", diz neurologista com câncer terminal



O neurologista britânico Oliver Sacks, 81 anos, anunciou na semana passada que está com câncer em estágio terminal. Confira o seu depoimento no texto do QSocial

O escritor e professor da Escola de Medicina da Universidade de Nova York afirma no artigo, intitulado “Minha própria vida”, que se sentia saudável até um mês atrás, quando foi diagnosticada uma metástase no fígado.

O cientista conta que, há nove anos, tratou de um raro melanoma ocular que tinha apenas 2% de chance de sofrer uma metástase _e ele está neste grupo. “Minha sorte acabou.”

No texto, sóbrio e poético, Sacks diz se sentir grato por ter tido “nove anos de boa saúde e produtividade desde o diagnóstico original”. “Mas agora estou de cara com a morte”, afirma.

E segue: “Depende de mim escolher como quero viver os meses que me restam. Tenho que viver da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder”.

O autor de livros de não ficção de sucesso como “Tempo de Despertar” e “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu” diz que se sente “intensamente vivo” e conta o que quer, no tempo que lhe resta: “Aprofundar minhas amizades, dizer adeus aos que amo, escrever mais, viajar”.

Segundo ele, tentará acertar as contas com o mundo e, também, se divertir e fazer algumas bobagens.

Sacks diz que está focado: “Não há tempo para nada não essencial. Tenho de me concentrar em mim mesmo, meu trabalho, meus amigos”. Notícias sobre política ou aquecimento global não terão mais sua atenção. Explica: “Estes não são mais meus problemas; eles pertencem ao futuro”.

Encerra reafirmando que seu sentimento predominante não é o medo, mas de gratidão. “Acima de tudo, tenho sido um ser senciente, um animal pensante, neste lindo planeta, o que tem sido um enorme privilégio e aventura”.

Por QSocial, com informações do “New York Times”

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Viver pode ser bem mais simples do que você imagina...



Nesta semana, o texto para nossa reflexão é o "Viver pode ser bem mais simples do que você imagina...", escrito por Patricia Gebrim e publicado no Vya Estelar:

Em nossa falta de consciência, achamos que a vida só é boa quando nos sentimos alegres e nenhum problema nos aflige. Fugimos da dor e dos conflitos e tentamos, a todo custo, empurrar a vida na direção do que acreditamos nos fazer felizes.

Esquecemos que a vida é conduzida por uma força maior, cheia de sentido e sabedoria. Não importa o nome que você queira dar a essa força, você pode senti-la. Basta olhar para o céu ao anoitecer.

Em nossa ânsia de chegar logo ao final de tudo, esquecemos que atraímos em nossa direção exatamente aquilo de que necessitamos para nos tornar mais fortes, sábios e conscientes. 

A cada dia percebo com mais intensidade que é no desespero da dor que descobrimos a suavidade da mão que segura a nossa, é no extremo do cansaço que aprendemos a aceitar ajuda, é no tormento do caos que aprendemos o valor da paz, é no silêncio da solidão que aprendemos a amar mesmo os sons de que não gostamos. É do alto da torre, longe de tudo e de todos, que aprendemos a alegria dos que compartilham.

Sendo assim, a vida pode se tornar muito mais simples se pararmos de lutar contra ela, se pararmos de desperdiçar tanta energia tentando controlar o que não pode ser controlado.

Caminhe pela vida escolhendo seus caminhos da melhor maneira que puder, mas quando a vida surpreender você, aceite. Não se perca em revoltas inúteis, como fazem as crianças pequenas. Aceite o que vier como um desafio, brinque com as novas possibilidades, abra mão do apego ao que tinha idealizado e abrace a vida por inteiro. 

Viver tudo, seja lá o que for, é viver mais do que apenas uma metade. Nunca crescemos tanto quanto naqueles momentos que mais nos desafiam. 

É assim, polindo as sombras, que nos tornamos, aos poucos, a luz que somos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Três passos para uma vida mais feliz


Compartilho com vocês o belo texto de Patricia Gebrim, publicado no Vya Estelar:

Uma gripe me obrigou a desmarcar as consultas e passar a manhã em casa. No silêncio matinal, exceto pelos miados do meu gato excitado por minha inusitada companhia, me pus a pensar no que realmente tem valor nesta vida. 

Para chegar ao essencial, fechei os olhos e tentei sentir quais foram os momentos mais significativos de minha vida. Cheguei a três situações especiais, que compartilho com vocês.

A primeira situação que me ocorreu foram alguns momentos de vida em que eu estava expressando o que considero ser a minha alma: Ajudar alguém que estava em dificuldade, o lançamento de um livro, velejar numa rajada forte de vento... Ao me lembrar desses momentos, tive certeza absoluta de que estamos aqui por um motivo lindo e especial. Cada um de nós tem um presente a ofertar a este planeta. Sem exceções. Sendo assim, é fundamental que expressemos quem de verdade somos. 

Precisamos ter a coragem de ir além da superfície e trazer à tona o nosso verdadeiro ser. Todos nós, sem exceção, temos algo de luminoso e precioso para compartilhar e estamos aqui para tornar este lugar um pouco melhor. Cabe a cada um de nós revelarmos o divino que nos habita. Ao fazê-lo, permitimos que a beleza flua através de nós, deixando em cada uma de nossas células um rastro de gratidão que ilumina nossas vidas e aquece nosso coração. 

A segunda situação que me ocorreu, foram momentos em que eu estava vivendo uma troca amorosa, seja com a família, amigos, parceiros afetivos, ou até mesmo com um animal, uma montanha, uma flor... Ouçam: o amor é a essência do nosso Ser. Não existe nada mais poderoso do que a possibilidade sentirmos amor.

Amar o outro requer um estado de vulnerabilidade 

E eu digo a todos, amem. Precisamos ter a coragem de amar. O amor nos espera para além dos portões do medo. O medo nos faz menores do que podemos ser. Não há como amar sem que exista uma entrega, sem que baixemos as armas, as defesas, as estratégias de controle. Para amar é preciso correr o risco de permitir-se ficar em frente ao outro num estado de total vulnerabilidade. Somente alguém muito corajoso é capaz de algo assim. E ainda assim, independente da reação do outro, o simples fato de permitirmos que a energia amorosa nos preencha faz com que nada nos falte, nunca. E isso é algo que apenas os corajosos saberão. O amor, em sua plena vulnerabilidade, é o lugar mais seguro deste universo. 

E, finalmente, a terceira situação que me ocorreu foram momentos em que eu me sentia conectada a algo maior, conectada a essa energia linda que abraça a tudo o que existe. A sensação era de plena presença. Ouçam o que lhes digo. Olhem para cima, busquem o espiritual. Você não precisa de nenhuma religião para fazer isso. Você pode encontrar essa energia luminosa observando a natureza, sentindo a delicadeza das pétalas de uma flor, olhando para o céu, acompanhando as brincadeiras de um filhotinho de animal. Tudo está vivo, o tempo todo. Quando nos conectamos com essa força maior que abraça a tudo, nos sentimos parte. Parte do vento, do mar, das montanhas, dos campos floridos, das estrelas. Nos tornamos um com tudo o que existe. Sentimos uma presença maior em nosso peito e instantaneamente sabemos que tudo está bem, e que tudo estará sempre bem, seja como for. Uma paz toma conta do nosso ser e nos sentimos em unidade com o todo da vida. E a vida pode ser maravilhosa quando nos sentimos assim, acreditem. 

Assim, a partir dessa reflexão, penso que existe uma tríade sagrada que nos permite chegar mais perto dessa sensação de bem-estar e plenitude que todos buscamos. Eu resumiria assim: 

- Ser quem verdadeiramente somos, amar e buscar a luz. 

Quase sinto gratidão por ter sido colocada hoje numa situação em que tive que ficar em casa. Escrever tudo isso me trouxe uma paz curadora, que envio na direção de todos vocês.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Pagar a doença ou viver com prazer e satisfação?

Compartilho nesta semana parte da reflexão de Lella Sá



Você já pensou no que vai te fazer realmente se sentir realizado em 2015?

As resoluções do ano novo não precisam ser elaboradas somente no dia 1º de janeiro. Elas podem ser feitas a qualquer momento para relembrar diariamente do propósito das tuas ações, ou seja, da sua vida. "Deixar a vida te levar" não é a melhor forma de seguir a vida. Para mim, ter um norte é fundamental para realizar sonhos. Caso contrário, os anos vão passando, vivemos à deriva e acumulamos desejos ao invés de realizações. Por isso, te convido a uma reflexão para que o seu ano de 2015 não passe em vão e para você tomar as rédias da tua própria vida. Afinal, você é o único responsável por te fazer feliz!

Acredito que a meta principal de todo mundo é "ser cada vez mais eu mesmo". Ou seja, buscar a sua autenticidade criando sua própria arte. Para isso, alguns dos nossos recursos são os talentos, paixões, a energia vital e o tempo de vida. Hoje, a maior parte do nosso tempo é designada ao trabalho. Portanto, é sugerido criar um Trabalho com Significado para que, através dele, possamos nos sentir realizados. Na minha opinião, é muito mais válido cultivar essa sensação durante a jornada do que só ao obter metas.

Dica: Faça do caminho um ato de prazer e satisfação.

Uma vez um amigo me contou "Trabalho num banco hoje, mesmo odiando o que eu faço, para ser milionário aos 30 anos. Então, eu saio para fazer o que amo." Logo depois, descobri que o que ele ama fazer é cozinhar. Portanto, me pergunto "Por que não fazer o que ama desde já?"

Colocar empecilhos no caminho para não fazer o que realmente gosta não vai te ajudar a ser mais pleno. Só te fazer perder tempo. Esse mesmo amigo, quando completou 30 anos, descobriu que precisava de muito mais dinheiro para manter aquele estilo de vida que levava e decidiu sair do banco com 40. E agora, quando fizer 80 vai perceber que a vida passou.

O que importa mais? Dinheiro ou Prazer e Satisfação? Por que vivemos a vida mesmo? Na tua velhice você prefere pagar pela doença que adquiriu de tanto estresse ou sentir-se vivo e cheio de saúde por ter vivido uma vida cheia de prazer e realizações?

Se o que você quer é trabalhar pelo dinheiro, que faça disso um ato de prazer e não se estresse. Atribua o significado que o seu trabalho tem para você.