quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Medicina Integrativa: o foco é o doente



Você já ouviu falar em "medicina integrativa"? É quando se foca no paciente em sua totalidade e não apenas na doença. Confira mais detalhes sobre o assunto em trechos de uma entrevista do médico Diogo Amorim, do Instituto de Medicina Integrativa, de Portugal, para o site Pontos de Vista:

Baseada nas medicinas convencional e complementar, a Medicina Integrativa veio trazer uma nova visão que promove um equilíbrio entre o bem-estar físico, mental, emocional e energético. Em que consiste exatamente esta abordagem?

A medicina integrativa combina os avanços científicos da medicina convencional com as técnicas terapêuticas complementares ou não convencionais que demonstram evidência científica. No entanto, a medicina integrativa não é somente a soma destas “diferentes abordagens”. É mais do que isso, é uma nova perspetiva em que o foco principal é o paciente na sua totalidade, e não a doença. Por outro lado na medicina integrativa é essencial ter em conta a individualidade de cada ser humano.
O paciente é visto como um todo, corpo, mente e espírito, estando no centro do processo terapêutico. Para cada paciente é necessário ter em conta diversos fatores, tais como: o seu estilo de vida, hábitos de exercício físico, nutrição, qualidade de relacionamentos, desenvolvimento pessoal e profissional, tipo de ambiente em que vive e trabalha, consciência de si próprio e a sua espiritualidade.
Os benefícios são claros, os nossos pacientes são observados por um médico que integra os conhecimentos de ambas as partes e, desta forma, vai propor o melhor tratamento de medicina convencional acompanhado com terapêuticas não convencionais que para o caso demonstrem eficácia, levando assim a uma sinergia terapêutica.

Importa, por isso, estabelecer uma diferença entre a medicina integrativa e as terapias complementares.

A medicina integrativa não deve ser confundida com as terapias não convencionais, complementares ou «alternativas» uma vez que esta prática ou é efetuada por um médico licenciado em medicina convencional com uma ou mais especializações em terapêuticas não convencionais, ou por uma equipa multidisciplinar constituída por um médico coordenador e por profissionais especializados nas diferentes terapêuticas não convencionais. Gostaria de salientar que os profissionais de medicina integrativa têm uma abordagem direcionada ao ótimo estado de saúde de cada paciente e não à doença.

Falar em medicina integrativa é ainda falar em mitos que teimam em perdurar na sociedade?

Cerca de 90% dos nossos pacientes são direcionados por outros que já conhecem o nosso trabalho, o que facilita. De qualquer modo, existem sempre dúvidas até porque muita gente não sabe o que é a medicina integrativa e até a confundem com terapêuticas não convencionais. A partir do momento em que a pessoa entende que existe deste lado uma equipe médica que a avalia e a acompanha sente-se naturalmente mais segura. Gera-se assim uma relação de confiança e compromisso extremamente benéfica em todo o processo de cura. Esses tabus tendem a ser gradualmente desvalorizados através da constatação dos excelentes resultados da medicina integrativa, testemunhados pelos próprios pacientes.

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