Eu passei os últimos dias de 2018 e dei as boas-vindas a 2019 virada do ano no Ponto de Luz - Centro de Realização do Ser, em Joanópolis, interior de São Paulo. Foi a primeira vez que, em um lugar da natureza, eu fiz todas as trilhas, venci cada desafio provando para mim mesma que movimentar o corpo não tem idade. Eu me senti jovem, leve e muito feliz. O sentimento final foi de ganho de resiliência com muita gratidão por ter enfrentado e vencido meus pequenos grandes desafios.
O meu dia acontecia com uma caminhada reflexiva por trilhas de uma natureza exuberante na companhia do nosso guia Natael, que nasceu e cresceu na Serra da Mantiqueira, ama a montanha e a floresta e, com sabedoria, ia me mostrando a beleza interna de cada lugar.
A trilha até a nascente do rio foi um caminho leve, de pequenos desafios, onde pude refletir sobre a importância da água, que é tão bem cuidada pela natureza. Ali pude beber a água da nascente, banhar o rosto e sentir uma sensação maravilhosa de frescor.
A trilha até a Pedra Preta, uma parte da montanha coberta de pedras, me lembrou a Escócia, cuja natureza tem uma forma única de se expressar. Foi uma caminhar repleto de desafios, com muitas subidas íngremes, em que tive que parar várias vezes para conseguir prosseguir.
O meu amigo Natael me ofereceu seu cajado, me falava que eu tinha que respeitar meu tempo e que a caminhada tinha que ser com alegria e prazer. A cada parada, me dava uma aula da importância daquele lugar, de como a floresta tem a cura para tudo de que precisamos.
Eu era a última a chegar, mas muito feliz e cada vez mais conectada com o encanto daquele lugar. Lá na Pedra Preta, parávamos e cada um fazia uma meditação. No final do dia, senti muita dor nas pernas, que sumiu no dia seguinte, me mostrando que a caminhada trabalhou em mim músculos que estavam desativados e que precisavam se movimentar para fortalecer.
Na trilha do Mirante, em um ponto alto da montanha, já venci meus desafios com maior facilidade, porque já havia ganho um ritmo no andar e respirar.
A primeira trilha da Cachoeira me proporcionou caminhar ouvindo o barulho das águas, o som dos pássaros, o balançar das árvores ao vento e observar como o rio nos ensina a flexibilidade e a entrega em seu caminhar. O que senti é difícil colocar em palavras, só o coração para entender.
A segunda trilha da cachoeira tinha um grau maior de dificuldades, pois era um terreno irregular, estreito, cheio de raízes e pedras. Ela me exigiu muita atenção onde pisava, manter um ritmo ao caminhar, me apoiar em barras e trabalhar a respiração. A cada trecho percorrido, fazíamos uma parada e Natael nos contava a história daquele lugar, chamava a atenção para a beleza da paisagem, para as plantas que curavam e despertava em meu coração muito amor e respeito.
Sobre mim - Jamile Coelho
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Enfrentei o câncer quatro vezes e criei o Projeto Chama Acesa para ajudar quem está em busca do caminho da cura. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br.
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